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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

quinta-feira, 24 de março de 2011

HISTÓRIA: A INVENCÍVEL ARMADA DE FELIPE II

Em 1588, numa ambiciosa tentativa de converter a maior parte da Europa ao catolicismo e punir a Inglaterra pela pirataria contra suas colônias, o rei Felipe II da Espanha lançou ao mar a mais poderosa esquadra até então reunida, transportando um exército para invadir a Inglaterra.
A batalha que foi travada nas águas do Canal da Mancha decidiu o futuro da Europa e do mundo.

Antecedentes
Na segunda metade do século XVI, a Espanha governada por Felipe II era um estado político-religioso, onde a igreja católica tinha grande peso. Felipe II reinava sobre Portugal (onde consta como Felipe I), Holanda e Bélgica e sobre diversos reinos da Europa, como Córsega, Nápoles, Sardenha, Milão, Catalunha, Mayorca, Galícia, Valência, Canárias, Aragão, Castela e outros.

Felipe II queria uma Europa católica, conduzida pela Espanha.

Na Espanha e nas nações sob seu domínio, os judeus e protestantes eram perseguidos e as vezes aceitavam até serem “convertidos” ao catolicismo para não morrer nas mãos da Inquisição, uma organização religiosa de repressão que tinha plenos poderes da coroa espanhola e do Vaticano para utilizar os mais bárbaros métodos para conseguir confissões e castigar os não-convertidos, chamados hereges.
Porém, a sua grande rival no domínio dos mares e colonias do mundo, a Inglaterra, era governada por Elizabeth, rainha de orientação protestante que dava refúgio e ajudava aos seguidores desta religião por toda a Europa, notadamente na Holanda, onde havia resistência armada.
Mas a vizinha da Inglaterra, a Escócia, estava sob o reinado da prima de Elizabeth, Mary Stuart, que era católica. Mantinha estreito diálogo com a coroa espanhola e secretamente, planejava alijar Elizabeth do trono da Inglaterra e ocupar seu lugar. Haviam tratados secretos estabelecendo que, após sua morte, a Escócia passaria ao domínio da Espanha. Isto tudo acabaria chegando ao conhecimento de Elizabeth.

Francis Drake
Os navios que transportavam para a Espanha as riquezas e tesouros das colônias do Novo Mundo eram frequentemente alvo dos ataques de piratas e corsários inglêses, o que era motivo de protestos do rei espanhol junto à rainha inglesa. Uma das figuras mais polêmicas desta controvérsia foi Francis Drake, jovem capitão britânico, um dos primeiros a navegar em volta ao mundo. Ele foi enviado pela própria Inglaterra para águas americanas, para atacar e saquear os navios e colonias espanholas. Quando os espanhóis protestaram e apresentaram testemunhos e provas de que ele havia protagonizado os saques, os ingleses agindo politicamente, o responsabilizaram individualmente pelos atos de pirataria e o tornaram proscrito.
Porém, quando ele regressou à Inglaterra com os porões do seu navio abarrotado de ouro dos saques, ganhou imediata anistia, e como a situação com a Espanha havia azedado de vez, foi novamente reconhecido como corsário à serviço da coroa inglesa e acabou recebendo um título de nobreza das mãos da própria Elizabeth, passando a ser citado como Sir Francis Drake e reintegrado à marinha inglesa.

