FRASE:

FRASE:

"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

domingo, 30 de outubro de 2011

NANOTECNOLOGIA - O FUTURO CHEGANDO

Nanotecnologia é um conceito surgido na década de 1980, e trata da capacidade de manipular matéria em escala molecular e atômica. Isto inclui a construção de dispositivos de dimensões entre 1 a 100 nm (nanometros).
Nanometro (nm)= 1 X 10-9 metro (um bilionésimo de metro).
(Um átomo de hélio tem aproximadmente 0,032 nm de diâmetro.)

O termo nanotecnologia foi cunhado e divulgado pelo engenheiro americano Kim Eric Drexler, do MIT (Massachusetts Institute of Technology ) que inclusive utilizou este tema em sua tese de doutorado.
A nanotecnologia envolve o uso de novos materiais, o estudo de seu comportamento quando manipulados em escala molecular, e a criação de máquinas para tarefas inusitadas, com aplicações possíveis na medicina, eletrônica e cibernética.
Quando a matéria é manipulada em escala molecular, alguns princípios físicos aplicáveis a materiais em escala maior são alterados, inclusive efeitos da mecânica quântica. Assim, alguns efeitos térmicos ou químicos são diferentes dos observados na escala macro, a qual estamos habituados.
Isto permite que novos efeitos sejam obtidos, e utilizados para atingir objetivos propostos.


Uma amostra da nanotecnologia: cientistas de um laboratório de Singapura construíram uma nano-engrenagem com 1,2 nanômetros de comprimento, ou seja, a distância ocupada por alguns átomos. O minúsculo ácaro parece gigantesco ao seu lado.

Como de costume, a ficção-científica se antecipou, no filme Viagem Fantástica (Fantastic Voyage-1966), onde um minisubmarino tripulado por uma equipe de cientistas é reduzido a dimensões nanométricas e injetado na corrente sanguínea de um diplomata, para remover um coágulo.
Coincidentemente, uma das possíveis propostas da nanotecnologia seria o seu uso na medicina, onde nanorobôs executariam procedimentos cirúrgicos dentro do organismo humano.
A todo dia vemos novas realizações sendo mostradas neste campo, algumas ainda sem uma finalidade definida, mas com muitas possibilidades em aberto.
Este post é apenas um aperitivo para despertar a curiosidade para esta nova estrada que se abre para o futuro.

Viagem Fantástica (1966) - Uma equipe viaja pela corrente sanguínea do paciente em um minisubmarino, para proceder a uma delicada cirurgia. Talvez no futuro, isto venha ser realmente executado por nanorobôs.

Mas, estamos ainda engatinhando e vai levar algum tempo até que comecemos a colher os frutos desta nova tecnologia. Até lá, nos resta ler as especulações das revistas científicas.
Quem quiser saber como fica o Brasil nesta história, temos uma boa notícia.
Estamos nessa!
Veja em:

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, já está aberto o curso superior de nanotecnologia, cujo reconhecimento pelo MEC deverá ocorrer após a formatura da primeira turma.

Procurei não entrar em muitos detalhes, para não espantar os leitores com fórmulas e conceitos físicos complicados, mas apenas chamando a atenção para o que pode significar o desenvolvimento desta tecnologia.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

