Para mim, um filme sobre um tema interessante, bem dirigido, com um roteiro livre de certos lugares-comuns e interpretado por atores convincentes. Outros fatores ajudam, como a trilha sonora, a fotografia e o andamento (alguns chamam timing).
Entretanto, tem filmes com elencos magníficos, bem dirigidos e produzidos, premiados e reconhecidos, que eu já vi, aprovei, mas não quero ver de novo!
Por que?
Porque me deprimem, me deixam com raiva ou revolta e a expectativa é por um final trágico. Em alguns casos, o pior é saber que foi tudo verdade e aconteceu assim mesmo!
Alguns são bem feitos demais!
Aqui estou falando de cinco deles, os de melhor qualidade que eu me lembro, alguns até possuo o DVD, mas não voltei a assisti-los.
Aqui estou falando de cinco deles, os de melhor qualidade que eu me lembro, alguns até possuo o DVD, mas não voltei a assisti-los.
Estranha coincidência: três desses filmes são com John Malkovich, ator que eu considero excelente, e que geralmente escolhe atuar em filmes de boa qualidade, como estes três citados.
Spartacus – (Spartacus – 1960)
Produzido por Stanley Kubrick (2001 – Uma Odisséia no Espaço) o filme tem no seu elenco Kirk Douglas, Laurence Olivier, Jean Simmons, Peter Ustinov, Charles Laughton e Tony Curtis.
Recebeu 4 Oscars: melhor ator coadjuvante (Peter Ustinov), melhor direção de arte colorida, melhor fotografia a cores, e melhor figurino colorido.
Baseado no livro de Howard Fast, o filme é sobre o líder de uma revolta de escravos do império romano, lá por volta de 73 A.C., que mobilizou quase cem mil homens em armas.
O nobre romano Crassus é encarregado de combate-lo, após diversos cônsules serem derrotados. Crassus usa de métodos cruéis até mesmo com seus próprios soldados.
E como naquela época nada era politicamente correto, os escravos acabam derrotados pelas legiões romanas.
E o destino do pobre Spartacus (Kirk Douglas) é o pior possível: primeiro tem que duelar até à morte com o filho de seu melhor amigo, já falecido, cuja guarda lhe fora confiada. Quem vencesse, seria crucificado, suplício que causava uma morte lenta e dolorosa. Para evitar que o rapaz seja crucificado, ele o mata. Depois, pendurado na cruz, ainda fica sabendo que seu próprio filho será criado como se fosse filho de Crassus, e será educado para considera-lo um bandido! E para completar, seu algoz ainda fica com sua esposa, a leva para assistir ao seu suplício, e ela parece indiferente à sua dor e feliz por estar desfrutando mordomias ao lado de Crassus!
Os Gritos do Silêncio – (The Killing Fields – 1984) - (Em Portugal: Terra Sangrenta)
Esta produção inglesa recebeu os Oscars de melhor ator coadjuvante (Haing S. Ngor), melhor fotografia e melhor edição.
Haing S. Ngor recebeu também o Globo de Ouro, na mesma categoria.
Dirigido por Roland Joffé, tem no seu elenco Sam Waterson (Law & Order), Haing S. Ngor, John Malkovich, Julian Sands e Craig T. Nelson.
Uma história real sobre o drama de um repórter cambojano, durante a ascensão do ditador comunista Pol Pot. Este regime sanguinário exterminou um percentual significativo da população do país, começando pelos inimigos públicos, “as elites”, ou seja as pessoas com curso superior, como os profissionais liberais e professores. Alguns responsáveis por crimes menores, como o de ser alfabetizado, foram condenados a trabalhar em roças de arroz, tudo sob a vigilância de adolescentes analfabetos armados com fuzis automáticos, com carta branca para fuzilar qualquer um que lhes desagradasse, ou que olhasse para o lado! Uma das cenas mostra uma brincadeira que os garotinhos gostavam de fazer: espetavam uma maçã na baioneta de um fuzil e levavam para que os prisioneiros famintos, andando de quatro, tentassem abocanha-la. Quando estavam conseguindo, eles apertavam o gatilho...Legal, né?
Ligações Perigosas - (Dangerous Liaisons -1988)
Um elenco com John Malkovich, Glenn Close, Michelle Pfeiffer, Keanu Reeves e Uma Thurman, em excelentes interpretações em uma trama bem escrita e magnificamente adaptada de uma peça de teatro, dirigida por Stephen Frears .
Recebeu seis indicações para o Oscar e venceu três:
Melhor roteiro adaptado (Christopher Hampton), melhor figurino (James Acheson) e melhor direção de arte (Stuart Craig, Gérard James), além de diversos outros prêmios.
Uma trama sórdida que destaca o quanto de mal pode ser feito por pessoas más, e como a maldade pode subverter o mais nobres sentimentos. Um casal de pervertidos mal-intencionados usa um casal de jovens apaixonados como objeto de aposta, de forma destrutiva e maldosa.
Odioso, pois ressalta o quão vulnerável as pessoas inocentes podem ser diante da maldade gratuita.
