FRASE:

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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

domingo, 7 de julho de 2013

ASTEROIDES E NEOS

Quando as coisas ficam pretas aqui na Terra, com manifestações, bate-bocas e vandalismo, políticos tentando enrolar o povo, eu tiro minha nave do hangar e me mando para o espaço.
Este texto, que sintetiza informações da NASA e de de outras fontes, tem  alguns pontos que são pouco conhecidos sobre os asteroides e sobre os riscos que eles podem representar para o nosso planeta.

Asteroides
Asteroides  são corpos celestes rochosos que fazem parte do nosso sistema solar.
A maioria dos asteroides conhecidos estão em órbitas situadas no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter.


A maioria dos asteroides situa-se no Cinturão entre Marte e Júpiter. Os asteroides troianos orbitam nos chamados pontos de Lagrange, à frente e atrás de Júpiter.

As teorias mais aceitas sobre a origem dos asteroides são a de que seriam restos de um antigo planeta, que teria sido desagregado pelas forças gravitacionais de Júpiter, ou que seriam resultado das condensações da nebulosa solar original, que não conseguiram formar um planeta devido às fortes influências gravitacionais de Júpiter.
Os maiores asteroides são Ceres (975 km), Palas e Vesta, ambos com diâmetros de aprox. 500 km. Por terem formato esférico, são considerados planeta-anões.

Ceres: seu formato esférico e tamanho justificam sua classificação como planeta-anão.


Atualmente, estima-se que existam no Cinturão entre 1.100.000 e 1.900.000 de asteroides com mais de 1 km de diâmetro.
O número de asteroides aumenta na medida que decresce sua escala de tamanho. Desta forma, existem milhões de asteroides menores que 1 km.

Asteroides troianos

São aqueles que compartilham órbita com um planeta ou satélite, sem risco de colisão, por se situarem em um dos chamados pontos de Lagrange, locais onde há equilíbrio das forças gravitacionais, 60º à frente ou atrás do planeta/satélite. Júpiter compartilha sua órbita com diversos troianos. A Terra também tem os seus, em menor número.

Objetos próximos da Terra
Chamados pela NASA de NEO (Near-Earth Objects)

São asteroides e cometas cujas órbitas são próximas à da Terra. Seu tamanho varia de 1 metro a alguns quilômetros de diâmetro. É estimado que o asteroide ou cometa que escavou uma cratera de 177 km de diâmetro na península de Yucatan, há 65 milhões de anos, extinguindo os dinossauros, teria 9,6 km.

Caçando NEOs
Devido aos danos que podem causar, os NEOs despertaram a atenção dos astrônomos, que começaram a estudar seu comportamento
A princípio, os astrônomos buscavam objetos maiores que 2,4 km, e encontraram 862. Acreditava-se que aprox. 95% de todos os NEO estavam nesta faixa. Mas, a partir de 1995, passaram a contar também objetos menores, e chegaram a um total de 9.730.
Destes, 1.379 considerados potencialmente perigosos, de acordo com os especialistas do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA, em Pasadena, na Califórnia. Estes têm no mínimo 50 metros e suas órbitas passam a menos de 12 milhões de km da Terra.
Aprox. 155 destes objetos potencialmente perigosos registrados têm no mínimo 800 metros de diâmetro.
Em 2005, o congresso americano atribuiu à NASA o encargo de localizar e rastrear objetos de 150 metros ou mais até 2020. O trabalho tem sido moroso. O orçamento da NASA para esta finalidade permaneceu em 4 milhões de dólares entre 2002 e 2010, mas, foi aumentado para 20,5 milhões de dólares em 2012.
Quanto menores os objetos, mais numerosos eles são. Os astrônomos acreditam ter identificado menos de 1% dos NEOs com 30 metros ou mais (que ainda podem causar um bom estrago).