RECORDANDO: TEMPOS DE FUSCA E DE SUSTOS

Lá por voltas de 1971, eu morava no Recife, e comprei meu primeiro carro, um flamante fusca 68 todo incrementado, com pneus radiais, barra estabilizadora traseira e um alargador de bitola que deixava o eixo traseiro mais longo. O volante era de diametro um pouco menor que a original e acolchoado, o que o deixava bem parecido com os volantes atuais. O painel era imitação de madeira, e os assentos tinham capas estofadas. Meus colegas o apelidaram “Super 68”!
Com “auto-escola” ministrada pelos colegas, em três meses me apresentei para as provas e consegui minha carteira de habilitação, em dezembro de 71.
Minhas férias eram em fevereiro do ano seguinte, e eu, com pouco mais de dois meses de carteira, planejei ir até Porto Alegre dirigindo meu próprio carro. O percurso era de quase 3.800 km, e eu estimava fazer a viagem em 4 dias, rodando uma média de 1000 km por dia, e rodando só durante o dia.
No ano anterior, eu já havia feito parte deste percurso até Curitiba, como passageiro de um amigo meu, um paranaense que tinha um Karmann-Ghia.
Infelizmente, não achei ninguém com coragem suficiente para me acompanhar, dividir a direção ou mesmo para conversar durante a viagem.
Assim, pelas 5:00 h da matina de um dia de verão, parti solitário, levando no porta-luvas uma imagem de N.S. Aparecida, emprestada pelo meu amigo, que a usava como proteção.
Tudo correu bem nos dois primeiros dias e eu pernoitei na primeira noite próximo a Jequié-BA e na segunda e em Três Rios-RJ.
No terceiro dia, eu rumei para Volta Redonda, entrei na Via Dutra e me preparei para o grande desafio: atravessar a cidade de S. Paulo!
Tinham me orientado a pegar a Marginal Pinheiros, que me levaria automaticamente para a saída sul da cidade e para a rodovia Régis Bittencourt.
Lá, eu tinha destino certo: Curitiba, onde eu pernoitaria na casa da família daquele amigo que me emprestara a imagem protetora, pois estava levando inclusive encomendas que ele mandara para casa.
Mas, ao entrar em S.Paulo, ainda pela manhã, adivinhem: a Marginal estava em obras, havia desvios no tráfego e estava tudo engarrafado! Eu fiquei perdido no meio daquela confusão, até que cruzei por uma guarnição da polícia local, que orientava o tráfego, e foi atraída pela minha placa de Recife. Pediram documentos, fizeram perguntas e eu aproveitei para perguntar também como sair dali.
Eles me deram aquelas informações típicas paulistanas: eu teria que atravessar aquele viaduto, pegar o retorno e ir na direção contrária, virar à direita e “seguir o trânsito” (como eles adoram dizer isto!).
Bem, em determinado ponto, o trânsito ia com igual volume para diversas saídas e eu fiquei numa sinuca, indo sem saber para onde, vagando no meio daquele mar de automóveis, até que de repente, vi logo à minha frente, uma Kombi com a placa de Pinheiros. Como Pinheiros ficava na saída de S.Paulo, se ele estivesse indo para casa, eu poderia segui-lo!
Mas, quem disse que o cara estaria voltando para casa? Bem, era mais de meio-dia e seria possível! Baseado nesta premissa quase totalmente desprovida de lógica, e fazendo uma aposta, segui a Kombi e logo comecei a reconhecer a região! Em pouco tempo dei adeus à capital paulistana e caí na Régis Bittencourt, feliz como um pinto no lixo!
Então, já na estrada, resolvi parar para comer algo, pois era por volta de uma e meia da tarde e a jornada fora bem dura e cansativa. Além disso, já era o terceiro dia de viagem.
Parei num local onde só paravam caminhões, pois estes locais costumavam ser simples, mas com comida farta e barata, coisa bem adequada para minha situação financeira.
Realmente, era um casarão de madeira com um salão, o interior era bem despojado e uma senhora pareceu meio sem jeito quando eu perguntei o que havia para o almoço. Ela me disse que havia uma comidinha caseira que ela mesma fazia.
Mandei vir, e dali a pouco, começaram a encher minha mesa com cambuquinhas e travessas de coisas cheirosas e e gostosas, inclusive uma linda salada de cebolas roxas, o que me deixou entusiamado! Ah! A maravilhosa cozinha do sul!
Eu já estava no meio, quando então, o “patrão” apareceu com um espeto de carnes, onde havia frango e churrasco, com a gordura ainda chiando!
Me entusiasmei, pedi uma cerveja Pilsen Extra, minha preferida, e me acomodei melhor.
Quando estava acabando, alguns caminhoneiros que estavam sentados num banco ao fundo do salão abriram uma sanfona e começaram a cantar músicas gaúchas, o que só me fez lembrar que em breve eu estaria em casa.
Logo, eu havia bebido outra cerveja e, bem relaxado, pedi a conta, que foi bem aquém do que eu poderia pensar.
Andei um pouco pelo pátio e subi no fusca, para continuar a viagem. Naquele dia, eu não precisaria rodar muito mais. Curitiba estava a menos de 400 km, e eu esperava chegar antes do anoitecer.
A rodovia tinha pouco movimento naquela hora, e nuvens baixas deixavam o céu totalmente encoberto. A temperatura era agradável. Em alguns pontos, caia uma garoa muito fina.
Em determinado trecho, eu vi à minha frente uma longa reta em aclive suave, terminando numa curva descendente em “S” para a esquerda, e no final do “S” começava outra subida. Eu estava a uns 500 m da curva.
De repente, senti um solavanco no lado direito do carro! Como que por mágica, os 500 m haviam sumido, e eu já estava roçando a beira do despenhadeiro que havia do lado direito e saindo pela tangente da curva, e com velocidade demais!
Eu “apagara” por alguns segundos!
Simultâneamente, virei a direção e pisei o freio (um erro grave)!
O fusquinha prontamente respondeu à sua maneira, jogando a traseira para o lado de fora da curva, e continuou avançando de lado! Para completar, havia um caminhão no meio do “S”, subindo em sentido contrário!
Aliviei o pé do freio e o carro subitamente adquiriu tração, cruzando a pista em ângulo reto, para a esquerda!
Certamente o caminhão deve ter freado, pois eu passei bem diante do seu parachoque, e vi aquela enorme estrela da Mercedez-Benz enchendo a janela do carona!
Sai da estrada pelo lado esquerdo, e agora estava indo de frente, rumo a uma área onde máquinas haviam feito teraplanagem, e havia algum espaço entre a estrada e um enorme barranco de barro vermelho. Eu ia, agora com menos velocidade, mas direto para ele!
Freei com toda a força, mas a direção deveria estar ainda virada, pois o carro deu um cavalo-de-pau, virando exatamente 180 graus e parando de frente para a estrada, com o barranco a talvez uns dois metros atrás de nós!
Respirei, vi aquelas duas luzinhas abaixo do velocímetro acesas, indicando que o motor morrera. Olhando para a direita pelo meu parabrisa, vi o caminhão ainda rodando a baixa velocidade, com a porta do motorista aberta e o dito de pé, me espiando por sobre o teto da sua cabine. O ajudante também me olhava pela janela direita. Devem ter imaginado que eu bateria no barranco. As coisas que estavam no banco traseiro estavam espalhadas pela inércia das guinadas. Eu pensei: “Que merda!”
Liguei o motor, e fui saindo devagarinho...voltei para a estrada, completei a curva e comecei a rodar com cuidado, procurando sentir se o carro não estaria puxando para algum lado.
Logo mais adiante, parei em um posto, para tomar um café, e espantar o sono, embora estivesse agora mais acordado do que nunca!
Inspecionei as rodas e a suspensão, em busca de algum possível dano, mas parecia tudo bem.
O "Super 68", na praia de Piedade, no Recife, poucos dias após o meu "raid" ao sul.

