FRASE:

FRASE:

"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

domingo, 25 de setembro de 2011

CPMF: O ASSALTO QUER VOLTAR

O fantasma do retorno da CPMF está no ar. Com um novo nome, e regras turbinadas pela experiência de quem passou 11 anos literalmente assaltando o bolso de todos os brasileiros! Alguns, inocente ou maldosamente, ainda a chamam "imposto sobre cheque". Uma pessoa humilde que me prestava serviços chegou a falar: "Pra mim não tem problema, eu nunca passo cheque!" Meu trabalho foi explicar como o efeito cascata de cobrar imposto sobre imposto afeta o bolso de todos, notadamente os mais pobres, que pagam preços inflados para compensar as perdas inevitáveis. E, se alguém me pagava por um serviço, a CPMF era debitada da conta desse alguém, entrava na minha conta e, quando eu precisava retirar este dinheiro, por exemplo, para pagar o IPTU (outro imposto), era garfado novamente por outra movimentação do mesmo dinheiro, e assim ad infinitum! As sondagens preliminares para o retorno deste produtivo assalto contra vítimas indefesas já foram feitas! Como de se esperar, ninguém quer assumir a paternidade do monstro, e tudo fica no nível das insinuações: "...alguém tem que dizer de onde virá o dinheiro para melhorar a saúde...". Se o problema da saúde fosse dinheiro, nossos postos e hospitais teriam que estar bem melhores, em função do rio de dinheiro que foi arrancado dos brasileiros de 1997 a 2007!
Em 22 de outubro de 1997, o ex-ministro Adib Jatene, o "pai" da CPMF, escreveu este artigo na seção "Ensaio" da revista VEJA, admitindo o erro e o desvio do dinheiro arrecadado pela CPMF:

Onde foi parar o dinheiro da saúde

"Constato hoje que a CPMF ajudou mais o governo do que a saúde dos brasileiros"

