FRASE:

FRASE:

"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

domingo, 30 de janeiro de 2011

PLANOS E DECISÕES IRREVERSÍVEIS

Em 1519, o explorador espanhol Hernando Cortez, partindo de Cuba, chegou ao México, então habitado pelos astecas. Seu objetivo estava delineado: conquistar o império asteca e se apossar de todas as suas riquezas!
Como farejou dissidências entre seu pessoal, determinou que os navios que os haviam trazido fossem queimados, para que não houvesse a possibilidade de recuar.
Mais tarde, como bom conquistador da sua época, tomou como refém o imperador Montezuma, que o havia recebido com flores, destruiu e saqueou a capital Tenochtitlan e, com a ajuda de outros povos inimigos dos astecas, destruiu e saqueou todo o império asteca.

Mas,o fato de haver destruído seus navios após chegar, entretanto, tornou-se marcante, como uma prova de sua determinação, forçando seus homens a se concentrarem num único objetivo. Não haveria segunda chance! Vitória ou aniquilação! A dominação sobre os astecas passou a ser sua única chance de sobrevivência, e para Cortez, uma garantia de que todos dariam o melhor de si para atingirem um propósito.
De vez em quando, inadvertidamente, “queimamos os navios” e tomamos uma decisão que nos parece irrreversível. Colocamos todas as fichas em um número e contamos que vamos ter sucesso em uma empreitada.
Mas, na vida, parece que a única coisa certa é a sua própria incerteza.
É impressionante a forma como certas “linhas do tempo” são quebradas, e essas quebras nos arremessam para uma outra via, onde acabamos seguindo caminhos paralelos ou divergentes daquele que pretendíamos seguir!
Após algumas destas quebras, que fizeram minha vida dar “cavalos de pau”, como um fusca faria num pega dos anos 70, adotei uma linha diferente: hoje, prefiro planos a curto prazo. Mesmo porque, não sei até aonde vai a minha longevidade. Mas assim, tenho sido mais bem sucedido do que em outros tempos. E para certos pontos no desenvolvimento cronológico dos meus planos, coloco um operador “IF” (se). Se até aqui isto não foi alcançado então...e daí, surgem as alternativas!
Outras vezes, fico simplesmente ao sabor do vento, com a mente aberta, vendo aonde as correntes vão me levar...coisa típica de velhos preguiçosos, que não querem arcar nem com o peso de uma decisão, né?
Mas, na verdade, quando tenho que tomar uma decisão, é rapidinho, mesmo que seja a decisão errada!
Às vezes, fico matutando se Cortez tinha realmente avaliado que suas forças seriam capazes de levar a cabo seus objetivos, e tinha ele certeza da vitória, ou se preferia ser aniquilado a deixar de alcançar sucesso naquela primeira e única tentativa.
Para algumas pessoas, deve ser melhor morrer do que mudar de ideia...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

EQUIPE ASTERÓIDE

Acho que já é hora de apresentar minha equipe de redação, sem a qual este modesto e confuso blog seria inviável.


Estas são minhas simpáticas auxiliares: a srta. Réu, minha secretária executiva, já com dez anos na casa, tão dedicada ao trabalho que às vezes cai no sono na frente do monitor do computador. Mas, além desta dedicação, é uma tremenda gata!
Já minha agente de segurança, srta. Dolly, é uma jovem inexperiente (sete meses) e por isto, ainda é responsável por muitos alarmes falsos, acusando a presença de passarinhos, lagartixas e até formigas! Apesar desta carinha inocente, não passa de uma cadela!
E o pobre e velho chefão L.R. tem que lidar com todos esses caprichos e manias de suas auxiliares e inspiradoras!
 Depois de muito trabalho, minha dedicada secretária adormece na sua mesa!