A Morte de Mary Stuart
Enquanto isto, Mary Stuart, rainha da Escócia, enfrentou uma dissidência na sua própria corte e refugiou-se na Inglaterra. Porém, ao chegar, recebeu voz de prisão de sua prima. Foi acusada de conspiração, julgada e decapitada em 8 de fevereiro de 1587.
Isto serviu de pretexto para que seu aliado Felipe II, que já tinha planos de atacar os ingleses, disparasse os preparativos finais para a invasão da Inglaterra.
A Armada
Durante os anos anteriores, havia sido encetado um grande programa de construção de navios. Outros que estavam disponíveis na Espanha e em países sob seu domínio foram reunidos e equipados, inclusive 12 navios portugueses.
Em julho de 1588, foi reunida a esquadra de invasão:
Um total de 130 navios, com 2431 canhões.
Os navios eram:
65 galeões e mercantes adaptados com canhões,
25 cargueiros cheios de cavalos, mulas e provisões,
32 barcos pequenos,
4 galés e
4 galeaças.
A frota transportava 27.500 homens, sendo:
16.000 soldados,
8.000 marujos,
2.000 operários (prisioneiros e escravos) nas galés,
1.500 cavalheiros e outros voluntários.
Esta força naval, mais tarde apelidada ironicamente pelos ingleses The Invincible Armada, começou a partir em 22 de julho de 1588 de La Coruña, costa norte da Espanha, sob o comando de Don Alonso Pérez de Guzman (El Bueno), Duque de Medina-Sidonia, nobre espanhol sem nenhuma experiência naval. Porém, tinha sob suas ordens diversos comandantes experientes e competentes, dentre os quais se sobressaia Don Alonso Martinez de Leiva, talvez o mais hábil capitão naval da Espanha.
Seus navios transportavam, além do pessoal e das armas, todo o apoio logístico necessário para manter uma tropa de 30.000 homens durante pelo menos seis meses. Entre os itens transportados, constavam: 5.000 toneladas de bolacha de marinheiro, 272.000 kg de carne de porco salgada, mais de 150.000 litros de azeite de oliva, e 14.000 barris de vinho.
Além disto, ainda haviam 5.000 pares de calçados e 11.000 pares de sandálias, e material para reparos dos navios e das carroças e equipamentos de apoio transportados.
Acompanhavam as tropas 6 cirurgiões, 6 clínicos, 19 juízes e 50 funcionários administrativos selecionados para estabelecerem as bases do governo na Inglaterra, bem como 146 nobres voluntários, com seus 728 criados. Isso além de 180 sacerdotes, como conselheiros espirituais e confessores, que ajudaram a abençoar todos os homens antes do embarque.
Como reserva, para posterior ocupação da Inglaterra, ainda havia na Holanda uma força terrestre sob o comando do Duque de Parma, com aprox. 30.000 soldados. Eles também traziam munições e provisões adicionais.
O Confronto
Por volta do dia 29, a Armada estava finalmente ao largo de Plymouth. Diz a lenda que Francis Drake, que por esta ocasião comandaria as ações da esquadra inglesa, foi avisado de que a força espanhola estava chegando à Inglaterra enquanto jogava uma partida de boliche. Teria enviado seu imediato para o porto para preparar a partida da esquadra e continuado a jogar, declarando: “Podemos terminar nosso jogo!”


Defeat of the Spanish Armada (Derrota da Armada Espanhola), pintado em 1796 pelo pintor inglês Philip James de Loutherbourg, retrata a batalha travada em 8 de agosto de 1588. Esta obra atualmente encontra-se no National Maritime Museum, da Inglaterra.