Novos recursos
A maioria das detecções sido feitas pelos EUA. Três projetos de telescópios estão baseados em território americano: o LINEAR (Lincoln Near Earth Asteroid Research), o Catalina Sky Survey, e o Pan-STARRS (Panoramic Survey Telescope & Rapid Response System).
O Pan-STARRS é o mais novo, e fica na Universidade do Havaí. Lá também está sendo elaborada uma rede de telescópios menores, apelidada ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), para escaneamento rápido dos céus a cada noite. Uma possibilidade futura serão telescópios espaciais infravermelhos dedicados à busca por NEOs. Telescópios infravermelhos tem a capacidade de captar NEOs muito pequenos para serem identificados por telescópios óticos. Se houver verbas, estes artefatos poderão ser lançados pelo final da década atual.

A questão do tempo
Mas, quanto tempo teríamos para nos preparar para um impacto?
Poderemos ter décadas ou mais se o asteroide for grande e suas aproximações ainda forem distantes. Ou não ter tempo algum, como vimos no caso do asteroide Chelyabinsk. Pesquisadores afirmam que se um asteroide for detectado apenas um ano ou dois antes da colisão, talvez a única alternativa para reduzir o número de vítimas sejam medidas de defesa civil, como evacuação da área mais afetada pelo impacto.

Alternativas
Uma das alternativas que têm sido sugeridas para evitar uma colisão seria um rebocador espacial, que poderia utilizar a interação gravitacional entre ele e o asteroide para alterar ligeiramente a velocidade do NEO, de forma que ele chegasse atrasado ou adiantado no ponto de colisão previsto. 

 A nave espacial Enterprise, da série STARTREK, usa seus fasers para desintegrar asteroides. Seria ótimo se tivéssemos algo semelhante.
Mas, segundo os cientistas, seu desenvolvimento levaria décadas e seria efetivo apenas para asteroides com menos de 100 metros de diâmetro.
Outra alternativa seria o emprego de um projétil lançado de uma nave espacial nas proximidades do objeto para reduzir ou aumentar sua velocidade. A NASA e a Agencia Espacial Européia estudam a possibilidade de uma missão demonstrativa, chamada AIDA (Asteroid Impact & Deflection Assessment).
Isto envolveria o envio de uma nave espacial com um míssil até ao asteroide binário Dídimo. O míssil acertaria o menor dos dois asteroides do par, e então faria medições da velocidade de cada um, para avaliar o efeito do impacto.
Como última alternativa, os pesquisadores pensam na detonação de um artefato nuclear para desviar objetos de até uns 3 km de diâmetro. Para objetos maiores do que isto, não existe defesa viável até ao momento, a não ser nossas orações e muito pensamento positivo.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

LIÇÕES A SEREM APRENDIDAS

As manifestações de protesto começaram aparentemente reivindicando contra o aumento do preço de passagens de ônibus em diversas capitais brasileiras. Mas, desde o início, parecia haver uma articulação, a se julgar pela simultaneidade dos movimentos.

Multidão nas ruas de Niterói: cenas semelhantes ocorreram em maios de 80 cidades pelo Brasil afora. Estima-se que um total de mais de um milhão de pessoas foram às ruas. (Foto: O Globo) 

E, aos poucos, as faixas ostentadas pelos manifestantes começaram a mostrar que os aumentos de passagens foram apenas a gota d'água que transbordou o cálice. Havia muito mais coisas por trás do movimento, uma verdadeira revolução branca, causada por diversos fatores que causaram insatisfação:

os gastos astronômicos de eventos como copa do mundo e olimpíadas, enquanto faltam recursos e itens básicos nas áreas de saúde e educação;

a insistência dos políticos em legislar a favor da manutenção da impunidade, quando o povo pede justamente o contrário;

a inflação crescente, ameaçando a estabilidade conseguida com o Plano Real, sem uma ação mais efetiva do governo;

a tentativa do legislativo de se sobrepor aos julgamentos do judiciário;

a proposta de retirar do Ministério Público o poder de realizar investigações criminais, limitando esta atividade exclusivamente às polícias (PEC 37);

e a incoerência de indivíduos condenados em última instância assumirem cargos políticos e até integrarem comissões dentro do legislativo;

o excesso de ministérios (39) que servem apenas para negociar cargos entre partidos aliados, em troca de apoio;

os frequentes casos de corrupção e desvios do dinheiro publico.