E olhe que os antecedentes destas moças não são nada saudáveis: a srta. Réu, ainda adolescente, chegou numa noite sem ser convidada, depois de escalar um muro e um telhado, pular numa varanda e se intrometer sorrateiramente e sem pedir licença na sala onde eu assistia TV. Escolheu uma almofada e se acomodou na maior cara-de-pau, como se estivesse na própria casa! Bem, agora está mesmo! A explicação para o seu comportamento depois eu soube: ela já carregava um gatinho na barriga, provável causa de ter sido abandonada. Infelizmente, era sua primeira e única cria e nasceu morta, acho que prematura. Depois disso, levei-a a uma clínica veterinária, onde depois de tirar uma chapa de raios-X, fez um tratamento para eliminar gases no útero e depois foi esterilizada, conforme recomendação médica, e lógicamente, adotada!
Já a srta. Dolly teve origem nobre, filha de uma cadela  da raça cocker-spaniel inglês, verdadeira lady, muito bem educada que, ao que parece, se meteu com algum vira-lata, num romance tipo dama-e-o-vagabundo e essa parte da história acabou mal: o seu "compreensivo e humano" dono abandonou-a com os quatro filhotes nas proximidades de minha casa. Meu vizinho recolheu-a com sua prole e acabou me convencendo a ficar com um dos rebentos. Escolhi uma fêmea, pois os machos tem o hábito infeliz de fazer xixi nas rodas dos carros, causando ferrugem nos discos de freio, além de destruírem tudo o que é planta com suas "urinadinhas territoriais".
Peguei a menorzinha, que só vivia levando a pior na disputa com seus irmãos. O seu nome foi por causa do musical "Hello, Dolly". Eu escrevia Dóli, mas a veterinária escreveu no cartão de vacinas dela Dolly, e assim ficou registrada. Afinal, ela é de ascendência britânica!
Mas o verdadeiro final acabou sendo feliz, a lady e os filhotes restantes acabaram sendo adotados por alguém que tem um sítio e, segundo eu soube, está feliz com todo o restante da família!
Ás vezes me pergunto se não teria sido melhor que Dolly tivesse ido também com seus irmãos, para um lugar cheio de espaço e companhia. Mas, quando a vejo brincando, correndo e dando saltos como um cabritinho no meu quintal, ela também me parece muito feliz! E isto me dá momentos felizes!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

FILME: BARCO - INFERNO NO MAR (VERSÃO DO DIRETOR)

Até 1981, filmes sobre a ação de submarinos na II Guerra Mundial tinham um clássico como referência: O Mar é o Nosso Túmulo (Run Silent, Run Deep – EUA – 1958).
Então, foi lançado O Barco – Inferno no Mar (Das Boot – ALE – 1981), considerado hors concours o melhor filme sobre este tema.
Este filme tem uma história curiosa: sua filmagem rendeu diversas versões: a primeira foi para exibição em cinemas, com 150 minutos (1981); uma série de três episódios de 100 minutos, apresentada pela BBC (1984); uma série de 6 episódios de 50 minutos para a TV alemã (1988) (também apresentada no Brasil); a Versão do Diretor, em DVD, com 209 minutos (1997); e finalmente, em 2004 foi lançado em DVD a Mini-Série Sem Cortes, com 293 minutos, omitindo apenas as cenas repetidas dos capítulos anteriores, apresentadas na TV a cada episódio.
Essa análise é feita sobre a Versão do Diretor, em DVD, distribuída no Brasil pela Columbia Pictures, em widescreen 1.85:1, com trilha sonora em Dolby 5.1.
Apesar de tantas versões, quando o assistimos, o que vemos não é uma sucessão de recortes emendados sem continuidade, mas uma história que corre com fluidez e onde, apesar da longa duração, a ação surge a todo o momento, sem dar tempo para o tédio.
O filme ajudou a projetar o diretor Wolfgang Petersen no cenário mundial. A história se baseia no livro Das Boot, de Lothar-Günther Bucheim, onde ele conta a história de uma patrulha de guerra típica a bordo do submarino alemão U-96, durante a II Guerra.

Jürgen Prochnow: excelente, como o carismático capitão Willenbrock, do U-96.

O filme é protagonizado pelo excelente ator Jürgen Prochnow, no papel do carismático e seguro capitão Willenbrock, e Herbert Grönemeyer como o correspondente de guerra tenente Werner, que acompanha a viagem, documentando a missão, a exemplo do que o autor do livro fez na vida real. Klaus Wennemann é o primeiro-tenente chefe das máquinas e imediato do submarino.
A consultoria ficou a cargo de Heinrich Lehmann-Willenbrock, o verdadeiro comandante do U-96, e de Hans-Joachim Krug, imediato do U-219.

 O capitão Willenbrock (Prochnow) e o correspondente de guerra Werner (Grönemeyer) numa das tomadas externas.