A Armada estava a cinquenta milhas de Plymouth. E no decorrer da semana seguinte, os ingleses, sob comando-geral de Lord Charles Howard, travaram dois combates com os espanhóis.
Cabe aqui ressaltar que as diferenças táticas tiveram um papel fundamental no decorrer dos confrontos. Os espanhóis procuravam sempre abordar os inimigos e travar combate direto, visando capturar os seus navios, enquanto os ingleses, que sabiam que este tipo de confronto lhes seria desvantajoso, haviam se preparado para travar a luta a distância, disparando a partir do alcance útil dos seus canhões, e se evadindo ante a aproximação dos navios espanhóis. Conseguiam isto por serem seus barcos mais leves e com mais capacidade de manobra.
Os navios principais e mais bem armados da frota espanhola eram pesados e difíceis de manobrar, com carga total, enquanto os ingleses, apesar de em menor número, eram mais ágeis e sabiam utilizar melhor suas vantagens, comandados por chefes hábeis como Drake, que era o vice-comandante da frota britânica, e Thomas Fleming.
Mas durante esses dois confrontos, apesar de inúmeros acertos, não conseguiram danificar seriamente os grandes barcos de Medina-Sidonia. Os espanhóis, por sua vez, não conseguiram se aproximar o suficiente para abordar os barcos ingleses.
O plano do almirante espanhol previa um encontro para receber munições e provisões das forças do Duque de Parma, em Dunquerque. Mas, os mensageiros enviados não conseguiram contato  e trouxeram a  péssima notícia de que as águas no litoral de Flemish, local previsto para o encontro, eram rasas demais para o calado de seus grandes navios.
Neste impasse, Medina-Sidonia teve que ancorar ao largo de Calais, para reparar seus navios, antes de tentar nova investida.
Os espanhóis sabiam que o engenheiro italiano Giambelli estava trabalhando para os ingleses na preparação de brulotes, barcos incendiários e explosivos que poderiam ser enviados contra sua frota.
Por isto, lançaram sua âncoras presas à bóias, pois caso precisassem sair rapidamente, bastaria cortar as amarras e depois voltar para recuperar as âncoras presas às bóias.
Durante a noite, Howard enviou oito de seus navios mais velhos, despojados de todos os equipamentos, mas carregados com materiais inflamáveis e explosivos, sob o comando dos capitães Young e Prowse, rumo à frota espanhola, aproveitando os ventos e a maré favoráveis, e sob o manto da escuridão. Ao se aproximarem, em rota de colisão, os pilotos e os poucos tripulantes atearam fogo aos barcos, abandonando-os no rumo dos navios ancorados. Isto fez com que os espanhóis cortassem as amarras imediatamente, içando as velas e se espalhando para evitar os brulotes, que começaram a explodir. Nesta confusão, vários navios se abalroaram entre si, causando diversos danos, embora nenhum se incendiasse.
A Batalha de  Gravelines

Ao amanhecer de 8 de agosto, Medina-Sidonia viu parte de sua esquadra dispersa e sob risco de encalhe na costa de Flemish. Destacou então quatro grandes navios para fazer uma linha de defesa, enquanto o restante da esquadra tentava se reagrupar para combater.
Os ingleses atacaram com dois destacamentos, num total de quase 40 navios, sob o comando de Drake, que liderava, e Frobisher.
Outros navios espanhóis vieram em socorro dos seus, mas os ingleses estavam na ofensiva e causaram grandes danos nos navios principais. Três desses grandes navios foram afundados e mais doze seriamente danificados, numa batalha confusa em meio à fumaça. As perdas espanholas neste dia somaram em torno de 600 mortos e 800 feridos.
Pouco antes do anoitecer, Drake abordou e capturou o galeão Rosário com toda a sua equipagem, inclusive o almirante Pedro de Valdez. Este navio carregava elevada quantia para o pagamento dos exércitos do Duque de Parma, na Holanda.
Algumas vulnerabilidades da Armada ficaram visíveis: os mercantes convertidos em vasos de guerra tiveram problemas quando as estruturas começaram a ceder, não suportando os impactos do recuo dos seus próprios canhões. Os vazamentos surgiram, e os os carpinteiros trabalhavam até a exaustão para fazer os reparos. Isto desabilitava a artilharia destes navios. Além disso, o improvisado aumento do poder de fogo da Armada não teve uma correspondencia no número de artilheiros, fazendo com que soldados manejassem os canhões sem o treinamento adequado, diminuindo a eficácia da artilharia.
Após nove horas de ferrenho combate, a chegada do anoitecer e um temporal com ventos muito fortes interromperam as hostilidades.
E então veio o pior: a ventania empurrou os destroçados navios espanhóis de encontro aos bancos de areia, onde muitos encalharam!
Ao amanhecer, tudo parecia perdido, mas os ingleses estavam sem munição e não atacaram. Os ventos mudaram e ajudaram os navios da Armada a se safarem dos bancos de areia.
O comandante inglês enviou alguns barcos à Inglaterra, com pedidos desesperados por mais munição, porém os espanhóis também estavam na mesma situação e com seus navios muito danificados, alguns com a artilharia inoperante. Com poucos disparos de parte à parte, os espanhóis aproveitaram o vento favorável e forçaram a passagem, arremetendo para o norte através do canal, único caminho disponível.
Os ingleses decidiram não persegui-los além das águas inglesas, pois perceberam que eles já estavam derrotados e seus próprios marujos também estavam esgotados e abatidos por ficar tanto tempo em atividade no mar agitado. A disenteria e o tifo infectavam as suas tripulações.