E, rapidamente, o movimento foi se alastrando por todas as capitais e cidades maiores do país, levando às ruas um número inédito de pessoas protestando. E aí, alguns fatos transpareceram, como a falta de definição dos protestantes quanto às prioridades das suas reivindicações, e a omissão quase geral dos governantes municipais, estaduais e federais.

Em Salvador, um ônibus incendiado por vândalos: como ocorreu em todas as capitais, ao final das passeatas, desordeiros entraram em ação, manchando a natureza pacífica dos protestos. (Foto: O Globo)
 
Uma das coisas mais positivas deste movimento foi o fato de repudiar a adesão de partidos políticos aproveitadores, que tentaram se infiltrar nas passeatas com suas ridículas bandeiras, prontamente rasgadas pelos verdadeiros manifestantes.
Nas maiores cidades, as tarifas foram reduzidas, atendendo o que parecia ser a reivindicação do movimento, entretanto as manifestações continuaram inflamadas, com outras motivações...

Agência bancária atacada: uma constante ao final de todas as passeatas (Foto: O Globo)

Com o país cheio de jornalistas internacionais que vieram cobrir a Copa das Confederações de futebol, uma semana de passeatas e conflitos sem nenhuma declaração da chefe de estado deve soar estranho para as nações do primeiro mundo. Em qual país aconteceria algo semelhante?

Lições a serem aprendidas:
  1. Pode-se enganar a alguns o tempo todo, ou a todos por algum tempo, mas é difícil enganar a todos por todo o tempo! Até os deslumbrados e inertes brasileiros perdem a paciência com tanto abuso e humilhação, quando a vontade expressa do povo é desconsiderada e desrespeitada pela insensibilidade dos políticos e governantes.
  2. A maioria das manifestações populares começa de forma ordeira e pacífica, liderada por pessoas apartidárias, conscientes e comportadas, fazendo justas reivindicações, e termina com confrontos, quebra-quebras e saques, promovidos por bandos de vândalos, desordeiros e até ladrões e saqueadores.
  3. Os mentores do movimento não tem nenhum poder nem meios de reprimir os vândalos, desordeiros e ladrões infiltrados na multidão. Como identificar alguém num grupo de 40.000 pessoas?
  4. Se nossos eleitores tivessem mais consciência e exigência ao escolher seus candidatos, talvez não tivesse legitimado alguns mandatos inadequados, e essas passeatas seriam desnecessárias... 


A esperança é de que se aprenda a protestar no lugar certo...  
(Foto: Rufano Bombo)

Por enquanto, o único ato concreto da nossa presidente foi adiar a sua viagem ao Japão...
Aguardemos o que vem por aí...

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A MARCHA DO TROMBONE

Os últimos dias mostraram um comportamento atípico do homo brasiliensis: este ser, usualmente tão acomodado e calmo, que só se agitava mesmo quando a questão era futebol, de repente saiu às ruas, supostamente para protestar contra um aumento das passagens de ônibus. 


Mas, será que tudo o que vimos nos noticiários da TV foi mesmo apenas por causa de vinte centavos?

Isto até me inspirou a escrever estas desajeitadas rimas:

Pessoas saem às ruas
Em marchas desesperadas...
Algumas com as mãos nuas
Outras com as mãos armadas...

O que buscam não sabemos
Talvez apenas babados.
Talvez coisas que não temos
Ou deixar de ser roubados.

Talvez uma vida decente
melhores escolas e hospitais
É melhor morrer como gente
Do que viver como animais!

Os figurões se assustaram
Fizeram declarações.
Mas não sensibilizaram
Mentes nem corações.

Pode ser fogo de palha
Só uma farra que rolou...
Ou então houve uma falha
E o gigante despertou...

