FRASE:

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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

HISTÓRIA: A TERRA É AZUL!

Na década iniciada em 1951, em meio à Guerra Fria, os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) disputavam a primazia de conquistar o espaço, o que seria um ótimo objeto de propaganda, coisa que os dois oponentes valorizavam bastante.
Surpreendentemente, após uma série de fracassos americanos em tentativas de colocar em órbita um satélite artificial, em 4 de outubro de 1957, a URSS convidou oficialmente os operadores de rádio de todo o mundo a sintonizarem a frequência de 20.007 Mhz e ouvirem o bip-bip emitido pelo primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik I!

Ouça o som do Sputnik...
Sem nenhuma comunicação prévia do lançamento, os soviéticos haviam vencido a disputa, sendo os primeiros a colocar um artefato em órbita! O satélite, Com cerca de 50 centímetros de diâmetro, pesava 83,8 Kg com suas quatro antenas e completava uma órbita aproximadamente a cada 101 minutos.

 O Sputnik I causou grande impacto nos EUA, que colecionavam fracassos. Mas, hoje se sabe que os soviéticos também esconderam muitas mancadas...

O golpe foi sentido pelos EUA, e este fato acabou por expor ainda mais os efeitos da dissipação de esforços e do desperdício de verbas pelos americanos, que mantinham nada menos de quatro programas espaciais paralelos e independentes, competindo entre si sem trocarem informações! Esses absurdos já haviam sido observados e, após os fiascos iniciais das tentativas de lançamento de satélites, e de mais este revés, um ato governamental decretou a unificação dos esforços e conhecimentos, sob a jurisdição da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (National Aeronautics and Space Administration ), sigla NASA, criada oficialmente em 29 de julho de 1958, mas que só começou a operar em primeiro de outubro daquele ano.
Após o lançamento de outros artefatos da série Sputnik (não quero falar aqui da pobre cadelinha laika, primeira mártir do espaço), os americanos também conseguiram finalmente lançar seu satélite Explorer I, em 30 de janeiro de 1958. Mas, os soviéticos voltaram à carga, e foram também os primeiros a atingir a Lua com uma nave não-tripulada da série Lunik (ou Luna), depois de algumas tentativas.
Em 1961, os americanos, já sob a regência da NASA, tinham selecionado um grupo de sete astronautas que estavam em treinamento, para que um deles se tornasse o primeiro homem a ser lançado no espaço. O projeto era chefiado pelo cientista alemão Werner von Braun, criador dos mísseis V-1 e V-2, usados como armas pela Alemanha na II Guerra. Mas, vários problemas técnicos com os foguetes lançadores comprometiam a segurança do projeto e o programa estava empacado.
Até que, em 12 de abril de 1961, os soviéticos voltaram a abalar o mundo, ao anunciar oficialmente que o aviador russo Yuri Gagárin havia completado uma órbita em torno da Terra a bordo da nave espacial Vostok I e regressado são e salvo!

 Esta foto de Yuri Gagárin, liberada pela agência de notícias do governo soviético, apareceu estampada em todos os jornais do mundo, no dia seguinte ao grande evento.

Gagárin media menos de 1,60 m e pesava 69 kg, fator que deve ter influido na sua seleção, já que a cápsula não era nada espaçosa. Ele teve que encarar todos os medos e ansiedades que sempre atormentaram os seres humanos, como claustrofobia, aerofobia, medo da morte e angústia, tudo isto encerrado numa apertada esfera de metal que mal lhe permitia estender o braço!
Depois de suportar a brutal aceleração do foguete lançador, que alcançou a fantástica velocidade de mais de 20.000 km/h, viu o céu escurecer e teve consciência de que tudo dera certo no lançamento, mas agora estava encerrado naquele cubículo, separado por centímetros daquela imensidão de vácuo gelado, onde, se ficasse exposto sem proteção, seu sangue ferveria e seu corpo inflaria devido à diferença de pressão, antes de ser congelado para sempre. Para observar o exterior, tinha apenas três pequenas escotilhas, e um visor sob os pés.

 Diagrama da nave Vostok: uma claustrofóbica cápsula onde Gagárin ficou por menos de 108 minutos. (Clique para ampliar)