Novamente, andei um pouco em volta e subi no carro para continuar a viagem.
Porém, percebi que não conseguia nem engatar a primeira, pois o meu pé não era capaz de pisar na embreagem! Minhas pernas tremiam de forma descontrolada! Tardiamente, meus nervos, agora livres da adrenalina, sucumbiram! Levei quase uma hora até me acalmar o suficiente para voltar a dirigir!
A partir daquele momento, e até hoje, a única bebida que eu bebo nas estradas quando dirijo é água mineral! Uma chance já foi o bastante!
Ah! A viagem terminou bem! Pernoitei em Curitiba, e no dia seguinte cheguei em Porto Alegre, onde meus familiares e amigos me felicitaram pela “façanha” de dirigir até lá. Claro que eu não contei nada da minha besteira quase fatal. Alguns dias depois, eu voltaria sem problemas, agora um motorista bem mais experiente do que quando partira!
Agora, eu sabia porque em viagens de automóvel deve-se comer comida leve e nunca beber nada de álcool!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

UM PORTAL PARA O TURISMO ESPACIAL

Segundo noticiou o colunista Leonard David, no site Space.com, foram inauguradas ontem (17-0ut) as instalações do primeiro espaçoporto comercial do mundo, no Novo México, EUA.

Foram inaugurados em 17 de outubro, no Novo México, EUA, o hangar e o terminal para viagens espaciais do ESPAÇOPORTO AMÉRICA, local a ser utilizado pelas operações da Virgin Galactic, empresa privada espacial do bilionário britânico Richard Branson.
A Virgin Galactic deverá operar ali a combinação do avião-lançador WhiteKnight 2 com a espaçonave SpaceShip 2, dedicada a levar turistas ao espaço. Trata-se do primeiro empreendimento privado envolvido em viagens espaciais suborbitais tripuladas, fora da atmosfera terrestre.