Mas se isto aconteceu
Ponham as barbas de molho!
Pois se o povo se encheu
Agora é olho por olho!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

VUVUZELAS, CAXIROLAS, MAZELAS E BORRADELAS

A FIFA, em meio às suas mazelas e maracutaias de causar inveja até em brasileiro, finalmente deu um sinal de lucidez, fazendo valer uma regra já existente e proibindo o uso da tal caxirola nos estádios durante a Copa de 2014.


A caxirola, apresentada pelos seus idealizadores.
(Foto:Veja/Abril)
O fato se deveu ao emprego do artefato pela torcida como projétil para visar ao árbitro e aos jogadores adversários, durante a decisão do campeonato baiano, entre Vitória X Bahia, no recém reinaugurado Estádio da Fonte Nova.


No jogo Vitória X Bahia, jogadores e gandulas recolhem do gramado as caxirolas que viraram projéteis...
(Foto:Veja/Abril)

Para quem não sabe, a caxirola é uma espécie de chocalho barulhento, inventado ao que parece pelo músico Carlinhos Brown e logo abençoado pela Presidenta Dilma e pela sua Ministra da Cultura Marta Suplicy, sendo que ambas se entusiasmaram com a ideia de distribuir essa novidade aos torcedores da Copa 2014.
Seria uma tentativa de copiar as chatíssimas vuvuzelas sul-africanas, que atormentaram o público dos estádios (e até aos telespectadores) da copa realizada na África do Sul.
Para que copiar erros alheios?
Acho que já temos mazelas genuinamente brasileiras em número suficiente para aborrecer os torcedores que inadvertidamente vierem o nosso país para ver a Copa do Mundo.

Na Venezuela, quem está sob ameaça é a Eucaristia, segundo informa a BBC:
“A Igreja Católica é a nova vítima da crise de abastecimento na Venezuela. Depois da falta de papel higiênico, começa a faltar vinho para a celebração de missas.


Na Venezuela, até o pão e o vinho da Eucaristia podem ser afetados pela crise bolivariana.
 
A escassez de produtos necessários para a produção de vinho obrigou o único produtor do país a parar de vender para a Igreja.
Críticos acreditam que o problema da escassez no país está ligado ao forte controle estatal da economia e da produção interna insuficiente.
Mas o governo acusa uma conspiração liderada pela oposição e a especulação dos preços pelo problema.”
Um porta-voz da igreja declarou que:
"Os fabricantes de hóstia nos disseram que vão ter que aumentar os preços porque não conseguem encontrar farinha suficiente. O trigo não é cultivado aqui - tudo isso vem do exterior. Um pacote de hóstia custava 50 bolívares (16 reais), e agora custa 100."
O fornecimento de leite, açúcar, óleo de cozinha, farinha de milho - que é usado para fazer a arepa, prato típico da Venezuela - e de itens sanitários, também está sendo afetado.
Na semana passada, os parlamentares venezuelanos aprovaram planos para importar milhões de rolos de papel higiênico, em um esforço para aliviar a escassez crônica.


Haja papel para limpar as borradas políticas...
Ainda bem que por aqui produzimos bastante!
Será que houve um consumo excessivo de papel higiênico para limpar as cagadas deixadas por “el comandante”?

domingo, 26 de maio de 2013

MILENADAS E DOMINGADAS

Eu hoje tentei dar uma “milenada”, ou seja, tentei imitar o estilo de escrever da querida amiga Milene, do blog INQUIETUDE.
Peraí, mas a Milene tem estilo? Ela é notável justamente pela inconstância e pela forma solta e descomprometida com que escreve, sem se preocupar com nada, mudando do céu para o inferno, e do verso para a prosa!
Pois é justamente isto que eu tento aprender: a escrever sobre qualquer coisa, mesmo que seja uma banalidade, e assim mesmo agradar (pelo menos a alguém, espero).