A regulamentação do mercado de planos e seguros de saúde é medida necessária, mas precisa ficar claro que a sua discussão interessa a apenas 25% da população - os que têm acesso à alternativa privada de atendimento quando adoecem. Estão excluídos dessa discussão 75% da população - os que dependem do sistema público de saúde. Aliás, saúde é muito mais que tratar pessoas doentes, pois inclui desde água, esgoto, habitação, alimentação, combate a endemias, imunizações, qualidade de alimentos e de medicamentos, até salário e lazer, e, evidentemente, tratamento de doentes. Enfrentar esse desafio é algo complexo, mas o Brasil tem uma proposta escrita em sua Constituição, que é o Sistema Único de Saúde, SUS.
Quando era ministro do atual governo, lutei muito para tornar o SUS realidade, porque sei que é por seu intermédio que vamos melhorar o padrão de saúde de todos os brasileiros, com ou sem plano privado. Tive oportunidade de dizer isso a colegas do ministério e ao presidente da República, que sempre se mostrou sensível ao tema. Para que o SUS deixe de ser um mero desejo dos constituintes, o país precisa investir em saúde o que os próprios constituintes indicaram nas disposições transitórias da Constituição, ou seja, 30% do orçamento da seguridade.
Como os recursos do orçamento eram flagrantemente insuficientes e o governo afirmava não poder agregar nada mais, sugeri a criação da CPMF, vinculada ao Fundo Nacional de Saúde, para complementar o financiamento do setor enquanto o governo reorganizava suas contas, fazendo inclusive a reforma tributária. O presidente me autorizou a defender a proposta entre os congressistas. Foi o que fiz pelejando sozinho, pois até os colegas meus do ministério se diziam céticos quanto à proposta. Conversei com parlamentares, empresários, comerciantes, médicos e, finalmente, após dezesseis meses de luta, conseguimos a aprovação.
Infelizmente, constato hoje que a CPMF ajudou muito mais o governo no equilíbrio de suas contas do que a saúde dos brasileiros. Fui um ministro de certa forma inconveniente para a área econômica porque, além de conhecer bastante a técnica orçamentária, fazia as contas de forma a não poder ser contestado. Neste ano, o orçamento deve fechar em 19,1 bilhões de reais. Como em 1995 gastamos 14,8 bilhões, pode-se argumentar que houve acréscimo de 4,3 bilhões. Acontece que, para manter o mesmo valor real do que foi gasto em 1995, deveríamos gastar em 1997 pouco mais de 22 bilhões. Gastaram-se, portanto, em valor real, 3 bilhões menos que em 1995. Como neste ano se incorporou a arrecadação da CPMF, verifica-se sua total esterilização como recurso complementar para melhorar o sistema de saúde.
Curioso que o orçamento da seguridade, que em 1995 era de 65 bilhões, em 1997 deve chegar a 103, portanto acima da correção da inflação do período, enquanto o orçamento da saúde, com o acréscimo da CPMF, ficou em 1997 com valor real bem abaixo da inflação. Como a arrecadação da CPMF ultrapassou a estimativa, ao contrário de agregá-la ao orçamento do ministério, minimizando o déficit, o governo se propõe a substituir fontes e a usar esse excesso de arrecadação para outras despesas que não as da saúde.
Enquanto isso, países como a França, com 58 milhões de habitantes, gastam mais de 100 bilhões de dólares, o que dá cerca de 1800 dólares por habitante/ano. O Canadá, que todos consideram padrão de assistência, gasta 1.900 dólares por habitante/ano, para não falar dos Estados Unidos, que gastam perto dos 3000. O Brasil, que já atingiu renda per capita de 5000 dólares, não consegue gastar para os 75% de sua população nem 200 dólares por habitante/ano.
Acho importante os congressistas e o governo regulamentarem os planos e seguros de saúde para 25% da população. Aliás, desde março de 1996, está no Congresso o projeto que preparamos de ressarcimento para o SUS pelos convênios, quando seus segurados forem atendidos pelo sistema público. O mais importante, porém, é que ninguém se esqueça -  e é possível - de dotar a saúde pública de recursos que ajudem a retirá-la da posição vexatória em que se encontra. É muito difícil modificar a situação enquanto gastarmos em valor real menos do que se gastou em anos anteriores.
O modelo do SUS, com descentralização em nível municipal, participação social, estímulo a consórcios, implantação do programa de agentes comunitários e saúde da família, com regionalização e hierarquização, é uma das melhores propostas existentes no mundo. Precisa urgentemente de financiamento adequado.
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O presidente do Instituto Nacional de Estudos Jurídicos e Empresariais, Luis Alberto Pereira Filho, revelou que estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, mostrou números impressionantes sobre a arrecadação da CPMF no Brasil durante os anos de 2001 a 2006.  disse que foram arrecadados R$ 148 bilhões apenas nestes cinco anos. Lembrou que os números podem ser consultados no site www.sigabrasil.com.br e foram divulgados pela própria União.

Quem estiver interessado em refrescar a memória, ou entender melhor e saber de toda a história do assalto legalizado chamado CPMF, veja na Wikipédia: (Clique aqui).
Mais informações e estatísticas no interessante e bem elaborado texto VERDADES E MITOS SOBRE A CPMF, em: http://www.blogdoalon.com/ftp/cpmf_dem.pdf

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Notícia de 23-set-2011, publicada em diversos órgãos de imprensa:

A Câmara dos Deputados rejeitou ontem a criação de um imposto para a saúde, nos moldes da antiga CPMF. Apenas a bancada do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, votou em prol da nova taxa, deixando claro que vai trabalhar pela criação do tributo.

O projeto que regulamenta a Emenda 29, no entanto, foi aprovado pela Casa e agora seguirá para o Senado. Na votação, o PT votou a favor da instituição da Contribuição Social para a Saúde (CSS), incluída na proposta pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A posição dos petistas converge com o desejo da presidente Dilma Rousseff de encontrar uma nova fonte de recursos voltada exclusivamente para custear ações do setor.
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 O que mudou neste país para nos fazer crer que agora seria diferente?