 A espaçonave SpaceShip2, suspensa sob o lançador WhiteKnight2, passa em voo rasante sobre o hangar ainda inacabado, em outubro de 2010.
Foto: Barbara David, em Space.com.

A pista, batizada “Governador Bill Richardson” já havia sido inaugurada em outubro de 2010.
O hangar deve abrigar dois aviões-lançadores e cinco espaçonaves, além das instalações para preparação dos astronautas e o Centro de Controle de Missões.
Situado a 72 km a norte de Las Cruces, no Novo México, o Espaçoporto América é o primeiro espaçoporto comercial do mundo, abrange uma área de aproximadamnte 73 km² e possui uma pista de 3.200 m de comprimento por 61 m de largura.
As instalações do terminal e hangar foram projetadas pela firma britânica Foster + Partners, em parceria com a URS e a SMPC, esta última empresa de arquitetura local. Este grupo venceu uma concorrência internacional para a construção do primeiro espaçoporto privado do planeta.

 O conjunto de nave e lançador no dia da inauguração da pista, em outubro de 2010.
Foto: New Mexico Spaceport Authority, em Space.com.

A nave SpaceShip2, apelidada VSS Enterprise, e seu lançador WhiteKnight2, já batizado VMS Eve, foram ambos desenvolvidos para a Virgin Galactic pela Scale Composites, empresa de Mojave, na Califórnia. No momento, estão passando por provas extensivas.
Este sistema lançador foi designado para levar seis passageiros e dois pilotos em voos suborbitais, permitindo sair dos assentos, experiências em gravidade zero, e visões panorâmicas da Terra.
As operações devem começar após a conclusão dos ensaios de voo, ainda sem data marcada.

Para reservar sua passagem, ou mesmo para assisitr a um clipe do voo experimental da espaçonave, o site da Virgin Galactic fica em:

http://www.virgingalactic.com/

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

AINDA O ASSALTO DA CPMF (TRANSCRIÇÃO)

Recebi o texto abaixo em uma mensagem de um amigo e lembrei que há pouco tempo abordei este assunto neste blog. Não resisti a tentação de transcrever, apesar desta abordagem ser politicamente mais agressiva.
Não sou adepto de nenhum partido político, pois não acredito em partidos, mas em pessoas. Só que ultimamente não tenho visto na política muitas pessoas em que eu possa acreditar...
 

 
Vamos criar a CCMEF?
(Ruth de Aquino)
Artigo de Ruth de Aquino, publicado com o título acima na revista 'Época'. A sugestão dela para a criação da CCMEF (Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais) é muito criativa.
Vale a pena ler seu artigo: 
"Quem falar que resolve a saúde sem dinheiro é demagogo. Mente para o povo.”


Dilma está certa. É urgente. Em lugares remotos do Brasil, hospitais públicos são mais centros de morte que de cura. Não é possível “fazer mágica” para melhorar a saúde, afirmou Dilma. Verdade. De onde virá a injeção de recursos? A presidente insinuou que vai cobrar de nós, pelo redivivo “imposto do cheque”. Em vez de tirar a CPMF da tumba, sugiro criar a CCMEF: Contribuição dos Corruptos Municipais, Estaduais e Federais. 

A conta é básica. A Saúde perdeu R$ 40 bilhões por ano com o fim da CPMF, em 2007. As estimativas de desvio de verba pública no Brasil rondam os R$ 40 bilhões por ano. Empatou, presidente. É só ter peito para enfrentar as castas. Um país recordista em tributação não pode extrair, de cada cheque nosso, um pingo de sangue para fortalecer a Saúde. Não enquanto o governo não cortar supérfluos nem moralizar as contas. 

Uma cobrança de 0,38% por cheque é, segundo as autoridades, irrisória diante do descalabro da Saúde. A “contribuição provisória” foi adotada por Fernando Henrique Cardoso em 1996 e se tornou permanente. O Lula da oposição dizia que a CPMF era “um roubo”, uma usurpação dos direitos do trabalhador. Depois, o Lula presidente chamou a CPMF de “salvação da pátria”. Tentou prorrogar a taxação, mas foi derrotado no Congresso. 