A história se passa em 1941, durante a Batalha do Atlântico, quando a Alemanha tentava asfixiar as Ilhas Britânicas, cortando o seu fluxo de suprimentos vitais, que chegava exclusivamente pelo mar, na maioria em comboios com dezenas de navios, escoltados por contratorpedeiros.
Os submarinos alemães empregavam a tática chamada “alcatéia”, onde quem localizasse a presença de um comboio não o atacava imediatamente, mas comunicava sua posição e rumo a outros submarinos, que se reuniam numa emboscada.
Quando atacavam, de preferência à noite, o faziam de forma simultânea, de posições diferentes, torpedeando diversos navios e confundindo os contratorpedeiros de escolta.
Esta tática teve efetividade terrível no início da campanha, ameaçando a sobrevivência da Inglaterra. Por isto, os aliados empenharam todos os seus esforços e desenvolveram novas tecnologias e táticas, refreando o ímpeto dos chamados "lobos cinzentos". 
Na época abordada pelo filme, a maré já começava a mudar a favor dos aliados, e o U-96 enfrenta dificuldades para cumprir sua missão.
Em grande parte do tempo, a ação se passa no claustrofóbico interior do submarino. As cameras viajam como se fossem os olhos dos tripulantes, se deslocando pelos apertados corredores e compartimentos, captando a agitação e a tensão dos momentos mais críticos.
E podemos ter uma ideia do dia-a-dia da tripulação, confinada com seus problemas diários e sua intimidade exposta, num cubículo onde é impossível ter privacidade.

 A atmosfera tensa e claustrofóbica do interior do submarino é bem captada pelas tomadas da camera.
Ao contrário de outros filmes, os alemães não são os frios e estereotipados fanáticos nazistas de sempre, mas combatentes comuns, com idéias, temores e sentimentos próprios, capazes de tremer sob um ataque de cargas de profundidade e de se emocionar ao ver fotos da família. Apenas um dos integrantes da oficialidade é ostensivamente nazista, mas não parece entusiasmar outros membros da tripulação. Na realidade, seus colegas e o capitão não parecem leva-lo muito a sério.
O filme cita que, dos quase 40.000 marinheiros que foram para o mar na II Guerra a bordo dos submarinos alemães, 30.000 não voltaram, um índice de baixas superior ao de qualquer outra atividade bélica.
A versão cinematográfica do filme recebeu seis indicações para o Oscar 1982, nas categorias de melhor fotografia (Jost Vacano), melhor direção (Wolfgang Petersen), melhores efeitos sonoros (Mike Le Mare), melhor montagem (Hannes Nikel), melhor mixagem de som (Milan Bor, Trevor Pyke e Mike Le Mare) e melhor roteiro adaptado (Wolfgang Petersen), mas não venceu em nenhuma. Parece que um filme alemão, com heróis alemães, e falado em alemão não caiu tanto no agrado dos jurados americanos.
Em compensação recebeu diversos outros premios de órgãos mundiais ligados ao cinema, inclusive o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro de 1981 (EUA).
A trilha sonora é magnífica!

U-boot é o termo alemão para submarino (de unterseeboot, barco submarino). Mas os submarinistas alemães chamavam seu próprio submarino simplesmente de “boot” (barco). Das Boot significa simplesmente submarino, no jargão dos marujos. Mas, o título brasileiro adotou uma tradução literal e o título virou BARCO, acrescentando: Inferno no Mar.
Em Portugal, o título adotado foi: A ODISSEIA DO SUBMARINO U-96.
Definitivamente, a história não é sobre um “barco” qualquer, mas sobre um submarino! E na minha opinião, mais adequado do que “barco” seria SUBMARINO!

Nota adicional: Na redação original deste post, eu havia citado a presença da ex-chacrete Rita Cadillac fazendo uma ponta no filme, como garçonete. Entretanto, graças a um comentário recebido, revi as cenas e constatei que nenhuma das garçonetes é realmente a ex-chacrete, apesar de constar esse nome nos créditos. Na verdade, esta citação se refere ao nome artístico de uma "stripper", cantora e atriz francesa, já falecida, cujo verdadeiro nome era, segundo consta no site IMDB, Nicole Yasterbelski. Mais famosa na Europa como atriz de striptease, ela participou de diversos filmes europeus, principalmente policiais, nas décadas de 50-60. Possivelmente, foi ela quem inspirou o apelido da chacrete.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