Assim, vemos os mesmos vampiros caras-de-pau, confiantes na tradicional falta de memória (e de consciência) dos brasileiros, voltarem a insinuar que, para melhorar a calamitosa situação da calamidade chamada saúde pública, é necessário o retorno desse assalto ao bolso do cidadão, turbinado com novo nome!
Como se a gente não soubesse que, durante os onze anos (1997-2007) em que o governo arrecadou através deste estupro aos direitos do cidadão a fantástica quantia de mais de R$ 284.000.000.000,00 ( duzentos e oitenta e quatro bilhões de reais!), não houve nenhuma mudança significativa no quadro caótico da saúde!
E a qualquer momento, em noticiários, estamos vendo os horrores das pobres pessoas que gemem sentadas (ou jogadas) nas calçadas e corredores dos hospitais e postos de atendimento de saúde pública, muitos sucumbindo antes de serem atendidos, por negligência no atendimento, falta de profissionais, falta de equipamentos, falta de leitos, resumindo, por falta de responsabilidade dos que deveriam mudar este quadro!
Recentemente, uma senhora que acompanhava sua mãe, internada em um hospital público, sentada na calçada defronte o prédio, morreu atropelada por uma ambulância sem freios, que manobrava para sair do hospital! 
E o que mudou nos diversos níveis da gestão da saúde pública para se afirmar ou se acreditar que agora vão fazer as coisas direito? 
Nunca se viu a direção de tantos órgãos públicos serem entregues nas mãos de tantos indicados político-partidários sem a mínima competência (para não falar na idoneidade) para exercerem tais funções!
Faltam verbas, dizem sempre!
Então, como se explica que existam ambulancias, carros de fumigação (fumacê) e UTIs móveis apodrecendo jogadas em pátios, por pura falta de interesse em viabilizar sua utilização? 
E equipamentos caríssimos para exames avançados encaixotados, há meses ou anos, por motivos burocráticos ou por birrinhas entre administrações municipais e estaduais ou federais?
E as salas de cirurgia e enfermarias inutilizáveis por infiltrações e mofo?
E as frequentes greves e ausência de profissionais de saúde, que já fugiam dos baixos salários oferecidos pela saúde pública, mesmo na vigência da CPMF?
Eu nada entendo desta área, mas não é preciso ser nenhum expert para ver o estado caótico em que se encontra a saúde pública! Basta tentar ajudar, levando alguém que dependa desses serviços a alguma unidade de atendimento! Eu já fiz isso!
E a TV mostra diariamente verdadeiros filmes de terror ao vivo: pessoas gemendo, pessoas revoltadas, gastando seus poucos reais em viagens de táxi, conduzindo seus familiares por dias a fio, sofrendo em sua busca desesperada por atendimento!
E tome escândalos, com milhões em despesas superfaturadas pagos indevidamente à firmas terceirizadas que cuidam de faxina, fornecimento de refeições, recolhimento de lixo, lavagem de roupas e outros serviços vinculados à atividade hospitalar !
Falta de verbas?
Não! Falta de vergonha na cara!
Falta de dar um basta e enfiar os responsáveis por esta roubalheira no xadrez!
Só no dia em que isto começar a acontecer, os candidatos a "esperto" botarão as barbas de molho!

NOTA:
O item do projeto que criava a nova CPMF, com o nome-fantasia de Contribuição Social para a Saúde (CSS) foi derrotado na camara federal, em 22 do corrente, não por consciência do legislativo, mas por motivos relacionados com barganhas políticas entre eles e o governo. Mas, a questão fica em aberto, aguardando a solução para resolver a suposta falta de dinheiro para melhorar a saúde pública. Enquanto isto, nada se faz, pois "não há dinheiro"!
Na realidade, estão aguardando o momento ideal para fazerem o acordo executivo-legislativo e aprovarem rapidamente a volta do assalto legalizado ao nosso bolso!
Aí vem: Olimpíadas, Copa do Mundo...Enquanto a galera torce diante das TVs, eles conspiram. Quando o povinho acordar do sonho, talvez já esteja tudo irremediavelmente sacramentado! É bom estar preparado!

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CIÊNCIA: A LUZ COMEU POEIRA?

Um dos postulados da ciência do século XX, aceito como básico até mesmo pelo próprio Albert Einstein foi a de que a velocidade da luz era o limite máximo para qualquer corpo em deslocamento no universo.
No meu post de 23 de agosto de 2010, ENTRE O CEU E A TERRA (clique aqui p/ ver), eu comentava sobre certas “verdades absolutas" da ciência, que de tempos em tempos caíam por terra em face de novas descobertas!
Naquela ocasião, havia sido oficialmente confirmada a descoberta da estrela-gigante R136a1, com massa de aproximadamente 265 vezes maior que a do nosso Sol. Até aquele momento, a maior massa “possível” para uma estrela era, segundo o postulado científico, de 150 vezes a massa do Sol!