E foi através dessas escotilhas que ele teve a surpreendente visão que anunciou para sua base na Rússia, numa frase que correria o mundo e entraria para a história:
-“A Terra é azul!
A Terra não era aquela mistura de cores que até então víamos nos globos escolares, onde o azul se limitava aos mares e cursos de água e o verde predominava nas partes emersas. Devido ao efeito da camada atmosférica, nosso planeta visto do espaço é esta linda bola azul que maravilhou e surpreendeu o cosmonauta pioneiro. Seu voo durou 108 minutos, e apenas uma órbita foi completada.
No seu retorno à Terra, ainda teria que enfrentar o aquecimento da reentrada na atmosfera, quando a cápsula vindo do vácuo absoluto começaria a atritar com o ar cada vez mais denso. Para isto, sua nave contava com uma blindgem térmica que deveria resistir e isolar o seu ocupante do calor abrasador. E, se tudo isto corresse bem, retrofoguetes seria usados para diminuir a razão de descida e ele aguardaria até uma altitude de 7.000 metros, onde acionaria o seu assento ejetor, semelhante aos usados nos caças a jato, e seria arremessado através de uma escotilha de escape previamente descartada, abriria um paraquedas estabilizador do assento e só se separaria dele a 4.000 metros, fazendo a descida final pendurado em seu paraquedas individual, enquanto a cápsula desceria pendurada ao seu próprio paraquedas. Mas, escondendo esses fatos, os soviéticos afirmaram que Gagárin pousou a bordo da cápsula, pois do contrário, o voo não seria homologado como recorde pelas normas da Fédération Aéronautique Internationale (FAI). Só em 1971 eles admitiram que o cosmonauta se ejetara da nave.
Mas, tudo deu certo, e, no dia seguinte, todos os jornais do planeta estampavam na primeira página a foto oficial do aviador da Força Aérea Soviética Yuri Alekseievitch Gagárin, filho de um casal de operários de uma fazenda coletiva russa, que era apenas mais um piloto de caças MIG, até ser selecionado para ser “cosmonauta” (os russos sempre chamaram seus viajantes espaciais de cosmonautas, ao invés de astronautas).
Sua ascensão na carreira foi também meteórica, pois ao deixar a Terra a bordo da Vostok era apenas um primeiro-tenente, mas ao pousar, recebeu imediatamente a grata notícia de que durante seu voo, fora promovido ao posto de major, sem nunca ter usado sequer as insígnias de capitão! 

 A Vostok original: será leiloada pela Sotheby's, de Londres, no aniversário do seu voo. Para quem estiver interessado, ela foi avaliada entre 2 a 10 milhões de dólares!

A humanidade galgara mais um degrau! O homem não estava mais restrito apenas à Terra, já era capaz de sair e regressar ao seu planeta de origem! E o mundo nunca mais seria o mesmo! Os voos espaciais já não eram apenas domínio da ficção-científica. Enquanto isto, a juventude americana caia no embalo do rock 'n roll, para desespero dos pais, que não viam como afastar seus filhos da “música do demônio” e das festinhas miscigenadas e promíscuas.
Gagárin foi condecorado pelos seus feitos com a Ordem de Lenine e a com a medalha de Herói da União Soviética. Virou uma celebridade internacional e garoto-propaganda do regime soviético, percorrendo diversos países do mundo, inclusive o Brasil, onde recebeu das mãos do presidente Janio Quadros a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, mesma comenda que mais tarde detonaria uma crise política no governo, ao ser concedida ao ministro cubano Ernesto “Chê” Guevara.
De volta á União Soviética, Gagárin foi para a “Cidade das Estrelas”, centro de treinamento espacial russo, onde trabalhou na formação de outros cosmonautas soviéticos. Em 1962 foi nomeado para o parlamento soviético como deputado.
Após ficar alguns anos praticamente afastado das atividades aéreas, teve que fazer um estágio de requalificação como piloto. Em 27 de março de 1968, já no posto de coronel, durante um voo de instrução rotineiro sobre Kirzhach, o MiG-15UTI biplace onde ele estava com seu instrutor de voo Vladimir Seryogin sofreu um acidente e ambos vieram a falecer. As causas não foram publicadas pelo governo soviético. Mas, em 2003, após a queda do regime comunista, documentos sigilosos foram liberados, revelando que a investigação do acidente não foi conclusiva. Sabe-se apenas que o avião entrou em parafuso, por ter entrado na turbulência de outra aeronave ou por colisão com algum pássaro.
Atualmente, o centro de treinamento de cosmonautas em Baikonur, Cazaquistão leva o nome do primeiro homem que viu a Terra azul.
O impacto causado nos EUA pelo voo de Gagárin fez com que os americanos fossem levados a um esforço máximo e, em 5 de maio de 1961, menos de um mês após o feito russo, o astronauta americano Alan Shephard Jr. foi lançado em um vôo suborbital que durou menos de 15 minutos e alcançou 212 km. Finalmente, em 20 de fevereiro de 1962, John Gleen salvou a pátria, sendo o primeiro americano a percorrer órbitas (3) em torno da Terra.
Mas, antes dele, outro cosmonauta russo, Gherman Titov, também já havia subido em 6 de agosto de 1961, a bordo da Vostok II e passado 25 horas no espaço, chegando até a dormir, enquanto percorria 17,5 órbitas terrestres.
A disputa entre as superpotências prosseguiu, e os americanos, corrigindo seus erros administrativos e técnicos, foram gradativamente superando os soviéticos, até ao histórico pouso do módulo lunar Eagle da Apollo XI na Lua, em 20 de julho de 1969, que fez os russos jogarem definitivamente a toalha, encerrando a corrida espacial.
Quanto a mim, guardarei para sempre a emoção que senti em 1961, ao saber que um novo mundo de sonhos se abria para a humanidade e que havia mais coisas para descobrir, bem além dos limites do quintal da minha casa e das ruas do meu bairro...