TRAPALHADAS CIBERNÉTICAS

Meu primeiro contato “pessoal” com um computador foi em 1975, quando fui apresentado ao IBM 1130 da UNICAP, no Recife. Na época, um novo IBM 360 ainda estava encaixotado, aguardando os técnicos para a montagem.
Antes, já os conhecia de histórias de ficção-científica, alguns até com nome, como o HAL 9000 de 2001 – Uma Odisséia no Espaço.
Essas máquinas sempre exerceram atração e fascínio sobre mim, e assim que ficaram ao alcance dos seres comuns, em 1982, eu adquiri meu CP-200, na época uma pequena e empolgante maquininha, clone nacional do “ovo de colombo” montado por Sir Clive Sinclair, o ZX80, minúsculo computador pessoal, baseado no célebre processador Z80. 
 A genial criação de Sir Clive Sinclair: o Sinclair ZX80, com teclado de membrana flexível, estava ao alcance de qualquer um.
Os programas eram salvos e recarregados na fita cassete de um gravador portátil comum, e o monitor era uma velha TV P&B de 12 polegadas. Tinha a fantástica memória RAM de 16 kb! Neste pequeno vovô dos Pcs de hoje, cheguei a montar pequenas subrotinas auxiliares em linguagem de máquina. Mas, quem deu show nele foi mesmo o meu amigo Barcellos e seus geniais filhotes.
O Prológica CP-200: clone nacional do Sinclair, tinha 16 Kb de RAM, 8 Kb de ROM, gravava seus programas em um gravador cassete comum e usava uma TV como monitor.
Porque estou contando isto?
Bem, é que, apesar de, depois disto ter percorrido praticamente todos os passos da evolução cibernética (exceto os últimos), passando por máquinas baseadas no Tandy TRS-80, TRS Color, e finalmente os PCs, com toda a sua longa linhagem de processadores (alguns destes PCs eu mesmo montei para meu uso pessoal), ainda me vejo surpreendido pelas instabilidades no humor destas máquinas “pensantes”. Mas, isto ocorre principalmente por características inusitadas dos softwares usados para que possamos interagir com tais máquinas.
Ontem à noite, após um apagão de 7 horas, cortesia da Light, (coisa que se repete a cada vez que chove ou venta, o que não é raro numa zona tropical nesta época), eu estava dando os retoques finais na sinopse de um filme para publicar neste blog, usando o editor do blogsot quando, já no finalzinho, resolvi mudar um parágrafo explicativo do início para o final do texto. Mas, quando fui selecionar o texto, algum mau contato no botão do mouse fez metade da parte que eu pretendia selecionar se deslocar, trocando de lugar e embaralhando tudo! Eu cliquei na setinha curva para reverter e então...todo o texto sumiu! Tentei mais uma vez e...nada! Recarreguei o texto novamente, e ele veio vazio, pois já havia sido salvo automaticamente...vazio, é claro! E assim, lá se foi tudo!
Quase tudo o que o computador faz por conta própria, mais cedo ou mais tarde acaba ferrando o ser humano! Que o diga o poderoso HAL 9000!
Assim, se isto serve de consolo para a Rê e outros que se julgam BIOS, coisas como esta acontecem até nas melhores famílias informáticas...
Textos, agora, só no BR Office. Depois de pronto, vai para o blog!
Estou reescrevendo a sinopse, e acho que está ficando bem melhor do que estava!
Esta postagem serve para “encher linguiça” enquanto eu termino!
Abraços a todos!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

CULTURA GRÁTIS!

Dizem que de graça, até injeção na veia! Por isto, coloquei o título acima para atrair gente para apreciar a arte, de graça!

 Palazzo Ducale (1725), de Canaletto, uma das obras em excelente definição expostas na WEB GALLERY OF ART.
Frequentemente, ouço pessoas comentando que "a internet só tem coisa ruim" : pedofilia, racismo, boatos, cyberbulling, difamações, pornografia, invasões, golpes, vírus, spywares, etc...
Eu costumo replicar que, para mim, nada existe na rede que não faça parte da vida real. Encaro a internet como uma megacidade virtual, do tamanho de um planeta, com tudo o que existe normalmente nas grandes metrópoles. Tem parques, bibliotecas, museus, bordéis, becos escuros com vigaristas, assaltantes, pedófilos, praças de esportes, clubes literários, cinemas, serviços públicos, concertos musicais, informações, notícias, bancos, lojas, enfim tudo ao alcance de um clique.
Como em uma grande cidade, tudo depende de onde você se aventura. Se  pegar atalho por um beco escuro, pode ser assaltado. Se ficar de bobeira numa praça, pode levar uma cantada ou cair na conversa de algum vigarista, se ficar olhando um malabarista, pode ter sua carteira subtraída. Se quiser bancar o esperto, pode ser enganado. Se for atrás da mocinha que roda a bolsinha, pode ficar à mercê de um cafetão, ou cair num "boa noite, Cinderela". Se compra "importabando" de algum camelô, pode explodir seu celular, ou ficar com catarata por usar óculos de sol sem proteção UV! 
Don't blame the Web! A escolha é sua!
É claro que as pessoas menos afeitas à navegação precisam de orientação básica, para que não caiam nas armadilhas que realmente existem e se escondem a cada "esquina".
Mas, quem já esta habituado com uma grande cidade virtual, se souber onde ir, pode encontrar amigos, pessoas cultas e inteligentes, informações autênticas, lojas confiáveis, boas receitas, bons produtos e cultura!
Cultura, informação e arte!
Só como ilustração, recomendo uma visita ao site:


O nome do site é WEB GALLERY OF ART.
Ali, você encontrará pintores classificados por escolas, épocas e nomes e poderá apreciar  suas obras com ótima definição, ajustando ao tamanho de sua tela. Se preferir, ainda pode fazer sua visita ouvindo música clássica da melhor qualidade. Pode escolher compositores por século e depois por nome. Se estiver em clima quente, coloque o ar em 23º, sirva uma taça de bom vinho, relaxe e aprecie!
Tudo grátis e sem necessidade de cadastro!
Existem outros sites assim. Outro dia, achei um excelente, sobre o ilustrador americano Norman Rockwell, que gostava de retratar cenas cotidianas do interior dos EUA , no início do século passado.
A cidade está aberta!
Vamos passear!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DESEJOS ESCANDINAVOS

Por que fui nascer neste país e não na Suécia? Algo que nem criacionistas nem evolucionistas jamais me explicaram!
Se eu tivesse nascido sueco, não teria que aguentar esse calorão, nem esses políticos nojentos, nem esses flamenguistas chatos, teria um Volvo na garagem, e ainda teria na minha cozinha uma geladeira como a HomePub da ASKO! Prá não falar da loiraça!
Por aqui, tem modelos de geladeiras que permitem que se sirva um copo d'água sem ter que abrir a porta, evitando o abre-e-fecha que aumenta o consumo de energia. Mas, esta obra de arte sueca tem uma torneirinha externa, para servir...chope! O barrilzinho fica encaixado na parte interna da porta.

A HomePub da ASKO tem o freezer na parte de baixo, controle eletrônico de temperatura, é do tipo frost-free (não necessita descongelamento), e ainda tem no seu interior um local adequado para colocar mais um barrilzinho-reserva de chope!


Seu interior recebe um tratamento antibacteriano à base de íons de prata. Sua capacidade total é de 301 litros, sendo 218 no refrigerador e 83 no freezer. Utiliza o gás ecológico isobutano R600 e o seu ruído não ultrapassa 38 dba.

Pensa que acabou? Ainda não! Na porta, tem  também embutida uma garrrafnha de CO2, para pressurizar o chope e fazer a espuminha padrão! As dimensões são:185 x 59.5 x 60 cm (AxLxP).
O preço (na Europa) equivalia a aproximadamente R$ 1.400,00. Isto quando foi lançada, em meados de 2007! Só que atualmente, este modelo nem consta mais do catálogo da ASKO! E aliás, este era um dos modelos menores e mais modestos, apesar dos atributos.
Só agora fiquei sabendo da sua existência, pela mensagem de um amigo. No mercado europeu, existem atualmente outros modelos, enormes, com máquina de fazer café expresso e TV integrados!
Mas, eu gostaria de ter uma com chope, mesmo modelo 2007!
Só tem um problema: na Suécia faz um friiio! Se eu fosse sueco, iria querer é uma vodka!
Provavelmente, estaria de férias no Brasil, correndo atrás das mulatas e pagando para desfilar em alguma escola de samba!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FUTEBOL: VAMPETA

Quem não gosta de futebol, pode pular esta postagem.
Há pouco, liguei a TV e, mudando os canais, de repente vi, numa mesa redonda de esportistas, no programa ROCKGOL, da MTV, a presença de Vampeta. Um pouco mais gordo, mas sempre bem humorado, lá estava o rosto bonachão do veterano ex-jogador do Corínthians (pelo menos 3 vezes), Flamengo,  Fluminense, Vitória, PSV Eindhoven e diversas outras equipes inclusive a Seleção Brasileira, onde foi campeão mundial em 2002.
Foi um personagem que marcou sua presença no futebol e "nos entornos" por alguns fatos meio polêmicos.


Vampeta: genérico do Dadá?

Vampeta era um volante nada excepcional, mas que ás vezes, fazia as coisas direitinho. Sua melhor fase parece ter sido no Corínthians. Dele, sem consultar nenhum arquivo, (a não ser rever o compacto da partida Brasil e Argentina), eu me lembro por quatro episódios:

Episódio 1: em um jogo Brasil X Argentina, pelas eliminatórias da copa de 2002, ele  jogava pela seleção brasileira. No primeiro tempo, o Brasil já vencia por 1X0, gol de Alex (Palmeiras, Cruzeiro). Vampeta recebeu no meio do campo, arrancou em grande velocidade para o ataque, e, diante da risca da área lançou na meia-lua para Alex, que chutou a gol. O goleiro argentino defendeu, soltou e Vampeta cutucou para o gol: 2X0. No segundo tempo, Alex fez um lançamento da esquerda que Ronaldinho Gaúcho pegou do outro lado, quase na linha de fundo, trouxe de volta, envolvendo dois adversários e rolou para Vampeta, na meia-direita. Ele se livrou do marcador, ajeitou e bateu de trivela, um pelotaço a meia altura: golaço! Resultado final: Brasil 3X1! Esta atuação, ainda sob o comando de W. Luxemburgo, deve ter carimbado seu passaporte para a Copa de 2002.