 Albert Einstein, o gênio do século XX: até mesmo algumas de suas teorias teriam que ser revistas, se for provado que existem partículas mais velozes do que a luz!

Por diversos motivos físicos, apoiados em equações que descreviam as propriedades das massas estelares, este era o limite! Pelo menos até a constatação física de que era apenas mais um chute, bem apoiado na matemática e nos “vastos” conhecimentos da nossa ciência.
E isto reforça o que eu disse mais de uma vez: a ciência ainda sabe muito pouco, e ainda há muita coisa a ser descoberta!
Pois bem! Hoje voltamos a falar deste assunto porque, embora  certos passos ainda devam ser cumpridos, experiências reproduzidas e métodos questionados, há indícios de que pode estar balançando mais um dogma científico.
Uma equipe de cientistas europeus chefiada pelo pesquisador Antonio Ereditato, em um experimento repetido nada menos de 16.000 vezes em um detector de partículas chamado Oscillation Project with Emulsion-tRackin Apparatus (OPERA) localizado no laboratório nacional de Gran Sasso, na Itália, testemunhou a luz “comer poeira” atrás de um neutrino (partícula subatômica), que chegou 60 bilionésimos de segundo antes dela, num percurso de 732 km!

 Trecho do tunel curvo do LHC
Os pesquisadores são membros do CERN (Organisation Européenne pour la Recherche Nucléaire ), um laboratório internacional que reune cientistas e fundos de 20 nações para estudos da física das partículas, e dotado de algumas das mais avançadas instalações para este fim.
Uma destas instalações é o enorme duto acelerador de partículas LHC ( Large Hadron Collider) – Grande Colisor de Hádrons, ou “Trapizonga” para os irreverentes, como meu amigo Jair.
Caso esses resultados sejam autenticados e não seja detectada nenhuma falha na pesquisa, muita coisa terá que ser revista nos conceitos da física.
Quem quiser ver a notícia fresquinha e completa, é só dar uma olhada no site da revista VEJA, em:

domingo, 4 de setembro de 2011

HISTÓRIA: SUBMARINOS DO EIXO AFUNDADOS NO BRASIL

Só para encerrar o assunto submarinos do eixo e seu envolvimento com o Brasil durante a II Guerra Mundial, eu tenho que contar também que não ficou barato para os submarinos do eixo Alemanha-Itália a participação no conflito. 
A grande maioria dos tripulantes encontrou seu fim dentro de mortalhas de aço, esmagados pela pressão das águas profundas que os engoliram!
Após uma impressionante ofensiva nos dois primeiros anos da guerra, ficou clara a ameaça representada pelos submarinos e as terríveis consequências dos ataques aos comboios e navios isolados. O principal objetivo destes ataques era cortar a linha de suprimentos para as ilhas britânicas, que dependiam enormemente da navegação marítima.
Por isto, os aliados concentraram esforços no desenvolvimento de tecnologias e táticas para combater os submarinos. E foram muito bem sucedidos, principalmente com o emprego de aviões de patrulha naval: quando o Brasil entrou na guerra, os números já começavam a se tornar desfavoráveis para os "lobos cinzentos".

Recentemente, a família Schürmann, que se tornou famosa por suas viagens pelos mares do mundo, anunciou que, após dois anos de pesquisas, conseguiu localizar um submarino alemão, o U-513, afundado na costa catarinense durante a II Guerra. Trata-se do primeiro navio desta categoria a ser localizado no Brasil.