A CPMF é um imposto indireto e pernicioso. Pagamos quando vamos ao mercado e mesmo quando pagamos impostos. É uma invasão do Estado nas trocas entre cidadãos. Poderíamos dizer que a aversão à CPMF é uma questão de princípio. 

Mas é princípio, meio e fim. Não é, presidente? 

“Não sou a favor daquela CPMF, por conta de que ela foi desviada. Por que o povo brasileiro tem essa bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a Saúde”, afirmou Dilma. E como crer que, agora, não haverá mais desvios? 

Como acreditar? O Ministério do Turismo deu, no fim do ano passado, R$ 13,8 milhões para uma ONG treinar 11.520 pessoas. A ONG foi criada por um sindicalista sem experiência nenhuma com turismo. Como acreditar? A Câmara dos Deputados absolveu na semana passada Jaqueline Roriz, apesar do vídeo provando que ela embolsou R$ 50 mil no mensalão do DEM. 

Como acreditar? Os ministros do STF exigem 14,7% de aumento para passar a ganhar mais de R$ 30 mil. Você terá reajuste parecido neste ano? O orçamento do STF também inclui obras e projetos, como a construção de um prédio monumental para abrigar a TV Justiça. É prioridade? 

O Congresso gasta, segundo a organização Transparência Brasil, R$ 11.545 por minuto. O site Congresso em Foco diz que cada um de nossos 513 deputados federais custa R$ 99 mil por mês. Cada um dos 81 senadores custa R$ 120 mil por mês. São os extras. E o Tiririca ainda não descobriu o que um deputado federal faz. 

“É sério. Vamos ter de discutir de onde o dinheiro vai sair (para a Saúde).” 

Tem razão, presidente. Mas, por favor, poupe-nos de seu aspirador seletivo. 

A senhora precisa mesmo de 39 ministérios consumindo bilhões? Aspire os bolsos gordos da turma do Novais, do Roriz, do Sarney. Apele à consciência cívica dos políticos e juí­zes que jamais precisaram do Sistema Único de Saúde. 

Vamos criar o mensalão da Saúde.

Um mensalão do bem, presidente. Corruptos que contribuírem serão anistiados. ONGs fantasmas, criadas com a ajuda de ministros & Cia., terão um guichê especial para suas doações.

O pessoal que já faturou por fora com a Copa está convocado a dar uns trocados para a Saúde. 

Enfiar goela abaixo dos brasileiros mais um imposto, nem com anestesia. Um dia nossos presidentes entenderão o que é crise de governabilidade. Não é a revolta dos engravatados em Brasília nem a indignação dos corredores e gabinetes.

A verdadeira crise de poder acontece quando o povo se cansa de ser iludido. 

Os árabes descobriram isso tarde demais.

Deitavam-se em sofás de sereias de ouro, cúmulo da cafonice.

Eles controlavam a mídia, da mesma forma que os companheiros do PT estão tentando fazer por aqui.

Não deu certo lá. Abre o olho, presidente.
OBS.: Veio da presidência da república a ordem expressa para a recriação do "imposto do cheque" ou assemelhado. Foi sugestão da nada confiável Dilma Rousseff. Ela diz uma coisa e faz outra, como aprendeu com seu guru, o Retirante Falastrão. Os "trabalhos" nas duas casas legislativas para ressuscitar esse assalto aos nossos bolsos estão de vento em popa. Virá como um petardo sobre os contribuintes extorquidos diariamente pelos impostos imorais que já pagamos. Se não houver mobilização por parte da sociedade seremos engolidos por essa imoralidade que nos desrespeita e agride como um chute em nosso traseiro. Temos de demonstrar à essa marionete que somos nós quem mandamos nela e  não o contrário.
Chega de roubalheira custeada com os nossos impostos.  