Episódio 2: Após a Copa de 2002, na recepção feita pelo presidente Fernando Henrique Cardoso à seleção brasileira campeã mundial, no Palácio do Planalto, ele, já tendo bebido todas, cumpriu a promessa que fizera a um repórter, e virou uma cambalhota na rampa do palácio, quebrando todos os protocolos possíveis, e provocando o espanto do  chefe da nação! Mico em rede nacional!

Episódio 3: Não lembro em que ano, num ato surpreendente, posou peladão (segundo consta) para uma revista gay! Seria alguma crise existencial? Ou foi tudo apenas por uma graninha a mais?

Episódio 4: Em final de carreira, de volta ao Vitória - BA (onde começara como profissional), após uma passagem nem tão brilhante pelo Flamengo-RJ, ao ser questionado por não ter tido destaque naquela temporada, declarou: "Lá (no Flamengo), eles faziam de conta que me pagavam e eu fazia de conta que jogava!"

Hoje, quando algum jogador de qualquer time começa a embromar e a fazer corpo-mole, eu me pergunto se os cartolas não estarão fazendo de conta que pagam o seu salário!
Para mim, que não torcia por nenhum dos clubes pelos quais ele jogou, esses episódios são o suficiente para marcar este quase "genérico" do Dario, o famoso Dadá Maravilha, outra grande figuraça, também campeão do mundo (1970).
Dizem que seu apelido foi uma mistura de "vampiro"+"capeta"= Vampeta.
Seja como for, ele ficou registrado para mim como uma figura folclórica!
Parece que hoje treina uma equipe do interior paulista!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

RECORDANDO: O FUGITIVO

 David Jansen como Dr. Richard Kimble: fugindo e ajudando pessoas.

O FUGITIVO foi um seriado de TV produzido nos EUA pela QM Productions e  pela United Artists Television, que o apresentou no canal ABC de 1963 a 1967, num total de 120 episódios. No Brasil, foi apresentado pela antiga TV Tupi, e tinha muitos fãs, inclusive eu.
O enredo era sobre um médico pediatra, Dr. Richard Kimble (David Jansen), acusado injustamente da morte da própria esposa. Julgado culpado, foi condenado à pena de morte, mas, ao ser transportado em um trem para o local da execução, um acidente lhe dá chance de fugir. Após a fuga, passa o tempo todo buscando um misterioso homem com um braço só, que  o teria atacado,  deixando-o inconsciente, antes de assassinar sua esposa.
No meio dessa fuga, ele ainda achava jeito de exercer sua profissão de médico e em cada episódio acabava por ajudar pessoas com problemas, sem contudo resolver o seu próprio. E quase sempre, ao final de cada episódio ele perdia por frações de segundo a chance de alcançar o misterioso maneta.
O personagem Richard Kimble foi inspirado em um certo Samuel Reese Sheppard,  médico americano, que foi condenado pelo assassinato de sua esposa grávida, em Cleveland, Ohio, em julho de 1954. Cumpriu dez anos de prisão e conseguiu um novo julgamento, em 1966, onde seu advogado criou dúvidas suficientes para que não houvesse certeza de sua culpa. E assim, acabou livre, embora os policiais envolvidos na investigação mantivessem sua certeza de que ele fora o assassino. Sua alegação era a de que fora agredido ao chegar na própria casa por um indivíduo que ele só pode vislumbrar. O agressor o deixara desacordado e, ao despertar, ele encontrara sua esposa morta. Mas, a polícia jamais encontrou nenhum traço do misterioso invasor, nem motivos para o crime ter sido cometido por uma terceira pessoa (isto me lembra de outro crime, aqui no Brasil, onde quiseram "plantar" um assassino misterioso, invisível, alado e sem motivo).  Na realidade, havia muitos indícios de sua culpa. Samuel Sheppard morreu em 1970.
O ator David Jansen morreu de um ataque cardíaco em 1980.
A série foi lançada pela Paramount em DVD nos EUA em 2007. Os primeiros três anos foram filmados em preto-e-branco.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

UM TREM NADA BÃO, UAI!