O Desfecho

Os espanhóis, após um conselho de guerra, resolveram trazer sua armada derrotada de volta à Espanha, contornando as Ilhas Britânicas.

 Roteiro da Armada Espanhola (clique para ampliar).

Na costa escocesa, conseguiram comprar algumas provisões de barcos de pesca, mas sua situação era de penúria. As mesmas doenças que vitimavam os ingleses também os afetavam. Havia mais de 3.000 doentes a bordo. Diariamente havia mortes. As provisões estavam acabando e a alimentação teve que ser racionada. Os animais de tração a bordo foram abatidos para alimentação, mas a água estava escassa e era de péssima qualidade, provocando intoxicações nos marujos. Alguns navios muito danificados e com vazamentos requeriam constante bombeamento manual de água para não afundarem, o que esgotava ainda mais as tripulações.
Mas o pior ainda estava por vir: ao largo do cabo Wrath, ventos fortíssimos desmancharam a formação da esquadra e mais de trinta navios desgarrados foram jogados de encontro aos recifes da Escócia e da Irlanda, afundando diversos outros no mar. A galeaça napolitana Girona foi um dos barcos que colidiram com os recifes da Irlanda do Norte. Dos seus 1.300 ocupantes, apenas cinco chegaram à terra! Esses e outros que conseguiram chegar à Escócia foram asilados pelo rei James VI, filho de Mary Stuart.

Esta Cruz de Cavaleiro de Malta foi recuperada dos destroços da galeaça Girona, que bateu nos recifes da Irlanda do Norte em 26 de outubro de 1588. Acredita-se que pertencesse ao capitão do navio, Fabricio Spinola. Atualmente, há habitantes locais que se dedicam exclusivamente à atividade de recuperar objetos e jóias dos navios da Armada naufragados ao longo das costas da Irlanda e da Escócia.
(Foto: National Geographic Magazine) 
 
Consta que apenas 64 navios conseguiram retornar à Espanha! Mais de 20.000 homens pereceram, a grande maioria em naufrágios causados pelas tempestades. Enquanto isto, as perdas inglesas foram mínimas, apenas um navio, além dos oito incendiados e sacrificados, e menos de 100 mortos.
Felipe II, que pensou lutar numa guerra santa sob a bênção de Deus, contra os hereges ingleses, ficou mortificado ao receber as notícias do insucesso da empreitada e da destruição de sua poderosa Armada.
Dizem que retirou-se para meditação e ficou longo tempo deprimido, sem receber ninguém. Sob o enfoque de sua obstinada fé religiosa, ficava ainda mais difícil aceitar a fragorosa e total derrota, principalmente levando-se em conta que os elementos naturais tiveram papel fundamental na destruição da Invencível Armada. 
Na Espanha, correram rumores que o insucesso fora um castigo divino pela conduta devassa do rei, que apesar de devoto, mantinha casos extraconjugais. 
Mais tarde, a esquadra espanhola foi reconstruída parcialmente e ainda naquele mesmo século houveram outras tentativas frustradas de submeter a Inglaterra, antes do declínio do poderio naval luso-espanhol, que  aos poucos perdeu seu lugar para os britânicos.
Mas, para os perseguidos religiosos da Europa, este episódio foi tomado como um sinal claro, mostrando de que lado estava Deus...

