FRASE:

FRASE:

"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

AOS AMIGOS DA BLOGSFERA

Amigos blogueiros e visitantes:

Acredito que tenham percebido minha ausência nos seus blogs nos últimos dias.
E também meu último post "congelado" por tantos dias...
Por motivos alheios à minha vontade, tenho estado afastado desta blogsfera, onde encontrei tantas almas amigas.
Mas, aos poucos, irei voltando a postar e a comentar as matérias publicadas pelos amigos.
Também explicarei melhor o que se passa...
Espero que me perdoem pela ausência não-voluntária!
Abraços carinhosos a todos!

sábado, 7 de janeiro de 2012

FILME: A ORIGEM

Hollywood despeja anualmente uma torrente de filmes de ficção-científica, muitos sobre temas redundantes, alguns repetitivos, outros medíocres. Alguns até começam bem, mas depois parecem perder o fio da meada e caem nos velhos clichês, outros dão a impressão de que a produção brigou com o roteirista no meio do filme, e contrataram outro para dar um final na história!
Mas, de vez em quando, surge uma abordagem inusitada e bem feita, onde a coerência é mantida do princípio ao fim.

A ORIGEM (Inception – EUA – 2010 – 148 min. - Cor) tem, na minha opinião, os requisitos para tornar-se um verdadeiro cult.
A direção é do anglo-americano Christopher Nolan, de O Grande Truque (The Prestige), Amnésia (Memento), Batman Begins e Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight), que também é co-produtor e o autor do script.
Dom Cobb (Leonardo Di Caprio) e seu parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt) trabalham para uma empresa especializada em espionagem industrial chamada COBOL Engenharia.

Arthur (Gordon-Levitt) e Cobb (Di Caprio): parceiros na invasão do subconsciente alheio.
Sua função é sequestrar pessoas e induzi-las ao sono com sedativos para, com o auxílio de uma estranha e sinistra engenhoca, força-las a compartilhar de seus sonhos.
Seu objetivo é, durante o desenrolar deses sonhos dirigidos por Cobb, induzi-las a revelar-lhe segredos de sua vida real.
Os alvos são dirigentes de megacorporações rivais, cada um querendo descobrir os segredos do outro.
Mas, a farsa tem que ser bem feita, pois suas vítimas podem já terem sido instruídas sobre suas técnicas e  perceberem que estão em um sonho. Neste caso, pode ser necessário inserir um sonho dentro de outro, para confundir ainda mais a vítima em potencial.
A técnica envolve toda uma equipe, incluindo o arquiteto Nash (Lukas Haas), que deve “construir” mentalmente os cenários dos sonhos, o encenador de personagens Eames (Tom Hardy) até o químico Yusuf (Dileep Rao), para preparar e dosar os sedativos.

Na equipe de viajantes do subconsciente, cada membro tem uma função definida.

E existem peculiaridades: na escala dos sonhos: o tempo anda mais acelerado e 5 minutos no tempo real podem equivaler a uma hora num sonho.
Quando se insere sonhos dentro de sonhos, em camadas, a coisa cresce de forma geométrica e num terceiro nível de sonho, algumas horas de sono no tempo real podem equivaler a até mais de 50 anos no sonho, ou quase toda uma vida!
Devido a uma falha do arquiteto Nash, Cobb é descoberto tentando arrancar os segredos do megaempresário japonês Saito (Ken Watanabe), diretor de uma grande corporação, e passa a ser perseguido pela sua própria empresa.
Numa reviravolta, Saito tenta contrata-lo para eliminar uma empresa concorrente, e acena com uma proposta para retribuir pelos serviços resolvendo um problema legal que impede Cobb de regressar aos EUA e rever seus filhos.
Cobb acaba aceitando e tem que formar uma nova equipe. Para isto consegue persuadir a jovem estudante de arquitetura Ariadne (Ellen Page), que fica fascinada pela capacidade criativa que pode desenvolver na construção dos cenários dos sonhos.
Mas, logo ela descobre o que os outros membros já sabiam: Cobb tem sérios problemas pessoais com a esposa Mal (Marion Cotillard), que interfere negativamente em todos os seus sonhos, e acaba pondo em risco a missão.

A esposa Mal (Marion Cotillard) é um problema adicional para Cobb.

Primeiro ele tem que resolver seus traumas pessoais, para depois levar a termo os propósitos do acordo com Saito, que resolve também participar pessoalmente do grupo.
Também integram o elenco Tom Berenguer e Michael Caine.
A trama é envolvente, e coisa rara, me faz esperar por uma sequência!