Este título homenageia aos mineiros, que gostam de incluir "trem" em  quase tudo que falam. Né, Rê?
Que bom se os governos brasileiros também tivessem incluido os trens para valer no nosso sistema de transportes terrestres, tempos atrás!
A primeira ferrovia brasileira foi implantada no século XIX, por iniciativa do Barão de Mauá, título dado ao empresário gaúcho (nascido em Arroio Grande) Irineu Evangelista de Sousa. Abrimos aqui um parêntese para dizer que este mesmo empresário foi também quem instalou no Brasil a primeira fundição, o primeiro estaleiro, o transporte por barcos a vapor no rio Amazonas, para não falar da iluminação pública da Cidade do Rio de Janeiro. Enquanto descansava, lançou um cabo submarino telegráfico ligando o Brasil à Europa e criou o Banco do Brasil!
Se alguns dos políticos e administradores públicos atuais tivessem um pingo de vergonha, iriam para debaixo do tapete!

 Malha ferroviária brasileira : alguns estados nunca viram um trem! 
Outros, raramente podem ver algum.

Segundo a Wikipédia:
"A rede ferroviária brasileira possui atualmente 29.706 km de extensão (1.121 eletrificados), espalhados por 22 dos 26 estados brasileiros, divididos em 4 tipos de bitolas:
  • Larga (irlandesa) - 1,600m: 4.057 km
  • Larga (internacional) -1,435m: 202,4 km
  • Métrica- 1,000m: 23.489 km
  • Mista - 1,600/1,435/1,000m : 336 km
Também existem bitolas 0,600 e 0,762m em trechos turísticos.
Chegou a possuir 34.207 km, porém crises econômicas e a falta de investimentos em modernização, tanto por parte da iniciativa privada como do poder público, aliados ao crescimento do transporte rodoviário fizeram com que parte da rede fosse erradicada!"
O trecho acima já fala por si só! Nossa malha ferroviária encolheu, ao invés de crescer!
Desses  29.706 km, mais de um terço foram construídos no século XIX, quase todas no governo de D. Pedro II! Isto mostra que o descaso e a desorientação que ocorreu no século XX (e continua até hoje) com a administração pública deste país não se resumiu à educação e à saúde! A falta de padronização das dimensões, isolando cada trecho e impedindo uma integração eficaz e econômica, dá uma idéia da ausência de uma política definida e consciente de implantação! 
Washington Luís, que assumiu a presidência em 1926 e foi deposto pela revolução de 30, dizia que "governar é construir estradas". Esqueceu-se das ferrovias. E assim o fizeram seus sucessores.
A partir dos anos 50, as rodovias aumentaram em detrimento das ferrovias e a partir dos anos 80, as ferrovias foram sucateadas.  As rodovias são necessárias em qualquer país, mas não podem ser responsáveis por quase 70% do transporte de cargas, enquanto a rede ferroviária fica com apenas 20%, como acontece no Brasil! A consequência disto é o excesso de caminhões sobrecarregados nas estradas, destruindo a pavimentação, que já não é das melhores, e entupindo as vias de acesso das grandes cidades, devido à ausência de terminais adequados para carga rodoviária. As mesmas e gigantescas carretas que trazem as cargas interestaduais as entregam literalmente na porta dos destinatários, causando embaraços no trânsito, até em ruas secundárias. Isto deveria ser feito por viaturas menores e mais ágeis, fazendo o serviço de ligação entre os terminais de carga/descarga e o destino final da mercadoria.
Os danos causados na pavimentação das estradas pelo excesso de tráfego pesado  aumentam o tempo das viagens e resultam em mais avarias em todos os veículos que as utilizam, além de causarem muitos acidentes, multiplicando os prejuízos, que são repassados para o custo dos fretes, aumentando o preço final dos produtos transportados.
Uma carreta pode levar aprox. 30 toneladas de carga, enquanto uma composição ferroviária pode levar 3.000 toneladas! Mesmo com um ônus maior na sua implantação, os custos do transporte ferroviário são em média 20% mais baratos do que o rodoviário.

 A malha ferroviária dos EUA: lá ninguém estava de brincadeira! 
(Mapa: OpenStreetMap)

Para que se tenha uma referência, listamos alguns países de grande porte, com sua área territorial e a extensão de suas linhas ferroviárias, comparados com o Brasil:

País                      Área                 Extensão de
                        Territorial             Linhas férreas

Brasil             8.511.965 Km²           29.706 km
EUA (1)         9.372.610 Km²         226.612 km                (dados de 2005)
Rússia (2)    17.075.400 Km²           85.500 km
China             9.596.960 Km²           86.000 km

(1) Incluindo Alaska e Havaí.
(2) Grande parte da Rússia fica na Sibéria e dentro do círculo polar, onde as condições são extremas.