Análise:
Embora a operação tenha sido planejada de forma bastante minuciosa e aparentemente houvesse recursos materiais para leva-la a cabo, nem todos os fatores envolvidos puderam ser avaliados.
A conversão de navios mercantes em vasos de guerra foi uma experiência mal-sucedida, que comprometeu o desempenho da esquadra, limitando seu poder de fogo, no momento crucial da batalha.
Artilheiros experientes não são feitos da noite para o dia, e  o aumento do número de canhões da esquadra criou uma situação em que soldados regulares passaram à condição de artilheiros improvisados e inexperientes, sem a necessária eficácia.
As táticas consagradas pela marinha espanhola de abordagem e captura dos barcos inimigos se revelou inadequada, pois os ingleses, com navios mais manobráveis, conseguiram evita-las, recusando o combate corpo-a-corpo, a não ser quando estavam em vantagem.
O levantamento do teatro de operações também deixou muito a desejar, pois o ponto de encontro com o exército de Parma se revelou um local inadequado para atracar, devido ao calado dos navios totalmente carregados.
As condições meteorológicas, fundamentais para a operação de veleiros, teriam que ser conhecidas e consideradas, pois afetavam até a viabilidade da ação.
Fora isto, as condições de higiene e saúde existentes nos navios daquela época eram sabidamente insalubres, e comprometiam quaisquer operações que implicassem na permanência prolongada a bordo.
Possivelmente, todos esses fatores negativos concorreram para neutralizar a superioridade numérica da Armada e causar o seu insucesso.
Referências:
Wikipédia: Francis Drake, Mary Stuart, Felipe II
Priceless Relics of the Spanish Armada (National Geographic, June 1969)
The World of Elizabeth I (National Geographic, November 1968)
Notas:
1 - Este é um assunto que me fascina desde criança, quando li numa revista em quadrinhos uma história baseada nos feitos de Sir Francis Drake, que falava do confronto com a Invencível Armada. 


2 - As datas citadas aqui estão conforme o calendário gregoriano, já usado na época pela Espanha. Algumas obras podem divergir, por citarem as datas no calendário juliano, ainda usado pelos ingleses naquela época. Neste caso, as datas estariam 10 dias mais cedo.

31 comentários:

  1. Leonel,
    Ótima pesquisa, desenvovimento do tema excelente e conclusões brilhantes. Eu já conhecia um pouco essa história, mas só agora consegui captá-la totalmente, você fez um trabalho completo e inspirado. Parabéns, fico feliz em seu ser teu leitor.

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  2. Leonel,

    Tive o imenso prazer de em 2004 passar 21 dias na Espanha. Amei. Fui no Palácio Real em Madrid e lá existe um Museu com armas de diversas guerras, bem como roupas de cavaleiros. Incrível! Fui também ao El Escorial, irias ficar fascinado! Ainda nesta viagem fui a Belem, porto perto de Lisboa de onde sairam vários navios para várias guerras e para vários desbravamentos de terras além mar! Adorei teu post!

    Beijinhos

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  3. - A Invencível Armada.
    - O Invencível Exército de Napoleão.
    - O Inafundável Titanic.
    - A Raça Ariana Suprema.
    - As Usinas Nucleares 100% Seguras...

    - A gente não aprende nunca...
    - Mesmo assim, me arrisco a dizer:
    - "O Inimitável Leonel Rodrigues"...
    - Parabéns. É cem! Abração.

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  4. Leonel excelente recorte na história e análise dos acontecimentos. Vc daria um excelente professor de história.
    Mesmo os grandes conquistadores se fecham em mundos pequenos. Quando visitei o Monastério em El Escurial, na Espanha, vi que apesar de uma gigantesca estrutura de granito, um palácio maravilhoso, Felipe II dormia e morreu também no mesmo quartinho de poucos metros quadrados, que constata enormemente com o resto do palácio.
    Adorei!Acho que os jovens de hoje precisavam se deixar impressionar por grandes biografias, heróis e fatos relevantes. O mundo fica mais pobre a cada dia.
    Beijos,
    Carla Fernanda

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  5. Deixo sim Leonel fechada a gaveta. Você sempre sábio. O que é bom faz parte do que somos. Deixa guardado. Serve para fazer poesia...kkkkk

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  6. É Leonel... dessa vez ocê me pegou!
    Não sabo comentar isso pusquê veja bem, Quando visitei El Escuriau-au na Espanha drênto da mala da FÊ-ssora Carla num deu pra vê nada!! E no dia em que fui a Madri, com a Sandra fiquei cum medo dos touros e não saí da sua pochétzinha... E já que o Barcellos afundou o Titanic e dimuliu o exército do Napoleão.... Acabei querendo fazer sabe o que... ? Dentre os -16.000 soldados,
    8.000 marujos,
    2.000 operários (prisioneiros e escravos) nas galés,
    1.500 cavalheiros e outros voluntários. "Tu não notou que tinha um Macaco Zucrineiro fazendo bardinagem e Zuando com todo mundo?"..
    Era IEU... hehehehe AVACAGÁ...... hehehe