A Origem recebeu o Oscar nas categorias:

Melhor Fotografia
Melhor Edição de Som
Mixagem de Som
Efeitos Especiais

E ainda foi indicado para: Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Trilha Sonora Original e Melhor Direção de Arte,

O andamento do filme nunca deixa o espectador entediado, mas é aconselhavel que escolha uma boa hora para assisti-lo, pois qualquer interrupção ou desatenção poderá faze-lo perder detalhes relevantes para a trama. Apesar da duração de 2:28 h, nada no filme é “enchimento de linguiça”, e sempre algo de importante está acontecendo.
O DVD está nas locadoras, mas também pode ser adquirido nas principais fornecedoras por custos entre R$16,90 a R$ 20,00.
Não vou falar dos P2P...


Nota(1):Esta postagem era para ser publicada amanhã, dia 08, mas acidentalmente, quando fui "visualizar", o vinho fez efeito e acabei clicando em "publicar postagem"...E não sei como desfazer sem receio de perder tudo...

Nota(2): Este filme serviu de inspiração para o episódio 16 da 23ª temporada de OS SIMPSONS, onde um cientista meio maluco conecta toda família a uma máquina para compartilhar os sonhos de Homer e descobrir por que ele está molhando a cama durante o sono...

TERNURA NA BLOGSFERA

Um pouco tardiamente, por motivos de força maior, venho me manifestar sobre a carinhosa homenagem que me foi prestada pela minha querida amiga, a escritora e poetisa Severa Cabral, do blog FOLHAS DE OUTONO, em 03 de janeiro.
Eu já falei que uma das coisas inesperadas que eu encontrei ao iniciar este blog foi a forma como se estabelecem afinidades e amizades neste mundo virtual.
E uma das mais recentes foi com esta criatura alegre, sensível, talentosa e carinhosa que habita um blog cheio de música e cores, onde costuma aparecer quase sempre em contato com a natureza.

Severa Cabral: talento e ternura na blogsfera...

Desde os primeiros contatos, pude perceber que ela trata com muita atenção os seus leitores e sabe cativa-los com relativa facilidade, em função de sua simpatia e simplicidade.
Alguns de seus textos e entrevistas mostram que ela foi uma dessas pessoas que durante o decorrer da vida enfrentou desafios e obstáculos, que só fizeram torna-la mais forte e humana. A resistência e a coragem de que necessitou pra enfrentar as dificuldades não a fizeram contudo perder a ternura e a sensibilidade, coisas marcantes nesta mulher guerreira.
Sobre o meu post anterior, DIVAGAÇÕES SOBRE A SAUDADE, ela me presenteou com um belo poema, que pode ser visto no seu blog, entre outros mimos com os quais ela me paparicou.
Que dizer sobre alguém assim?
Eu já falei sobre o paralelo entre ela e os meus dois cajueiros, lembranças da bela região Nordeste, onde ela habita e onde passei significativa parte da minha vida. Pois se aqueles me trazem os frutos, ela também me brinda com seus belos textos e demonstrações de carinho, frutos da sua ternura.
Resta apenas agradecer pela honra e pela realização de ter sido homenageado por alguém tão especial!
Obrigado, Severa, mil beijos!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE A SAUDADE

(Minha desengonçada e curta análise de um sentimento contraditório, sem querer plagiar as pessoas bem mais talentosas que já escreveram sobre este mesmo tema.)


Sentir saudade de lugares onde nunca estivemos, de amores que nunca vivemos, de pessoas que nunca conhecemos...
Sentir saudades de falsas lembranças...
Sentir saudades de momentos que hoje nos parecem especiais...
Momentos que ficaram congelados nas dobras do tempo, acessíveis apenas para os que habitam as dimensões superiores à nossa...
Momentos que nem nos pareceram tão bons...
Momentos que hoje lembrados nos fazem pensar o quanto éramos felizes e não sabíamos...
A saudade muitas vezes é usada para ilustrar situações melancólicas, como uma causa do sofrimento e da dor. Mas isto me parece uma falsidade e uma calúnia!
Pois só sentimos saudade dos momentos bons, reais ou imaginários.
Como a lembrança de coisas boas pode nos causar dor?
Certamente não é por culpa da saudade.
O que pode nos causar a dor é a comparação com a situação atual, se esta for menos gratificante do que aquela que recordamos.
Este conflito é que pode nos deixar tristes, por estarmos vivendo este momento, e não aqueles das lembranças.
Mas, a lembrança de bons momentos os faz reviver, e isso é reviver boas sensações.
Nossa limitação para transpor as barreiras do tempo é que nos deixa frustrados.

A angústia vem da sensação de perda, a quase certeza de que não viveremos mais momentos como aqueles.
A visão daquela borboleta colorida saindo do casulo num recanto do jardim...o peixinho prateado saltando da água, fisgado no nosso anzol...aquele beijo de improviso, ansioso, despreparado e nervoso... o primeiro e esganiçado choro de um bebê...o gol num chute certeiro, acertando no lugar certo e estufando a rede...A sensação da primeira saída sozinho no seu próprio carro, com as pernas bambas...a emoção ímpar de ver seu nome numa lista dos aprovados, entre tantos candidatos...
Cada um tem os seus momentos para recordar e sentir saudade...
Até mesmo momentos imaginários...