Curiosidade: se alguém estiver interessado em comprar a nave Vostok I original, ela será leiloada em Londres pela Sotheby's, no dia 12 de abril de 2011, data em que se comemora o qüinquagésimo aniversário do primeiro vôo cósmico tripulado.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

NADA ESTÁ TÃO RUIM...

Lá vou eu de novo falar de um assunto para o qual não estou qualificado, mas que me incomoda bastante! Posso estar errado, mas me sinto compelido a externar minhas ideias, ainda que seja com base nas opiniões de outras pessoas.

Quem merece usar este chapéu? 
Se o MEC está certo, talvez eu!

Segundo um Relatório de Monitoramento de Educação para Todos, da Unesco, divulgado em janeiro de 2010, apesar da melhora apresentada entre 1999 e 2007, o índice de repetência no ensino fundamental brasileiro (18,7%) é o mais elevado na América Latina e fica expressivamente acima da média mundial (2,9%). O alto índice de abandono nos primeiros anos de educação também alimenta a fragilidade do sistema educacional do Brasil. Cerca de 13,8% dos brasileiros largam os estudos já no primeiro ano no ensino básico.
Este mesmo relatório, com base em dados de 2007, colocou o Brasil em 88º lugar no Índice de Desenvolvimento Educacional (IDE), entre 128 nações!
Na minha curta visão de ex-aluno, as provas feitas durante o ano letivo servem para avaliar se, para cada aluno em particular, o aprendizado está surtindo efeito.
Se um determinado aluno não consegue os graus de aproveitamento necessários para aprovação, é porque não aprendeu e para ele o aprendizado não produziu o efeito desejado.
Cabe aos professores e aos pais diagnosticarem as causas, introduzirem correções, e cabe ao aluno repetir o ano.
Se o percentual de alunos reprovados ficar acima de determinado índice, isto requer um diagnóstico mais aprofundado e em um nível mais elevado sobre as condições da escola, dos alunos e sobre a forma como está sendo ministrado o ensino, e dependendo da abrangência dos resultados considerados, até sobre a validade dos métodos de ensino adotados.
Há alguns anos, os responsáveis pela Secretaria de Educação do Estado de S. Paulo, verificando que os números da evasão escolar estavam acima do aceitável para os primeiros anos de aprendizado e que isto estava associado à taxa de reprovação dos alunos, adotaram uma sistemática que, segundo diz numa nota publicada no dia 18 último, no site G1/Globo, “praticamente acabou com a evasão escolar”.