    Deussssssssskiajude
    Tatto

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  7. Vim encontrar aqui, uma excelente aula de História, uma das minhas diciplinas preferidas, quando era estudante. Hoje, continuo apaixonada pela História- "conhecer o passado, para viver o presente e sonhar com o futuro".
    Adorei e...acho que vou ficar tua "aluna"!|
    Beijo e bom fds
    Graça

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  8. Meu amigo!
    Fascinante esta parte de História do homem!
    Já tinha conhecimento de parte desta Historia, mas muito escassa! Agóra me deste a oportunidade de a conhecer profundamente. Coisas assim me ensinam e me fascinam lêr.

    Um abraço e bom fim de semana.

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  9. Oi Leonel
    Vamos trocar figurinhas?
    Manda email pra mim

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  10. Impressionante a riqueza de detalhes, o esmero que sempre se encontra nas tuas postagens, Leonel. História bacana. Viajei aí, só não afundei navio algum...

    Beijos.

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  11. Leonel ....pois é....também cheios de pimenta e sal né? Que que vc queria...kkkk
    Mais falando sério do seu Drake, lembrei-me do Mandrake dos quadrinhos e que também é muiiiito bommmmm. Meu pai comprava todas do Mandrake, Fantasma, Tex e Ken Parker....acho que até viraram uma espécie de clássicos.
    Bom sábado com bastante sal e pimenta.

    Carla Fernanada

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  12. Nem sempre eu faço isto mas...

    Jair, merecer reconhecimento de alguém com tantas “horas de biblioteca” como você é sempre uma satisfação!

    Sandra, fico com inveja ao saber que você esteve ao vivo nesses lugares históricos!

    Barcellos, é isso mesmo: o Reich Milenar, as fortalezas-voadoras, os supercouraçados, mitos que mais cedo ou mais tarde acabam caindo!
    Em relação a mim, sei que é apenas uma brincadeira...isto não cai nunca!

    Carla Fernanda, um dos meus sonhos em determinada época era ser professor-pesquisador de história! Hoje, pesquiso pelo prazer de tentar chegar pelo menos perto das verdades históricas, que às vezes são um pouco diferentes do que consta nos livros. Também me deixastes com inveja por ter visto o ambiente onde Felipe II vivia!
    Eu também gostava do Mandrake, e por isso me interessei de ler sobre o Francis Drake, que bem que fez suas mágicas!

    Xipan Zéca, na verdade, eu omiti um detalhe: é que um safado dum macaquinho, mascote de um nobre espanhol, fugiu da gaiola, foi no porão e tirou a rolha do fundo do barco! Daí o galeão afundou e os ingleses ganharam a batalha! O f...do bichinho ficou boiando no mar em cima de um caixote, foi recolhido pelos ingleses, e se tornou pet da rainha Elizabeth!

    Graça, seja bem vinda! Eu vivo sonhando com o passado e com o futuro, e nos intervalos, também vivo no presente! Espero que gostes das minhas outras postagens!

    José, é sempre um honra te receber ! Fico feliz de saber que alguém do outro lado do oceano gostou deste resgate da história!

    Ise, já respondi por e-mail.

    Milene, que bom que você gostou, nem precisava mesmo afundar nenhum navio, pois a natureza se encarregou de afundar a maioria!

    Abraços a todos e obrigado pela visita, com ou sem comentários!

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  13. Olá meu amigo!
    Só voltei para lhe recomendar o meu primeiro capirtulo lá no "Transpondo Barreiras", pois acrescentei porque levaria muito tempo para contar filme da minha vida. Volta lá, não é preciso comentar.

    Um belo Domingo.

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  14. Ah...Cheguei atrasada! Você já encerrou os comentários, com sua resposta. Mas, mesmo assim, valeu a pena vir, econtrei um relato minucioso, mas objetivo e claro, sem ser tedioso. Adoro essas histórias que chamo de "capa e espada"; filmes, então, nem se fala. Adorei seu jeito de relatar histórias.Parabéns!