Durante a II Guerra, foram afundados em nossas águas nada menos de 11 submarinos, sendo 10 alemães e um italiano:
Submarino
(tipo)
Data:
Local:
Atacante(s)
U-164
(IXC)
06/01/43
Largo de Fortaleza-CE
01º 58' S, 39º 22' W
PBY(EU)
U- 507
(IXC)
13/01/43
NW de Natal-RN
01°38'S, 39°52'W
PBY (EU)
Archimede
14/04/43
Litoral do RN
3º 23" S, 30º 28 W
PBY (EU)
U-128
(IXC)
17/05/43
Litoral de PE
10º 00' S, 35º 35' W
PBM (EU)
+ 2 destróieres (EU)
U-590 (VIIC)
09/07/43
Largo da foz do Amazonas
3º 22' N, 48º 38' W
PBY(EU)
U-513
(IXC)
19/07/43
SE de S. Fco. Do Sul-SC
27º 17' S, 47º 32' W
PBM(EU)
U-662
(VIIC)
21/07/43
Largo da Foz do Amazonas
3º 56' S, 48º 46' W
B-24(EU), PBY (EU)
U-598
(VIIC)
23/07/43
Largo de Natal-RN
4º 05' S, 33º 23' W
B-24(EU)
U-591
(VIIC)
30/07/43
Litoral de PE
8º 36' S, 34º 34' W
PV-1(EU)
U-199
(IXD2)
31/07/43
Litoral do RJ
23º 54' S, 42º 54' W
PBY (BR), A-28(BR),PBM(EU)
U-161
(IXC)
27/09/43
Litoral da BA
12º 30' S, 35º 35' W
PBM(EU)
EU= Estados Unidos, BR=Brasil. A decodificação dos tipos de submarinos e aviões atacantes está mais abaixo.
E ainda pode existir mais um, ainda não identificado, que foi atacado em 5 de abril de 1943 a 60 km de Aracaju, por um Lockheed Hudson A-28 da Força Aérea Brasileira (FAB), pilotado pelo tenente Ivo Gastaldoni (já falecido, Brigadeiro Reformado). Segundo o relato do piloto, um dos pioneiros da aviação de patrulha brasileira, as cargas de profundidade lançadas por ele explodiram em torno do submarino, e ele submergiu ou afundou, deixando uma grande mancha de óleo na superfície. Mais tarde, navios da Marinha recolheram destroços que poderiam ser deste U-boot. Contudo, os submarinos as vezes ejetavam óleo e destroços para tentar enganar atacantes, fazendo-os suspender o ataque.
Como mostrado no quadro acima, todos os submarinos foram afundados por aviões, e em apenas um deles houve envolvimento direto de navios de guerra. E, com exceção do U-199, os principais responsáveis foram aviões da US Navy (Marinha dos EUA), baseados em território brasileiro.
O Archimede foi o único submarino italiano afundado na costa brasileira. Os submarinos alemães do tipo VIIC (sete-C) de autonomia menor, só alcançavam o nordeste brasileiro. Já os dos tipos IX (nove) C e D2 eram maiores, tinham maior autonomia e levavam mais tripulantes e mais torpedos. 

Submarinos alemães tipo VIIC
(Clique para ampliar)

Deslocamento: 769 t (superfície) 871t (submerso)
Comprimento: 67,10 m
Largura: 6,20 m
Equipagem: 44 a 52 tripulantes.
Velocidade: 17,7 nós (32,8 km/h) (superfície), 7,6 nós (14,1 km/h) (submerso).
Profundidade testada: 230 m
Alcance:15.170 km, a 19 km/h (superfície), 150 km a 7,4 km/h (submerso).
Propulsão
Superfície: 2 Motores diesel Germaniawerft M6V 40/46- 6 cilindros, com turbocompressor, com potência total de 2.800 a 3.200 hp (2.100 a 2.400 kw).
Submerso: 2 Motores elétricos BBC GG UB 720/8, com potência total de 750 hp (560 kw).
Armamento:
5 tubos de torpedos (4 na proa, 1 na popa) c/14 torpedos de 533 mm; ou 26 minas TMA; ou 39 minas TMB.
1 canhão de 88 mm/L45 no convés, c/220 tiros.
Artilharia antiaérea variavel de .50 e 20 mm.



Submarinos alemães tipo IXC

(Clique para ampliar)
 
Deslocamento:1.120 t (superfície) 1.232 t (submerso)
Comprimento: 76,80 m
Largura: 6,80 m
Equipagem: 48 a 56 tripulantes (55 a 63 no tipoIXD).
Velocidade: 18,3 nós (33,9 km/h) (superfície), 7,3 nós (13,5 km/h) (submerso).
Profundidade testada: 230 m
Alcance: 20.000 km, a 19 km/h (superfície), 117 km a 7,4 km/h (submerso).
Propulsão
Superfície: 2 Motores diesel MAN M9V40/46 - 9 cilindros, com turbocompressor, com potência total de 4.400 hp (3.300 kW)
Submerso: 2 Motores elétricos SSW GU345/34, com potência total de 1.000 hp (740 kW)
Armamento:
6 tubos de torpedos (4 na proa, 2 na popa) c/22 torpedos de 533 mm.
1 canhão de 105 mm/45 no convés, c/110 tiros.
Artilharia antiaérea variavel de 20, 30, e 37 mm.