Por isto, a medida foi considerada um sucesso por seus introdutores.
Segundo prosegue a mesma nota:
“Desde 1998, as escolas públicas do estado de São Paulo mantêm o sistema de ensino chamado progressão continuada. O aluno só pode ser reprovado depois de cinco anos de estudo. Esse sistema de ciclos praticamente zerou a evasão escolar, mas trouxe resultados duvidosos quanto ao aproveitamento do aluno”.
Ou seja, o aluno não é reprovado nos primeiros anos,  mesmo com aproveitamento insuficiente, e alguns deixam de aprender certos fundamentos, sobre as quais se baseiam progressivamente os conhecimentos posteriormente ministrados, e depois de cinco anos, a casa cai para estes, por falta de alicerces! Mas, aí já estão “alfabetizados”!
Há alguns anos atrás, por alguns dias eu banquei o “explicador” para dar um reforço nos estudos de matemática e ciências para um menino que estava cursando o que (no meu tempo) seria o início do ginasial. Mas, as dúvidas do jovem não eram propriamente em assuntos do nível ginasial, mas em números relativos, frações ordinárias e operações básicas com elas, conversão de frações, e outras coisas que ele deveria ter aprendido nos três primeiros anos de estudo. E ele não esteve sob este regime de “progressão continuada”! Fora aprovado sucessivamente sem saber coisas básicas!
A explicação eu já sabia: por anos a fio, no Rio de Janeiro, as aulas foram interrompidas por greves de professores e pessoal de apoio, reclamando (com razão) salários atrasados, acordos não cumpridos, más condições de trabalho e até falta de segurança pessoal! Sem falar de casos em que, ao regressar das férias escolares, alunos e professores encontraram as salas de aula ocupadas por vítimas de desabamentos nos morros cariocas, colocadas ali por órgãos governamentais e esquecidos, no que deveria ser uma solução emergencial! Ou salas de aulas com goteiras, cheias de mofo ou calor excessivo!
Mas, no final de cada um destes anos típicos, mesmo com a carga horária reduzida por estas interrupções, todos (ou a maioria) eram aprovados e passavam de ano!
E as lacunas ficavam nas partes básicas das disciplinas. Na hora do vestibular, esta falta de base pode ser compensada com as demagógicas cotas para alunos das escolas públicas, ocupando as vagas que seriam de alunos com notas melhores, mas que cometeram o crime de estudar em escolas particulares, onde seus estudos não foram interrrompidos!
Mas, voltando à nota do jornal, também está citado que nem pais nem professores estão satisfeitos com esta “solução”.
Algumas outras opiniões sobre o assunto, estas publicadas no site R7 NOTÍCIAS:
“Segundo Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo), esses alunos aprovados automaticamente não terão condições de fazer um vestibular ou enfrentar a competição do mercado de trabalho.”
“Alguns pais afirmam que a aprovação automática não estimula o aluno a estudar e, com isso, muitas crianças saem do primeiro para o segundo ano das escolas sem estarem alfabetizadas.”
“A educadora Iracema de Jesus diz que a progressão continuada foi aplicada de maneira irresponsável e que a única preocupação do governo foi contábil”.
Então quem está satisfeito? Os responsáveis pelo ensino público naquele estado devem se regozijar por terem resolvido os problemas da evasão escolar e das reprovações! Seus índices sem dúvida melhoraram!
Resolveram o problema deles! O dos alunos ainda vai esperar até ao longínquo dia em que pessoas honestas, conscientes e realmente interessadas farão alguma coisa para melhorar a qualidade do ensino público básico!
Mas o MEC adorou a solução e parece que agora tem gente de lá sugerindo a adoção desta ideia em nível nacional! Parece que nada está tão ruim que não possa piorar!
Eu lembro que, enquanto isto está acontecendo, existem pessoas honestas e dedicadas à educação, algumas das quais eu conheço, em diversos rincões do Brasil, fazendo o melhor que podem para ministrar ensino de qualidade aos seus alunos!
Reconheço que não sou a pessoa indicada para dizer se este sistema, já utilizado em países onde a educação é levada a sério, funcionará em Pindorama. Mas, considero aqui as opiniões dessas pessoas habilitadas e que trabalham há bastante tempo na área de educação.
Esperemos que os objetivos desta política não sejam apenas mascarar a falta de ações mais efetivas para melhorar a qualidade do ensino público fundamental.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

LI MEU PRIMEIRO E-BOOK!

Acabei de ler o meu primeiro livro digital. Li mesmo na telinha do computador, com o software (gratuito) Adobe Digital Editions.
Este livro foi baixado também gratuitamente da Gato Sabido, onde adquiri anteriormente uma obra de Monteiro Lobato, Cidades Mortas, que eu há muito queria ler e já estou na metade, lendo de vez em quando, pois são contos independentes, versando sobre a vidinha das cidades do interior paulista onde o autor de O Sítio do Pica-pau Amarelo viveu parte de sua vida.
A obra que terminei agora de ler foi ROTA 66 (Ed. Record - 2003), da autoria do repórter policial gaúcho Caco Barcellos, (não é parente do Rodolfo).
Neste livro, exaustivamente pesquisado e que custou alguns embaraços ao autor, ele nos conta com minúcias alguns detalhes que envolveram as ações da temida unidade policial cuja sigla vem de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, e que patrulhava as noites paulistanas nos anos 70/90.
A partir do estudo de um notório caso ocorrido nos anos 70, em que três rapazes de classe média foram fuzilados pela polícia, após uma perseguição noturna pelas ruas de S. Paulo, o autor se aprofundou em outros incidentes com morte envolvendo a ROTA.  As investigações sobre alguns dos mortos não revelou nenhuma evidência de culpa, além de descobrir a sistemática de simular resistência, “plantando” armas junto aos corpos, e de levar os defuntos para serem socorridos em hospitais, desmanchando a cena da ocorrência, o que demonstra uma atitude no mínimo duvidosa da parte dos envolvidos.
Em um dos capítulos, também é investigada a morte de Pixote, o delinqüente juvenil que virou ator e depois teve uma recaída, acabando por ser mais um dos executados pela ROTA.
Combatida por alguns pelos seus excessos, elogiada por outros por “jogar duro” com os bandidos, a ROTA nos mostrou que é muito difícil se chegar a uma polícia ideal, pois para isto, é preciso ter também um povo ideal, coisa que está longe de acontecer.
Uma polícia com carta branca para agir de forma excessivamente violenta contra os bandidos, acaba saindo de controle, perdendo seus referenciais e se tornando um perigo até para a população!
Acabei mais uma vez saindo pela tangente e comentando o conteúdo do livro, mas o marco é ter vencido a barreira do papel e segundo dizem, ter economizado algumas árvores que seriam empregadas para imprimir o livro convencional.