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  15. Maria Emília, aqui ninguém chega atrasado!
    Eu procurei resumir a história, que é muito extensa, para não ficar tediosa.
    Mas com cuidado para não ficar sem sentido!
    Abraços!

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  16. Hola Leonel,

    me encantó leer esta lección de História que nos has regalado.

    Gracias amigo.

    Te dejo saludos argentinos,

    Sergio.

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  17. BOM DOMINGO LEONEL!!
    COM PROMESSAS DE CHUVA AQUI EM ARACJU!
    AH! MINHA MAMÃE ERA PROFESSORA DE HISTÓRIA E CONTAVA TANTAS COISAS PARA A GENTE. TAMBÉM GOSTO!
    CARLA FERNANDA

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  18. É meu amigo, sempre que venho saio carregada de conhecimento. E como já lhe disse - de outra vez - essas aulas são prazerosas. Quem dera os profs de história ensinassem assim...com paixão!
    Beijuuss n.a.

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  19. NOssa!!! Vc é o "cara" em matéria de conhecimento.
    Obrigada pela visita em meu blog, vc é o leitor número um. Bjs

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  20. Alô, Sergio, meu poeta e espadachim das palavras!
    Que bom saber que gostastes! Estes fatos devem ter inspirado também os poetas da época!
    Quando tentava resumir os fatos, eu pensava na tua capacidade de ser objetivo e dizer muito com poucas palavras!

    Boa semana, Carla! Aqui o calor voltou!
    O meu pai não era professor, na realidade nem completou o primário, mas gostava muito de ler e lia para mim e para minha mãe relatos sobre a II Guerra e sobre revoluções, e me despertou o gosto pelo conhecimento da história.

    Regina, eu tive em Porto Alegre, no ginasial, dois professores de História que eu nunca esquecerei, pois eles faziam suas atividades com paixão, como você falou. Um deles, que era advogado, promovia debates e julgamentos de figuras históricas, para que observássemos todos os aspectos de cada acontecimento histórico. O outro quase sempre levava para a sala de aula um livro intitulado “Deuses, Túmulos e Sábios”, e lia para os alunos trechos que falavam de fatos novos e inusitados sobre acontecimentos da história da antiguidade, diferentes dos livros didáticos. Eles me inspiraram ao ponto de eu pensar em me tornar professor de História.

    Mariza, este assunto, como eu relatei no final do texto, me fascina desde criança, o que me levou a pesquisar e querer compartilhar com vocês esta passagem épica, que merecia até um filme! Eu gosto muito do teu blog porque ali sempre encontro realizações positivas!

    Eu gostei muito de escrever este resumo, e mais ainda de ouvir as opiniões carinhosas de vocês!
    Boa semana para todos, amigos!

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  21. Obrigada amigo!
    É uma vontade que bate e tem que sair algo. Apenas obedeço...kkkk.
    Ah e mudei a foto do meu perfil.
    Carla Fernanda

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  22. Olá boa tarde!

    Passando pelo seu blog através do blog da prof Carla.

    Muito bom tudo que pude até agora absorver!

    Prometo voltar!
    Convido vc a conhecer o Alma do Poeta!

    Um abraço!

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  23. Leonel obrigada!
    Boa tarde!
    Carla Fernanda

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  24. Voltei...
    Eu to lendo, calma que eu to lendo, rsrsrs mas vim aqui um pouquinho pra dizer que voce desta vez andou lavando roupa suja demais, kkkkk Dizem que roupa suja se lava em casa, rsrsrs
    Eu to la na parte que a prima da Escocia quer matar a sua prima Elisabeth, porque uma era protestante e a outra se aliou ao Felipe ali que ao observa-lo achei a boca dele feia demais, kkkkk
    E outra se eu vivesse nesta epoca, me convrtia tranquilamente, pra nao morrer, rsrsrs

    Eu vim aqui porque senti saudade e também porque olha so eu fui la no Xipan e li seu comentario e vim aqui perguntar o que aconteceu mesmo? Eu vi mas so lembro que parte da America esta toda destruida, rsrs
    Voce falou assim: Lembra da zona proibida do filme O PLANETA DOS XIPAN ZÉCAS?
    Eu assisti a serie, assisti o primeiro filme e depois assisti um que quando terminou parecia que fariam outro. Mas que eu saiba nao fizeram.
    Como chamava aquele ator do primeiro filme?