Bela e nublada manhã de domingo...
Ligo a TV só por ligar. Por acaso, estão transmitindo uma corrida de Fórmula Um.
Eu já havia declarado que não assistiria, ou pelo menos não acompanharia mais esta competição, devido às ridículas manipulações de algumas equipes, tirando o brilho da competição entre os pilotos.
Mas, na falta de opção melhor, deixei a TV sintonizada enquanto fazia outra coisa.
Um locutor, que já se notabilizou em nível nacional por falar besteiras, fica narrando, usando um ex-piloto de corridas como cão-guia. Em determinado momento, ele, ouvindo a comunicação entre a equipe e um piloto exclama: “Estão dizendo para o Fulano salvar os pneus”!
Pensei comigo: alguém precisa falar para este energúmeno que “to save” em inglês nem sempre quer dizer “salvar”! Neste caso, é claro que estavam dizendo para o cara economizar os pneus!

 Pelo, jeito, este piloto resolveu "spender" os pneus, ao invés de "salva-los"...

Eu fiquei esbravejando por alguns minutos, mas a emissora deve ter recebido uma enxurrada de e-mails e “twittadas”, pois dali a pouco o cara voltou ao assunto, se justificando: “Eu falei salvar porque neste caso, como o desgaste é grande, tem mesmo é que salvar os pneus!”
(Um pouco depois, o ex-piloto que comentava falou, frisando a forma correta: “...nesta situação, tem é que economizar os pneus!”)
É espantosa a pretensão e a teimosia do indivíduo, insistindo em distorcer as coisas e tornar verdade aquilo que ele quer que seja!
Será que ele não "realizou" que está falando bobagem, com esta pseudo-tradução?
Neste instante, me veio a mente que aquele locutor expressa bem o espírito da própria emissora, que se julga mentora da opinião pública e se especializou em distorcer as coisas, ocultando o que não lhe interessa e destacando o que deseja evidenciar.
Nas notícias, sempre podemos consultar outras fontes, embora nem todo mundo o faça. Mas, eu observo que em eventos esportivos, com a tal “exclusividade”, eles manipulam o que estamos assistindo, a ponto de dizer que o que estamos vendo não é aquilo que estamos vendo! Juram que uma jogada não foi pênalti, quando a gente está vendo por todos os ângulos que foi!
Quem acompanha o noticiário por várias fontes pode ver claramente a omissão parcial ou total de certos eventos, além de interpretações tendenciosas de outros. Outras vezes, algum assunto recebe destaque com a finalidade de marketing, até mesmo para a promoção de novelas da emissora.
Pobre de quem fica exposto diariamente a esta fábrica de manipulação, sem outra opção de consulta!
Bom resto de domingo a todos!

terça-feira, 21 de maio de 2013

OPÇÃO: COMER BARATAS?

A FAO (Food and Agriculture Organization), órgão da ONU para assuntos ligados à alimentação e agricultura, sediado em Roma, liberou na semana passada um relatório onde sugere que a resposta para a demanda mundial por alimentos pode vir da adoção do consumo de insetos na dieta diária.
Segundo o documento:
“...os insetos são ricos em proteína, cálcio, ferro, zinco e gorduras benéficas à saúde.”
Nos mercados asiáticos, insetos e outras coisas, que para nós parecem exóticas, são comuns...
Sabe-se que a maioria dos organismos vivos conhecidos no nosso planeta é constituída por insetos. As espécies classificadas somam em torno de um bilhão. Apesar do tamanho geralmente reduzido, a fertilidade dos insetos é impressionante, e algumas das suas populações são gigantescas.
Espetinhos de grilo são bem cotados na Tailândia...
A questão é: você está afim de encarar uma barata, uma larva de mosca ou uma colherada de formigas? Muitas pessoas responderam que preferem passar fome...
Talvez porque no momento tenham outras opções...
A fome pode ampliar os horizontes alimentares de muita gente!
Aliás, consta que quase dois bilhões de seres humanos, principalmente na Ásia e na África, já se alimentam regularmente de insetos e coisas semelhantes: em países como a Tailândia, a Coréia do Sul, o Vitenã e a China é comum se comer escorpiões e aranhas (que não são insetos), além de larvas de bicho-da-seda, grilos, gafanhotos, para não falar de outros animais como ratos, morcegos, cobras e lagartos.
Vai uma baratinha crocante?