Já existem diversos modelos de leitores para livros digitais, todos com suas vantagens e desvantagens.

Ué, mas esta edição do livro já havia sido impressa em sua tiragem total, de qualquer jeito!
Acontece que, na medida que diminuir a procura por mídia impressa, sendo substituída por mídia digital, a demanda fará com que as tiragens impressas em papel diminuam!
Agora, ler na tela do computador, mesmo num notebook, ainda é um pouco chato! Estou observando a evolução dos chamados E- Readers (é isso mesmo?), os leitores de livros digitais, para escolher o modelo ideal. Com uma destas tabuletas, do tamanho de um caderno, posso levar centenas de livros comigo para onde eu for! Existem vários modelos, cada qual com suas vantagens e desvantagens.
Talvez, essa nova embalagem até encoraje aos que tem certa aversão pelo hábito da leitura a encarar um bom livro. E existem muitos por aí, velhos e novos, clássicos e populares!
Por favor, não se assustem, isto não é o princípio do fim dos livros, mas apenas mais uma nova mídia para imprimi-los, como quando passamos das pedras para as placas de cerâmica, ou para os rolos de papiro! O seu conteúdo permanece o mesmo! E, neste caso, nem creio que haverá algum dia a substituição total dos livros de papel. Seria muito risco, no caso de algum colapso energético.
Para quem leu o livro (ou viu o filme) Farenheit 451, de Ray Bradbury, aquelas "pessoas-livros" não precisariam mais decorar livros para preserva-los. Seria mais fácil esconde-los em pen drives!

Apesar das inovações, os livros convencionais devem permanecer, até por segurança, mas, melhorando a qualidade e durabilidade do papel usado.

Por outro lado, imagine os alunos não mais obrigados a transportar as pesadas mochilas cheias de livros, levando toda a sua biblioteca do ano letivo contida em uma tabuletinha pesando em torno de 200g, peso de alguns modelos já à venda!
Muita gente nunca leu tanto na vida como nas blogsferas da internet! Experimentem também os livros! Uma boa desculpa para ficar na frente do computador, enquanto não compra o seu leitor de e-books!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

FILMES: GOSTEI, MAS NÃO QUERO VER DE NOVO!

O que é um bom filme?
Para mim, um filme sobre um tema interessante, bem dirigido, com um roteiro livre de certos lugares-comuns e interpretado por atores convincentes. Outros fatores ajudam, como a trilha sonora, a fotografia e o andamento (alguns chamam timing).
Entretanto, tem filmes com elencos magníficos, bem dirigidos e produzidos, premiados e reconhecidos, que eu já vi, aprovei, mas não quero ver de novo!
Por que?
Porque me deprimem, me deixam com raiva ou revolta e a expectativa é por um final trágico. Em alguns casos, o pior é saber que foi tudo verdade e aconteceu assim mesmo!
Alguns são bem feitos demais!
Aqui estou falando de cinco deles, os de melhor qualidade que eu me lembro, alguns até possuo o DVD, mas não voltei a assisti-los.
Estranha coincidência: três desses filmes são com John Malkovich, ator que eu considero excelente, e que geralmente escolhe atuar em filmes de boa qualidade, como estes três citados.

Spartacus – (Spartacus – 1960)

Produzido por Stanley Kubrick (2001 – Uma Odisséia no Espaço) o filme tem no seu elenco Kirk Douglas, Laurence Olivier, Jean Simmons, Peter Ustinov, Charles Laughton e Tony Curtis.
Recebeu 4 Oscars: melhor ator coadjuvante (Peter Ustinov), melhor direção de arte colorida, melhor fotografia a cores, e melhor figurino colorido.
Baseado no livro de Howard Fast, o filme é sobre o líder de uma revolta de escravos do império romano, lá por volta de 73 A.C., que mobilizou quase cem mil homens em armas.
O nobre romano Crassus é encarregado de combate-lo, após diversos cônsules serem derrotados. Crassus usa de métodos cruéis até mesmo com seus próprios soldados.
E como naquela época nada era politicamente correto, os escravos acabam derrotados pelas legiões romanas.
E o destino do pobre Spartacus (Kirk Douglas) é o pior possível: primeiro tem que duelar até à morte com o filho de seu melhor amigo, já falecido, cuja guarda lhe fora confiada. Quem vencesse, seria crucificado, suplício que causava uma morte lenta e dolorosa. Para evitar que o rapaz seja crucificado, ele o mata. Depois, pendurado na cruz, ainda fica sabendo que seu próprio filho será criado como se fosse filho de Crassus, e será educado para considera-lo um bandido! E para completar, seu algoz ainda fica com sua esposa, a leva para assistir ao seu suplício, e ela parece indiferente à sua dor e feliz por estar desfrutando mordomias ao lado de Crassus!
Alguém pode imaginar coisa pior?