    Elenco do ultimo: Mark Wahlberg é Leo Davidson
    Tim Roth é General Thade
    Michael Clarke Duncan é Attar rsrsrs olha eu nao sabia nao viu eu copiei pra te fazer impressao, kkkkkk
    Olha so como esta vazia as informaçoes ali na Wikipédia, acho que voce tem de ir la e dar um pouco de seu saber, rsrsrs
    Beijos vou continuar lendo...

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  25. Esqueci de postar o link, rsrsrs
    http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Planeta_dos_Macacos

    Veja la o quanto esta vazia as informaçoes.
    Beijos

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  26. Li até na hora da batalha... depois eu leio mais porque eu quero ler e aprender, rsrsrs

    Leonel eu nunca fui boa em historia, nao tinha paciencia com o passado, par mim o que passou passou, rsrs tanto que la no meu perfil eu falo sobre isto, rssrs e voce esta fazendo isto mudar na minha cabeça, porque eu to gostando de ler e melhor aprender para depois poder falar para amigos, kkkkk
    To gostando de ver o jeito deles agirem e o quanto um grupo de pessoas(membros do governo)do Pais tem a capacidade de raciocinar com maior esperteza e inteligencia que um outro Pais. Onde ja se viu levar aquele monte de biscoito, kkkkk trigo misturado com agua pesa pra caramba, rsrsrs
    Amanha eu vou ler o restante.
    Beijos vou dormir, pois aqui a diferença de horario agora ficou grande demais, atualmente sao 5 horas a mais aqui, e eu to caindo de sono... Boa noite!

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  27. Muito bom seu espaço literário, é muito importante manter a História viva, gostei muito e já sigo seu blog.Se puder visite meu blog.

    http://umcoracaoqueama.blogspot.com

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  28. OBRIGADA AMIGO!!
    JABOTICABA DEMORA BASTANTE, ALGUNS ANOS PARA DAR FRUTOS. ESPERE E COM CERTEZA TERÁ JABOTICABAS TÃO BELAS QUANTO AS MINHAS.
    CARLA FERNANDA

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  29. Parabéns pela síntese muito bem elaborada deste conflito do século XVI, que se fosse vencido pela Espanha, provavelmente teria mudado a História do mundo. Ainda mais se levarmos em conta o papel da Igreja Católica naquela ocasião, onde aliados estreitamente à Coroa espanhola, poderiam influenciar o mundo de forma decisiva, e infelizmente o atraso nas conquistas sociais, politicas e científicas seriam ainda muito maiores. Então muito bem-vindo foram aqueles fatores que decidiram a guerra.

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  30. Gostei muito da sua página, e por isto estou me adicionando. Escrevendo a história da minha família (família Spínola) acabo de passar pelo tópico em que MARCELO SPÍNOLA, nas cerimônias de sua aposentadoria é condecorado com a Gran Cruz de San Hermenegildo pelos serviços prestados à nação. Viverá em San Fernando até a sua morte em 1836.
    Creio que Fabrício Spínola, ao qual se refere, foi outro capitão a receber a cruz de malta, pois este navio afundou em 1588, isto é quase 300 anos antes do outro comandante receber a Cruz. Não tenho referências a este Fabrício Spínola. Se souber de algo a respeito poderia comentar no meu blog, por favor? O capitulo a que me refiro é o CCLVIII. O endereço é - http://lacosdesanguegenealogy.blogspot.com.br.
    Obrigada

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    1. Neuza, não consegui acessar o endereço do teu blog, pois ele muda para outra página logo depois de aparecer. Com relação a Fabrício Spínola, comandante da galeaça Girona, existem referências em:

      http://davidjohnewart.com/spanisharmada/Armada_Shipwrecks.htm

      Ao que parece, consta que ele era genovês, como teus antepassados, devendo possivelmente ser um deles.
      No site:

      http://www.historicjewelleryreproduction.co.uk/Categories.aspx?PPCId=6551
      existem ofertas de réplicas da condecoração que foi recuperada dos destroços do navio.
      Obrigado por comentar no meu blog.

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