Segundo o ministro chinês das Ferrovias, Liu Zhijun, a China tem atualmente 7.531 km de linhas de alta velocidade, a maior extensão deste tipo no mundo. As metas atuais são de até 2020 expandir a malha ferroviária total para 120.000 km! Em um teste realizado no final do ano passado, o novo trem-bala chinês CRH-308A alcançou a velocidade de 486 km/h.
No Brasil, só existe atualmente uma linha de trem de passageiros de longo curso com saídas diárias: é o trajeto Vitória-Belo Horizonte, de 664 quilômetros.

 Interior do trem Vitória - B. Horizonte: Café no vagão-restaurante, classe executiva e classe econômica.(Fotos do site: THE MAN IN SEAT SIXTY-ONE)
Estação de trem chinesa; trem-bala chinês e seu vagão-dormitório. A China tem a maior extensão mundial instalada de linhas de alta velocidade.(Fotos do site: THE MAN IN SEAT SIXTY-ONE)
 O Eurostar europeu; cabines de primeira e segunda classe. (Fotos do site: THE MAN IN SEAT SIXTY-ONE)
O excelente site THE MAN IN SEAT SIXTY-ONE: http://www.seat61.com/index.html , tem informações interessantes, dicas e fotos de linhas ferroviárias de todo o mundo,  e até venda de passagens e reservas em hotéis europeus online. Ali, pode-se ter uma ideia de como são as linhas de passageiros em diversos locais do mundo.
Até quando as rodovias brasileiras aguentarão a sobrecarga? Quando os responsáveis pelos destinos do país perceberão essa lacuna e suas consequências?
Quando sairão da apatia para uma ação coordenada e bem conduzida?

domingo, 2 de janeiro de 2011

MEU COMPROMISSO ELEITORAL

Estamos iniciando um novo ano, e agora de cabeça bem fria, resolvi fazer um compromisso antecipado para o futuro. 
Talvez pareça não ser hora para isso, mas eu acho que não tem hora melhor do que agora, quando tudo já está definido e não corro o risco de ser confundido com algum propagandista de campanha política.
No ano que se encerrou, tivemos eleições, elegemos e reelegemos para o legislativo palhaços e velhos velhacos, corruptos ressuscitados, e para a presidência uma alternativa tão pouco promissora quanto as outras (tomara que eu me engane). Já se acena com a possível volta do assalto da CPMF, e o legislativo aprovou um "justo" aumento de 60% para si mesmo. Então, é hora de apresentar o meu compromisso como eleitor.

Eu, como eleitor e cidadão, assumo aqui o compromisso de, se ainda estiver neste planeta nas próximas eleições presidenciais, dar meu voto ao candidato à presidência da república que apresentar pelo menos algumas das seguintes propostas:

1 - Investimentos maciços e prioritários na otimização da qualidade do sistema de ensino público!
2-  Extinção de pelo menos metade dos ministérios, principalmente os "cabides", que deveriam quando muito serem secretarias dentro de ministérios !
3- Privatização de tudo o que não seja da competência do governo, inclusive os sistemas portuário e aeroportuário!
4- Criação de um plano diretor para a implantação de um sistema de transporte ferroviário nacional!

5- Criação de um estudo para o aproveitamento das hidrovias no transporte nacional.
6- Atribuir ao Ministério da Defesa a definição de uma política (séria) para o estabelecimento de guarnições nas fronteiras mais críticas do país.
7- Fortalecimento da autonomia das agencias fiscalizadoras e do TCU!
8- Estabelecimento de uma doutrina de controle de natalidade, com envolvimento ativo do sistema de saúde pública no esclarecimento da população!
9- Aplicação rigorosa da lei de responsabilidade fiscal!
10- Emprego da força nacional de segurança para garantir a integridade das propriedades rurais, impedindo invasões e depredações por grupos de bandoleiros. 

11- Concretização da reforma tributária, talvez a mais descumprida das promessas políticas dos governos anteriores.

Eu votarei no candidato que pelo menos tenha o peito de apresentar  algumas destas propostas!
Quanto aos outros, que vão vender seu entulho de demagogia e idéias do século XIX lá nas ilhas Fidji, ou na Groenlândia!


Para o legislativo, eu votarei em qualquer um que provar que não é tão corrupto ou demagogo como a maioria!

Eu falo a maioria sem medo de errar, pois, se a maioria elege para presidencia do senado e da câmara figuras conhecidas e carimbadas como as que vimos ultimamente, isto mostra que tipo de pessoas eles são!
OK! Agora, voltemos ao cotidiano!