 Kirk Douglas, como Spartacus: desgraça pouca é bobagem.

Os Gritos do Silêncio – (The Killing Fields – 1984) - (Em Portugal: Terra Sangrenta)

Esta produção inglesa recebeu os Oscars de melhor ator coadjuvante (Haing S. Ngor), melhor fotografia e melhor edição.
Haing S. Ngor recebeu também o Globo de Ouro, na mesma categoria.
Dirigido por Roland Joffé, tem no seu elenco Sam Waterson (Law & Order), Haing S. Ngor, John Malkovich, Julian Sands e Craig T. Nelson.
Uma história real sobre o drama de um repórter cambojano, durante a ascensão do ditador comunista Pol Pot. Este regime sanguinário exterminou um percentual significativo da população do país, começando pelos inimigos públicos, “as elites”, ou seja as pessoas com curso superior, como os profissionais liberais e professores. Alguns responsáveis por crimes menores, como o de ser alfabetizado, foram condenados a trabalhar em roças de arroz, tudo sob a vigilância de adolescentes analfabetos armados com fuzis automáticos, com carta branca para fuzilar qualquer um que lhes desagradasse, ou que olhasse para o lado! Uma das cenas mostra uma brincadeira que os garotinhos gostavam de fazer: espetavam uma maçã na baioneta de um fuzil e levavam para que os prisioneiros famintos, andando de quatro, tentassem abocanha-la. Quando estavam conseguindo, eles apertavam o gatilho...Legal, né?

Ligações Perigosas - (Dangerous Liaisons -1988)


Um elenco com John Malkovich, Glenn Close, Michelle Pfeiffer, Keanu Reeves e Uma Thurman, em excelentes interpretações em uma trama bem escrita e magnificamente adaptada de uma peça de teatro, dirigida por Stephen Frears .
Recebeu seis indicações para o Oscar e venceu três:
Melhor roteiro adaptado (Christopher Hampton), melhor figurino (James Acheson) e melhor direção de arte (Stuart Craig, Gérard James), além de diversos outros prêmios.
Uma trama sórdida que destaca o quanto de mal pode ser feito por pessoas más, e como a maldade pode subverter o mais nobres sentimentos. Um casal de pervertidos mal-intencionados usa um casal de jovens apaixonados como objeto de aposta, de forma destrutiva e maldosa.
Odioso, pois ressalta o quão vulnerável as pessoas inocentes podem ser diante da maldade gratuita.

Joana D'Arc - (Jeanne d'Arc – 1999)

Grande produção franco-americana, dirigida por Luc Besson, com Milla Jovovich, Dustin Hoffman, John Malkovich e Faye Dunaway.

Recebeu o prêmio César da academia francesa como melhor figurino e melhor edição de som.
No séc. XV, tentando por um fim à Guerra dos Cem Anos, um tratado entre França e Inglaterra, atendendo a inúmeras confluências feudo-políticas, estabelece que, após a morte do rei da França, ela passará a ser governada pela coroa inglesa. Entrtanto, ambos os reis morrem na mesma época e o herdeiro inglês é um bebê (Henry VI). Os franceses resolvem lutar pela sua integridade, contrariando o tratado e enfrentando os ingleses e os povos germânicos aliados destes.
Quem se destaca nesta luta a favor da França é uma jovem devota religiosa, Joana D' Arc.
A mocinha pura, valente e patriótica, porém analfabeta e ingênua, luta com coragem e honestidade pela sua França. Entretanto, não podia entender nem vencer as tramas e os nojentos desvios da política, com seus interesses escusos, usando a vida da heroína como moeda de troca de favores.
Acaba se tornando inconveniente para o poder e é traída pelos sórdidos políticos, que visam apenas seus interesses (como aqueles que conhecemos) e veem nela uma chance para fazer acordo com os ingleses, que a querem morta. E como se sabe, ela foi condenada à uma morte terrível, sendo queimada viva em 30 de maio de 1431.
Revoltante e verdadeiro!