Grande produção franco-americana, dirigida por Luc Besson, com Milla Jovovich, Dustin Hoffman, John Malkovich e Faye Dunaway.
Recebeu o prêmio César da academia francesa como melhor figurino e melhor edição de som.
No séc. XV, tentando por um fim à Guerra dos Cem Anos, um tratado entre França e Inglaterra, atendendo a inúmeras confluências feudo-políticas, estabelece que, após a morte do rei da França, ela passará a ser governada pela coroa inglesa. Entrtanto, ambos os reis morrem na mesma época e o herdeiro inglês é um bebê (Henry VI). Os franceses resolvem lutar pela sua integridade, contrariando o tratado e enfrentando os ingleses e os povos germânicos aliados destes.
Quem se destaca nesta luta a favor da França é uma jovem devota religiosa, Joana D' Arc.
A mocinha pura, valente e patriótica, porém analfabeta e ingênua, luta com coragem e honestidade pela sua França. Entretanto, não podia entender nem vencer as tramas e os nojentos desvios da política, com seus interesses escusos, usando a vida da heroína como moeda de troca de favores.
Acaba se tornando inconveniente para o poder e é traída pelos sórdidos políticos, que visam apenas seus interesses (como aqueles que conhecemos) e veem nela uma chance para fazer acordo com os ingleses, que a querem morta. E como se sabe, ela foi condenada à uma morte terrível, sendo queimada viva em 30 de maio de 1431.
Revoltante e verdadeiro!
Gladiador – (Gladiator - 2000)
Dirigido por Ridley Scott, com Russel Crowe, Joaquin Phoenix, Connie Nielsen e Oliver Reed.
Nos EUA, recebeu 5 Oscars: melhor filme, melhor ator (Russel Crowe), melhor figurino, melhores efeitos especiais e melhor som, além de diversos prêmios em outros países.
Um grande épico, retratando a trajetória do general romano Maximus (R. Crowe), no reinado do imperador Marco Aurélio. O imperador manifesta o desejo de torna-lo seu herdeiro, mas seu filho Commodus ( J. Phoenix) mata o próprio pai e e assume o trono. Depois, desgraça a vida do seu concorrente, massacrando brutalmente sua família e transformando-o em escravo e gladiador.
Quando finalmente Maximus confronta seu covarde inimigo, é previamente ferido de morte, indo enfrenta-lo na arena já moribundo e condenado.
Muito triste! Dá vontade de entrar na arena e decapitar o maldito Commodus!
Esses grandes filmes são os meus prediletos para não assistir, apesar de seus méritos! Talvez eu pudesse incluir também Onde os Fracos Não Tem Vez - (Em Portugal: Este País Não é Para Velhos) - (4 Oscars), mas este nem é um filme que eu tenha apreciado muito.
Agora, perguntem quantas vezes já assisti O Feitiço do Tempo, O Diário de Bridget Jones, 2001 – Uma Odisséia no Espaço, O Resgate do Soldado Ryan, De Volta Para o Futuro, 1984, Adeus às Ilusões, Tora!Tora!Tora!, Blade Runner ou Enigma de Uma Vida?
Em tempo: recomendo assistir a qualquer um dos cinco filmes citados, pelo menos uma vez! Se quiser, pode até repetir!
Em tempo: recomendo assistir a qualquer um dos cinco filmes citados, pelo menos uma vez! Se quiser, pode até repetir!
Leonel,
ResponderExcluirDe certa forma concordo com você, filmes que nos deprimem é preciso evitá-los ou, se assistidos, não revê-los. Dos citados por você, apenas o Joana D'Arc é muito fantasioso e longe da história real para comover-me. A Joana da vida real era qualquer coisa, menos aquela ingênua e dedicada patriota apresentada no filme, há dúvidas até se ela foi queimada na fogueira mesmo. Quanto ao "Onde os fracos não tem vez" vale pela atuação do Javier Bardem, já assisti mais de uma vez e continuo achando bom. Abraços e parabéns pelo belo texto.
Hola Leonel,
ResponderExcluirsí estoy de acuerdo contigo.
Y me gustan todos los que recomiendas...
Gracias amigo.
Saludos argentinos,
Sergio.
Amigo Leonel....
ResponderExcluirEm minha humírde pinião... Assisto uma bela película e desfruto ao máximo dela, depois é só na lembrança e no imaginário que continuo re-Vendo sempre... Assistir novamente não me seduz!!
Desta tua lista só não vi "Os gritos do Silêncio"....
Abraços
Deussssskiajude
Tatto
And the OSCAR goes to.... LEONEL! Disse antes e repito: Rubens Ewald Filho tá com os dias contados. Leonel, já foi ver o Cisne Negro? Tô aguardando sua crítica enquanto desembolo o nó que deu no meu estômago...aff...intenso, muiiito. Irei revê-lo (para digerir) por mais "deprê" que seja.
ResponderExcluirBeijuuss n.c.