Em algumas regiões do nosso Brasil, já tive a oportunidade de conhecer pessoas que adoravam farofa feita de tanajuras, machos alados de formiga que surgem em grande quantidade, em determinadas épocas.
E há alguns anos atrás, quase todo o mundo torcia o nariz quando se falava em comer peixe cru. Hoje, praticamente não há um bifê de shoping que não tenha sua bandeja de sushi, além dos restaurantes especializados. Claro que muita gente ainda continua torcendo o nariz...
Na revista VEJA, um produtor de insetos, utilizados na fabricação de rações para animais, revela que já experimentou (e gostou) da sua própria produção. Segundo ele, suas baratas são fiscalizadas por órgãos governamentais de alimentação, e alimentadas de forma controlada (nada de baratas pegadas na rua, por exemplo).
Segundo a revista, 14 gramas de baratas desidratadas custam R$ 9,60, o que nos parece ser bem caro.
O produtor responde que:
“É caro mesmo. A farinha de proteína do inseto custa R$100,00 o quilo. Mas, é porque minha produção é pequena, cerca de 1 tonelada por mês. Se eu produzir mais, o preço cairá!”
Perguntado se já comeu da sua produção, respondeu:
“Claro, a gente não pode ter preconceitos. O mais gostoso é o tenébrio, uma larva de besouro. Fica uma delícia quando bem fritinho ao alho e óleo. Meus amigos dizem que tem gosto de camarão. O macarrão com grilo também é bom. A barata não tem um gosto característico, mas fica boa com azeite, para ser servida como canapé. Tem também o grilo coberto de chocolate, que fica crocante. As crianças adoram.”
Como vemos, tudo é questão de costume...
O nojo é apenas mental...

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A LOTERIA DA VIDA

Lá vou eu, em mais uma ridícula tentativa de entender ou explicar coisas básicas que fluem a todo instante...
Algumas pessoas defendem o ponto de vista de que “nosso destino está traçado”, e não podemos jamais fugir dele...
Contudo, por diversos motivos, não posso aceitar essa tese.
Primeiramente, não temos meios de comparar o que aconteceu com o que não aconteceu: não temos formas de saber o que teria acontecido se tivéssemos feito escolhas diferentes em determinados momentos passados.
Simplesmente, não podemos retornar a uma encruzilhada e escolher uma opção diferente daquela já feita, anulando o percurso desde o momento da escolha até agora.
Não podemos voltar a uma "encruzilhada do tempo" e fazer nova escolha...O que está feito, está feito...


Para mim, isto invalida a tese e impede que se chegue a alguma conclusão baseada em experimentos científicos. A partir daí, só nos resta tentar conjeturar por vias filosóficas...
Vejamos então: supondo que nossa linha de tempo é como água correndo pelo leito de um rio já existente, e não importa o que façamos, o fluido seguirá por todas as curvas, até ao fim do curso. Mas, para que somos dotados de livre-arbítrio e capacidade de escolha, se no final tudo vai dar no mesmo?
Se nossas escolhas são nulas, para que nos servem?
Se acreditarmos que o universo não é obra do acaso, teríamos que admitir que, no mínimo, o criador carece de imaginação, nos privando de qualquer possibilidade de escolha. Isto seria um procedimento limitador e restritivo, contrariando a expectativa que temos de uma inteligência superior, sempre buscando criar novas alternativas...
Desta forma, correndo o risco de desagradar a alguns leitores, eu prefiro acreditar que nosso futuro depende do somatório das escolhas que fazemos no presente + as escolhas que os outros seres fazem + o curso de outros eventos aleatórios, completamente fora de nosso controle.
Essa combinação cria situações praticamente imprevisíveis, a não ser para pessoas que sejam dotadas de dons premonitórios, se acreditarmos que tais pessoas existam (me parece que sim).
Assim, acredito mais na suposição de que a vida é como uma loteria, onde apostamos a cada instante um novo bilhete.
Do contrário, tudo seria apenas um jogo com cartas marcadas, e resultado já definido antecipadamente.