Gladiador – (Gladiator - 2000)

Dirigido por Ridley Scott, com Russel Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen e Oliver Reed.
Nos EUA, recebeu 5 Oscars: melhor filme, melhor ator (Russel Crowe), melhor figurino, melhores efeitos especiais e melhor som, além de diversos prêmios em outros países.
Um grande épico, retratando a trajetória do general romano Maximus (R. Crowe), no reinado do imperador Marco Aurélio. O imperador manifesta o desejo de torna-lo seu herdeiro, mas seu filho Commodus ( J. Phoenix) mata o próprio pai e e assume o trono. Depois, desgraça a vida do seu concorrente, massacrando brutalmente sua família e transformando-o em escravo e gladiador.
Quando finalmente Maximus confronta seu covarde inimigo, é previamente ferido de morte, indo enfrenta-lo na arena já moribundo e condenado.
Muito triste! Dá vontade de entrar na arena e decapitar o maldito Commodus!

Esses grandes filmes são os meus prediletos para não assistir, apesar de seus méritos! Talvez eu pudesse incluir também Onde os Fracos Não Tem Vez - (Em Portugal: Este País Não é Para Velhos) - (4 Oscars), mas este nem é um filme que eu tenha apreciado muito.

Agora, perguntem quantas vezes já assisti O Feitiço do Tempo, O Diário de Bridget Jones, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, O Resgate do Soldado Ryan, De Volta Para o Futuro, 1984, Adeus às Ilusões, Tora!Tora!Tora!, Blade Runner ou Enigma de Uma Vida?

Em tempo: recomendo assistir a qualquer um dos cinco filmes citados, pelo menos uma vez! Se quiser, pode até repetir!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

HOMENAGEM A UM GRANDE AMIGO

Hoje, alguns membros da blogsfera prepararam uma surpresa para um amigo.
Eu também entrei nessa, com poucas mas sinceras linhas!
Confiram em:

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

TRAPIZONGA, BABEL E REGIONALISMOS

Quando comecei a escrever, ia falar mais uma vez da Trapizonga. O que é Trapizonga? Bem, o nome correto é Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons), ou simplesmente LHC, um acelerador de partículas com circumferência de 27 km,  construído ao custo de US$ 8.000.000.000,00 na fronteira franco-suíça, onde cientistas de diversas nações pretendem simular condições similares às supostamente existentes no momento da criação do universo. Esta engenhoca bilionária começou a funcionar em março de 2010. Nosso amigo Jair convencionou chama-la simplesmente de Trapizonga.
Mas, acabei saindo pela tangente quando me ocorreu que este projeto poderia ser comparado a outro, iniciado há milhares de anos. E aí escrevi este trecho:

“Imagino como serão vistas pelos seres humanos de 10.000 d.c. as tentativas da ciência atrasadíssima de 2011 em determinar a origem do universo, com base nos seus limitados conhecimentos! Pareceremos tão ridículos como  nos parecem os construtores da torre de Babel!”

Bem, neste ponto, me desviei da trapizonga e passei a matutar sobre outra coisa relacionada com a torre de Babel.
A chamada torre de Babel, iniciativa dos descendentes de Noé, após o dilúvio, seria uma torre destinada a alcançar o céu, e portanto desvendar seus mistérios, permitindo que homens alcançassem os domínios de Deus e trocassem apertos de mão com os anjos. 
Talvez até pensassem em convida-los para uma partida de futebol, seguida de um churrasco!
Mas, segundo consta na bíblia, o Senhor providenciou para que os homens envolvidos na construção da torre se desentendessem, falando línguas e dialetos diferentes. A palavra “babel” significa confusão. Só então a torre passou a ter este nome.
Difícil se determinar quanto à exatidão de fatos tão antigos, mas não é difícil imaginar que, quando a necessidade de mão-de-obra aumentou, começaram a ser recrutados operários de diferentes regiões, cada grupo com seus dialetos locais, já que não havia rádio nem TV para pasteurizar e padronizar expressões idiomáticas, e as dificuldades de comunicação acabaram tornando o projeto inviável.

 A torre de Babel, em concepção artística: um projeto absurdo, pelos padrões de hoje. Mas, foi a dificuldade de comunicação entre seus construtores que interrompeu sua construção.