Identificação de aeronaves:

PBY= Consolidated Catalina PBY 
Hidroavião bombardeiro bimotor de patrulha.
Catalina PBY com insígnias dos EUA usadas no início da II Guerra. 
(Clique para ampliar)
Em operações na costa brasileira, foram utilizados pela FAB e pela US Navy. Um PBY da FAB foi o responsável pelo afundamento do U-199.
Motores: 2 x Pratt-Whitney R-1830-92 Twin Wasp radial de 9 cilindros - potência total: 2.400 hp
Tripulação: 8.
Velocidade máxima:314 km/h
Alcance: 4.030 km
Armamento: 3 metralhadoras Browning .30 + 2 metralhadoras Browning .50.
1.814 kg de bombas ou cargas de profundidade.

PBM= Martin Mariner PBM
Hidroavião bombardeiro bimotor de patrulha.

Mariner PBM com insígnias dos EUA usadas no início da II Guerra.
 (Clique para ampliar)
 
Em operações na costa brasileira, só foram utilizados pela US Navy.
Motores: 2 × Wright R-2600-12 radial, de 14 cilindros – Potência total:3.400 hp.
Tripulação: 7.
Velocidade máxima:330 km/h
Alcance: 4.800 km
Armamento: 8 metralhadoras .50 Browning M2 .
340 kg de bombas ou cargas de profundidade.
1.800 kg de bombas ou cargas de profundidade ou 2 torpedos.

A-28 = Lockheed A-28 Hudson
Bombardeiro bimotor de patrulha.

A-28 Hudson com insígnias da Royal Air Force (RAF). 
(Clique para ampliar)

Em operações na costa brasileira, só foram utilizados pela FAB.
Era uma versão militar derivada do Lockheed 14 Electra.
Motores: 2 x Wright Cyclone radial de 9 cilindros - potência total: 2.200 hp
Tripulação: 6.
Velocidade máxima:397 km/h
Alcance: 3.150 km
Armamento: 2 metralhadoras Browning .30 no nariz + 2 metralhadoras Browning .30 na torreta dorsal.
340 kg de bombas ou cargas de profundidade.

PV-1=Lockheed PV-1 Vega Ventura
Bombardeiro bimotor de patrulha.

PV-1 Ventura com insígnias dos EUA.
(Clique para ampliar)
Em operações na costa brasileira, foram utilizados pela FAB e pela US Navy.
O Vega Ventura foi um aperfeiçoamento do Hudson, com motores bem mais potentes.
Motores: 2 × Pratt-Whitney R-2800 radial de 18 cilindros - potência total: 4.000 hp.
Tripulação: 6.
Velocidade máxima:518 km/h
Alcance: 2.670 km
Armamento: 4 metralhadoras Browning .50 + 2 metralhadoras Browning .30.
340 kg de bombas ou cargas de profundidade.
6 cargas de profundidade (147 kg cada) ou um torpedo.

B-24=Consolidated B-24 Liberator
Bombardeiro pesado quadrimotor.

B-24 Liberator com insígnias dos EUA.
 (Clique para ampliar)


Em operações na costa brasileira, só foram utilizados pela US Navy.
Tripulação: 7 a 10.
Motores: 4 X Pratt-Whitney R-1830, com potência total de 4.800 hp.
Velocidade máxima:470 km/h
Alcance: 3.400 km
Armamento: 10 metralhadoras Browning .50.
5.800 kg de bombas ou cargas de profundidade.

Aproximadamente 800 submarinos alemães foram afundados durante a II Guerra, com a perda de mais de 28.000 tripulantes, 75% de baixas, um índice de perdas mais alto do qualquer outra tropa alemã no conflito. Esses submarinos causaram muitas perdas à navegação mercante aliada, inclusive no Brasil, mas pagaram muito caro!
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Nota: Por motivo de saúde, terei que ficar afastado das postagens por algum tempo. Espero breve estar de volta com novas matérias. Agradeço ao apoio que sempre recebi de todos vocês!