Nota: O comentário (OBS...) acima não faz parte do texto original da revista, e nem é meu. Recebi a mensagem com ele e não posso confirmar algumas dessas afirmações, mas concordo com algumas frases, como a que diz respeito à mobilização contra este assalto legalizado.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

FILME: A CAÇADA AO OUTUBRO VERMELHO

Quando nos encontramos no lançamento de sua obra O OUTRO NOME DA ROSA, meu grande amigo Barcellos, em determinado momento, me deu uma cutucada: "Você devia fazer a sinopse de A CAÇADA AO OUTUBRO VERMELHO". Vindo de quem veio, a sugestão soou forte, e eu comecei logo a preparar o texto. Só que eu acabara de concluir uma trilogia de posts sobre a ação de submarinos alemães contra a nossa frota mercante durante a II Guerra, e talvez os leitores já estivessem saturados por assuntos subaquáticos. Assim, reservei este texto, que agora estou postando.

INTRODUÇÃO
Um dos aspectos menos conhecidos da Guerra Fria é o que aborda os confrontos entre submarinos soviéticos X ocidentais.
Até hoje, pouco se sabe de alguns incidentes e quase-incidentes deste período, apenas pedaços de histórias ou citações sem maiores detalhes.
É sintomático que, mesmo depois do fim da União Soviética e da Guerra Fria, por ocasião do acidente com o submarino russo KURSK, a princípio correram rumores sobre suspeitas de um ataque ou colisão com um submarino americano que estivesse rondando as manobras navais russas.
O escritor americano Tom Clancy inspirou-se nos tensos dias da Guerra Fria para escrever diversos de seus romances de espionagem/ação, a maioria com a participação do personagem Jack Ryan, jovem analista da CIA.
Ao que parece, o Clancy reuniu alguns fragmentos de histórias de perseguições submarinas reais e conseguiu fundi-los numa excelente narrativa de ficção quando escreveu o romance A Caçada Ao Outubro Vermelho.
Este foi o primeiro de seus livros a ser levado até as telas de cinema, em filme homônimo, e também o primeiro em que aparece o personagem Jack Ryan, vivido no filme por Alec Baldwin.
Posteriormente, Ryan seria revivido por Harrison Ford, em JOGOS PATRIÓTICOS (Patriot Games - 1992) e em O PERIGO REAL E IMEDIATO (Clear and Present Danger- 1994), e depois por Ben Affleck em A SOMA DE TODOS OS MEDOS (The Sum Of All Fears – 2002).

 Alec Baldwin, como o jovem Jack Ryan, o analista da CIA que conhecia o inimigo melhor que os generais do pentágono.
O FILME
A CAÇADA AO OUTUBRO VERMELHO
(The Hunt For Red October- EUA – 1990 – 134 min.- cor)
A ano é 1984, e um revolucionário submarino de ataque soviético parte de sua gelada base em Mursmank para seu primeiro exercício no mar, com o restante da esquadra. O Outubro Vermelho é dotado de um inédito sistema alternativo de propulsão magneto-hidrodinâmica, que atua sugando a água através de dutos laterais paralelos e expelindo-a para trás, de uma forma que o torna altamente silencioso e praticamente indetectável para os inimigos americanos.
O submarino está carregado com uma bateria de mísseis nucleares que podem arrasar meio mundo e colocaria os soviéticos na ofensiva, pela primeira vez na história.

Marko Ramius (Sean Connery) e seu imediato Vasili Borodin (Sam Neill): uma arriscada conspiração, a bordo da mais mortífera arma de guerra do arsenal soviético.

Porém, seu comandante, o magistral capitão Marko Ramius (Sean Connery) e seu imediato Vasili Borodin (Sam Neill) tem outros planos: tendo já aliciado a maioria de seus oficiais subalternos, pretendem desertar para os EUA, entregando a revolucionária belonave intacta aos americanos, em troca de asilo e cidadania! Ramius deixa com seus superiores uma carta, só aberta após sua partida, onde explica suas intenções e os motivos.
Após eliminarem Putin, o oficial-comissário político a bordo,  (coincidência, o filme é de 1990!), encarnado por Peter Firth, eles iniciam uma fuga através do Atlântico Norte, e sua rota deixa preocupados americanos e russos, os primeiros por desconhecerem seus propósitos, e os segundos por conhece-los muito bem!
Do outro lado do Atlântico, autoridades americanas tem que decidir o que fazer a respeito do inusitado barco soviético, após terem sido avisados erradamente pelos russos de que a intenção de Ramius seria atacar os EUA com mísseis nucleares, por sua própria conta e risco!