E isto me fez lembrar de um tempo nem tão distante quando ainda tinhamos expressões dialéticas regionais:
Eu, vindo de Porto Alegre, cheguei em S. Paulo em meados dos anos 60 e, em uma lanchonete, pedi uma “batida de banana”. O atendente fez uma cara meio feia e disse que “batida, só tinha de limão ou maracujá”. E achou que eu estivesse de sacanagem, pedindo batida de banana. Eu então expliquei como se preparava uma batida, com banana, leite e açúcar no liquidificador. Então fez-se a luz: “Ah! Você quer é uma vitamina!”
“Batida”, em S.Paulo e no "resto" do Brasil, era a mistura de cachaça com suco de frutas.
E assim, comecei a descobrir que ninguém lá sabia o que era uma “meia-taça”, mas pediam uma “média” de café com leite. (Lá também descobri que gosto tinha o verdadeiro café, pois lá no sul se bebia outra coisa com o mesmo nome!) 
Se quisesse comer uma boa "chuleta", fora da minha terra, tinha que pedir bisteca!
Uma colisão de carros em qualquer lugar podia ser uma “trombada” ou uma “batida”, mas nunca uma “pechada”, como lá em Porto Alegre!
E ninguém sabia que uma “fatiota” nada mais era do que o traje formal, calça e paletó do mesmo tecido com camisa social e gravata. E que um “carpim” era apenas uma meia masculina. Se a mãe ameaçasse o filho com uma “sumanta” estava falando de uma surra!
Para comprar o leite e o pão, ou ingressos para o cinema, só entrando na “bicha” (fila)!
Mas em S. Paulo, descobri que, só para eles, um sinal de trânsito era “farol”. Ultimamente, estão precisando mesmo de faróis na capital paulistana, pois os motoristas estão virando pilotos de barcos!
Mas, depois, fui para o nordeste e em Natal – RN, minha namorada caiu na risada quando um dia eu disse que ia para casa, descansar! Para eles, “descansar” era nada menos do que dar a luz a um filho!
Acho que todo o mundo sabe que na Bahia, comida é “quente” quando está apimentada!
Mas, em Recife-PE (ou como se diz por lá, “no Recife”), ninguém pedia carona a um colega, pedia “bigú”. Se o carro estivesse meio empenado, estava “troncho”. Um parafuso frouxo estava “folote”. Se alguém lhe desse uma fechada no trânsito e você quisesse comprar uma briga feia, era só chamar o outro motorista de “cabra safado”! Podia terminar até em morte!
Numa manhã, entrei numa lanchonete e pedi um suco de graviola. A atendente falou que só tinha suco “natural”. Eu disse que queria mesmo o suco natural, e o suco veio...na temperatura natural, ou seja quente! Ela explicou: - "O gelo ainda não chegou, só tem suco natural!"
Camundongo lá era “catita” e as comidas, tudo a mesma coisa com nomes diferentes: aipim era macaxeira, abóbora era gerimum, etc...
Em Curitiba, se eu pedia um cachorro-quente, o rapaz perguntava: com uma ou duas "vinas" (salsichas)?
Mas, a fruta que eu vi com mais nomes diferentes foi a tangerina: no Rio Grande do Sul “bergamota” ou “vergamota”, no Paraná era “mimosa”, em Pernanbuco “laranja-cravo” e em outros lugares “mixirica”!
E olhe que eu só falei de algumas regiões. Nem falei do norte nem do centro- oeste, onde também tinham expressões bem típicas. Também não citei expressões típicas do interior gaúcho, que não são usadas na capital.
Hoje, as redes nacionais de TV estão acabando com alguns regionalismos e padronizando a linguagem. As expressões válidas são as faladas por personagens de novelas!
Nem sei se isto é bom ou ruim, mas já vi uma placa de “tangerina” em uma prateleira num supermercado de Porto Alegre!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O UNIVERSO, GRÁTIS!

Na minha postagem Cultura Grátis, eu falei a respeito de coisas boas (e más) que existem nesta megacidade chamada internet. Aqui vai mais um exemplo do que existe de bom!


Tudo o que você queria saber, mas tinha medo de perguntar sobre astronomia e astrofísica, como as teorias do Big Bang e da relatividade, viagens no tempo, ou sobre o universo em expansão, está explicado e debatido em linguagem acessível no site ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA! 
Publicado pelos conceituados professores Kepler de Souza Oliveira Filho e Maria de Fátima Oliveira Saraiva, ambos do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o site é uma pequena enciclopédia cósmica, feito intencionalmente em linguagem acessível, permitindo a sua compreensão sem a necessidade de conhecimentos avançados de matemática. Um privilégio, achar tanta informação em português! 
As teorias mais aceitas para tentar explicar alguns fatos astronômicos estão lá, ao lado dos seus históricos e dos seus criadores ou proponentes.Lá, você pode ficar sabendo que a influência do efeito Doppler no espectro das galáxias, mostrando que elas estavam se aproximando ou se afastando de nós, foi descoberta em 1912 por Vesto Melvin Slipher. 
Também ficará conhecendo as descobertas de Edwin Powell Hubble, e entenderá porque o grande telescópio em órbita terrestre recebeu o seu nome. 
Porque o céu à noite é tão escuro, se existem estrelas em número bastante para torna-lo mais luminoso do que o sol? 
Como foi calculada a idade do universo? 
Como se determina a posição de um astro na esfera celeste? 
Lá, você encontrará a resposta para estas e outras perguntas, e ainda poderá ver a simulação gráfica das órbitas dos satélites do sistema GPS, das fases da lua e das leis de Kepler (Johannes Kepler, o astrônomo e físico alemão dos sécs. XVI e XVII).
Vale a pena conferir!

O endereço é :