FRASE:

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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

O FIM DA FÓRMULA UM

Tive que engolir a Espanha campeã de futebol!
Meu banco foi engolido por um banco espanhol!
Minha operadora de celular foi incorporada, por uma empresa espanhola!
Não bastasse isso tudo, Felipe Massa quase teve que parar na pista para deixar passar um piloto espanhol!
Tudo bem, eu já sei que ele não quer perder o emprego, tem muita grana em jogo, a Ferrari paga aos dois, portanto pode escolher quem lhe interessa que vença, Alonso é campeão, está na frente na tabela, etc...etc...etc...
(Vou esquecer que Massa só não foi campeão em 2008 graças às bufonescas trapalhadas dessa mesma Ferrari)
Muito bem, eu, que já não assisti à corrida de domingo passado (será que foi pressentimento?), deixarei “oficialmente” de assistir aos próximos capítulos desta marmelada milionária.
E por que assistia antes?
Bem, eu acompanhava a Fórmula Um desde os tempos de Fangio e Stirling Moss, quando só se sabia da competição pelo jornal do cinema ou por notinhas e radiofotos nos jornais impressos.
Depois, no final dos anos 60, me tornei um colecionador da revista Quatro Rodas e passei a acompanhar Jim Clark, Jackie Stewart, Graham Hill, Jacky Icx, Jochen Rindt e Dennys Hulme.
Com a TV por satélite, já pude assistir Emerson Fittipaldi em sua brilhante trajetória. Vieram atrás Piquet e Senna, outros grandes campeões.
Aí, se poderia dizer: mas, naquele tempo também tinha piloto com prioridade! Bem, quando era clara a condição de primeiro/segundo piloto, havia sim, favorecimento. Mas era feito de outra forma. Emerson Fittipaldi começou como um desconhecido na Lotus, como segundo piloto de Jochen Rindt. Mas ele usava um Lotus 49C, enquanto o austríaco ficava com a fantástica Lotus 72C. Quando Rindt morreu, num acidente nos treinos do GP de Monza, Emerson herdou a Lotus 72C e, na primeira corrida com o carro, em Watkins Glen, venceu e garantiu o campeonato para o falecido Rindt!
A Williams mostrava clara preferência pelo inglês Nigel Mansell, mas nunca submeteu Piquet a coisas tão ridículas.
Mas, voltando ao presente: a Ferrari, através de seus dirigentes, fez declarações dando a entender que prevaleciam os interesses da equipe. Pois bem! Desde aqueles tempos gloriosos de que falei, eu sempre soube que a Fórmula Um, chamada oficialmente Grand Prix Motor Racing, era uma competição entre pilotos!
Fangio chegou a ser campeão em 1954 correndo partes da temporada por duas equipes diferentes, Maserati e Mercedes!
Mas, agora, reeditando os episódios Schumacher/Barrichello, a Ferrari reafirmou o fim da Fórmula Um!
A imprensa não precisa mais mostrar a ridícula tabela de pontuação dos pilotos, pois isto é apenas um dado estatístico!
Nem anunciar: Campeonato Mundial de Pilotos!
Valem agora apenas os pontos somados pela equipe, numa ressureição do antigo Mundial de Marcas, com regras um pouco diferentes.
Só devem continuar a usar a expressão “circo da Fórmula Um”, pois a competição está digna desta alcunha. Mas, um circo sem feras, trapezistas nem acrobatas, onde prevalecem as palhaçadas!

3 comentários:

  1. Leonel,
    Também fui fã da fórmula um e me desulidi já a algum tempo por outros motivos que não os seus. Mas assino embaixo do que você disse. Como diria Boris Casoy: É uma vergonha! Abraços, JAIR.

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  2. - Saudades da antiga F1! E a Ferrari acha-se a dona do circo, sempre metendo os pés pelas mãos. A escuderia tem mais é que tirar o cavalinho da chuva. E cala a boca, Galvão!

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  3. Vim, li e gostei, mas ainda penso que todo aquele histórico que me escreveu por email vale uma postagem...Pode até incluir o vídeo do Senna que lhe enviei. Não sei se vai ler esse comentário, mas fica aqui o registro numa atemporalidade virtual rsrs.
    Beijuuss, amado, n.a

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