"Isto não aconteceu, e eu nunca estive aqui, OK?" O vice-almirante Greer (James Earl Jones) manipula a verdade de acordo com os interesses da CIA.
Entretanto, o jovem analista da CIA Jack Ryan (Alec Baldwin) estudou a fundo biografia do comandante russo e não acredita que seja esta sua intenção. Ante o ceticismo dos chefes militares e políticos, tenta obter autorização para se comunicar com Ramius. Para isso, conta com o apoio de um congressista e de seu chefe, o vice-almirante Greer (James Earl Jones).

 O capitão Bart Mancuso (Scott Gleen), do submarino americano U.S.S. Dallas: para os russos, um caubói ligeiro no gatilho e perigoso.
No mar, o Outubro Vermelho tem que enfrentar o submarino-caçador americano U.S.S. Dallas, sob o comando do impetuoso capitão-de-mar-e-guerra Bart Mancuso (Scott Gleen, perfeito). Além disso, à sua retaguarda está outro submarino-caçador soviético, o Konovalov, enviado para destruí-lo, sob o comando de um dos seus melhores ex-alunos, o agressivo comandante Tupolev (Stellan Skarsgard).
A tensão está no ar o tempo todo, enquanto as horas passam e o Outubro Vermelho se aproxima da costa americana. A única esperança é Jack Ryan, que vai para o mar a procura de contato com os desertores russos.
O desenlace é eletrizante, pois entre tantas ameaças, os amotinados do submarino russo também percebem que nem todos os homens da sua tripulação estão de acordo com suas ideias de tornarem-se cidadãos americanos!
O filme dura pouco mais de duas horas, o que pode parecer longo, mas tem um pique tipo “007”, e agrada a quem gosta de ação com uma boa trama de fundo.
A direção foi de John Mc Tiernan, especialista no ramo: (Predador (1987), Duro de Matar (1988), Intruder A-6: Um Voo Para o Inferno (1990).
A película recebeu o Oscar de Melhor Edição Sonora em 1991.
Está disponível nas revendedoras e locadoras em DVD.
Diversão garantida!

sábado, 1 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO: QUANDO A PACIÊNCIA DEIXA DE SER VIRTUDE

Corro o risco de me tornar chato com essa insistência em bater sempre na mesma tecla, mas acho que nunca vou desistir de tentar passar adiante essa mensagem: o desenvolvimento de um país começa pela educação!
Uma casa começa pelos alicerces, e os alicerces de uma nação são a educação de seu povo. Saúde, economia, empregos e segurança são consequências lógicas.
E, no nosso país, onde se fala de tudo, escândalos, corrupção, crimes, futebol e diversão, a gente só vê nos cantinhos de página dos jornais as quase permanentes greves de professores, pedindo melhores condições de trabalho, salários e atenção.

 O ensino fundamental na Coréia do Sul é considerado como o de melhor padrão no mundo. Resultado de investimentos maciços e de uma política educacional séria.

As greves as vezes são simultâneas, em diversos estados, sem ligação uma com a outra, mas quase sempre pelos mesmos motivos, relacionados com o descaso dos administradores com o ensino público! As vítimas também são sempre as mesmas: as gerações futuras, alunos de hoje, que amanhã, cursando cursos mais avançados, sentirão na carne a falta de base causada por estas interrupções.
Ninguém pode acreditar que um programa de disciplina cujo cronograma sofreu a perda de semanas possa depois ser comprimido no tempo restante com a mesma eficácia.
Mas, as greves são apenas o sintoma mais visível do problema. Existem outros aspectos, sobre os quais os educadores volta e meia denuciam, sem encontrar ecos.
Na mídia, uma das poucas pessoas com os meios para denunciar e que realmente o faz é o jornalista Alexandre Garcia, da sucursal brasiliana da rede Globo de TV. Em uma emissora que tem fama de "pasteurizar" as notícias, sua voz parece destoante, quando se levanta de forma insistente para falar do assunto educação.
Ontem, no telejornal BOM DIA BRASIL, ele voltou a comentar esse tema.
Se quiser ver na íntegra o texto e o vídeo, clique no link:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/09/alexandre-garcia-greve-e-um-dos-sintomas-do-descaso-com-educacao.html 


Enquanto isto, ministros caem como sequências de dominós, juízas são crivadas de balas, professoras levam pontapés e tiros pelas costas...
Surpeendente a paciência dos brasileiros, que aturam tudo isto calados!