Amigo,
ResponderExcluirEu NÃO gosto de rever um filme. Da tua lista só não vi JOANA D'ARC. Minha filha, ao contrário de mim, adora rever filmes...é um estresse entre nós...rs...eu sempre digo...de novo nãooooooooo....rs
Eu adoro um bom "abacataço" como se diz por aqui, mas repeteco não é comigo!
Prefiro sempre a surpresa! Não gosto de chorar sobre o leite derramado, ou, rir da piada antiga.....gosto sempre do novo!
Beijinhosssssss
Livros e filmes, eu leio e assisto inúmeras vezes.
ResponderExcluirComo sou maníaco por cinema, gosto de atentar para certos detalhes, citações ou mensagens contidas em certas cenas.
Às vezes também dá para perceber as falhas.
E a cada vez que revejo um filme, descubro coisas que haviam me escapado, detalhes que não percebi nas vezes anteriores.
Por isto, tenho uma razoável filmoteca, que guardo para quando ficar gagá ter alguma diversão. Afinal, a essa altura, já terei esquecido de todos os filmes que já vi!
As histórias contadas nos filmes que eu citei, exceto LIGAÇÕES PERIGOSAS, se baseiam em fatos históricos. Entretanto, exceto por OS GRITOS DO SILÊNCIO, cujos protagonistas até há pouco eram vivos e cujas histórias puderam ser confirmadas no século passado, nos outros casos são fatos muito distantes e dos quais existem versões diferentes, de acordo com os interesses de quem contou a história. JOANA D'ARC, para os ingleses, era uma vilã e foi até ironizada por Shakespeare. Para os católicos, foi canonizada como santa.
Na história GLADIADOR, historiadores afirmam que Marco Aurélio morreu de causas naturais, e não assassinado por seu filho.
A história de SPARTACUS também tem algumas alternativas, embora quanto ao triste destino do protagonista, pareça haver um consenso.
Amigo Leonel...
ResponderExcluirUma vez ( falando de séries ), eu assistia LOST e em um dos capítulos comentei com um amigo que também era fanzaço dessa série .. Que eu havia visto o simbolo da organização DHARMA na pele de um tubarão ! Ele riu muito de mim e fiquei mto bravo "phohha" eu naum to louco... rsss Peguei e repeti a cena diversas vezes na fuça dele até que ele confirmou e disse que sou muito atento ao que se refere ao visual.... ACERTOU! SOU MERMO... rsss
Acho que é por isso que dificilmente re-vejo um filme ou serie... Creio que por enquanto ainda acomodo-os em minha cachola, até qdo não sei... rsssss..
Valeu amigo
Deusssssskiajude
Abração do Tatto
Compartilho dessa tua opinião sobre os filmes que nos deprimem. Volta e meia meu irmão vem com um filme sobre algum fato real e eu já vou ver meio desanimada. Mas enfim, acaba sendo um aprendizado.
ResponderExcluirNo filme "Mandela - A Luta pela Liberdade" eu me indignei demais! Como é que pode um ser humano subjugar outros daquela forma? E saber que é real, que aconteceram tantas coisas assim mundo afora e ainda acontecem, me faz cansar.
Concordo com Regina, és um exímio comentarista cinematográfico.
Sigo admirando.
Beijos.
- Leonel, filme, para mim, é entretenimento em primeiro lugar; cultura, eu busco nos livros. Exceções: documentários e os raros filmes do tipo "Apolo XIII", que para mim são a contrapartida na telona de "romances de fato", como "Caçadores de Micróbios", de Paul de Kruif. Esse filme, quantas vezes passe, tantas vou assistir.
ResponderExcluir- E parabéns pelas excelentes resenhas. A Regina tem toda razão. Abraços.
Sou como você, do que eu gosto repito, repito, repito e repito... Adoro filmes comtemporâneos, históricos, românticos e COMÉDIA - adoro rir. Pena que não tenha muito tempo para ir ao cinema e nem para ficar presa na telinha. Você não vai acreditar mas mais de uma vez aluguei filmes que queria ver mas devolvi como veio, pois não tive tempo. Mas este ano espero que seja diferente, pelo menos estou cheia de planos para dar uma desacelerada legal.
ResponderExcluirOi Leonel
ResponderExcluirNum sou muito de assistir filmes não
Vim aqui agradeçer o seu carinho de sempre lá no meu blog
adoro quando vc vai lá pq vc sem saber me incetiva um tantão
bjux
Também procuro evitar filme que me deprimam mas não fujo de um bom filme assistia muito filme nas sessões corujas das tevês hoje tenho assistido menos falando em filme me lembrei de um filme que assisti na década de 1970
ResponderExcluir"A Noite Em Que o Sol Brilhou" mas isso já é outra história. Gosto de sua prosa por aqui devagar vou me acertar e caminhar mais tranquilo po aqui. Um abração amigo!
Amigo Leonel!
ResponderExcluirVi o "Odisseia no espaço" e o "Joana D'Arc", lindissimos. Se tiver oportnidade, e se ainda aparecer nos cinemas, veja o "Avatar". Para mim foi o filme qe mais gostei das centenas qe vi.
Um abraço amigo.
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