FRASE:

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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

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sábado, 7 de janeiro de 2012

FILME: A ORIGEM

Hollywood despeja anualmente uma torrente de filmes de ficção-científica, muitos sobre temas redundantes, alguns repetitivos, outros medíocres. Alguns até começam bem, mas depois parecem perder o fio da meada e caem nos velhos clichês, outros dão a impressão de que a produção brigou com o roteirista no meio do filme, e contrataram outro para dar um final na história!
Mas, de vez em quando, surge uma abordagem inusitada e bem feita, onde a coerência é mantida do princípio ao fim.

A ORIGEM (Inception – EUA – 2010 – 148 min. - Cor) tem, na minha opinião, os requisitos para tornar-se um verdadeiro cult.
A direção é do anglo-americano Christopher Nolan, de O Grande Truque (The Prestige), Amnésia (Memento), Batman Begins e Batman: O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight), que também é co-produtor e o autor do script.
Dom Cobb (Leonardo Di Caprio) e seu parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt) trabalham para uma empresa especializada em espionagem industrial chamada COBOL Engenharia.

Arthur (Gordon-Levitt) e Cobb (Di Caprio): parceiros na invasão do subconsciente alheio.
Sua função é sequestrar pessoas e induzi-las ao sono com sedativos para, com o auxílio de uma estranha e sinistra engenhoca, força-las a compartilhar de seus sonhos.
Seu objetivo é, durante o desenrolar deses sonhos dirigidos por Cobb, induzi-las a revelar-lhe segredos de sua vida real.
Os alvos são dirigentes de megacorporações rivais, cada um querendo descobrir os segredos do outro.
Mas, a farsa tem que ser bem feita, pois suas vítimas podem já terem sido instruídas sobre suas técnicas e  perceberem que estão em um sonho. Neste caso, pode ser necessário inserir um sonho dentro de outro, para confundir ainda mais a vítima em potencial.
A técnica envolve toda uma equipe, incluindo o arquiteto Nash (Lukas Haas), que deve “construir” mentalmente os cenários dos sonhos, o encenador de personagens Eames (Tom Hardy) até o químico Yusuf (Dileep Rao), para preparar e dosar os sedativos.

Na equipe de viajantes do subconsciente, cada membro tem uma função definida.

E existem peculiaridades: na escala dos sonhos: o tempo anda mais acelerado e 5 minutos no tempo real podem equivaler a uma hora num sonho.
Quando se insere sonhos dentro de sonhos, em camadas, a coisa cresce de forma geométrica e num terceiro nível de sonho, algumas horas de sono no tempo real podem equivaler a até mais de 50 anos no sonho, ou quase toda uma vida!
Devido a uma falha do arquiteto Nash, Cobb é descoberto tentando arrancar os segredos do megaempresário japonês Saito (Ken Watanabe), diretor de uma grande corporação, e passa a ser perseguido pela sua própria empresa.
Numa reviravolta, Saito tenta contrata-lo para eliminar uma empresa concorrente, e acena com uma proposta para retribuir pelos serviços resolvendo um problema legal que impede Cobb de regressar aos EUA e rever seus filhos.
Cobb acaba aceitando e tem que formar uma nova equipe. Para isto consegue persuadir a jovem estudante de arquitetura Ariadne (Ellen Page), que fica fascinada pela capacidade criativa que pode desenvolver na construção dos cenários dos sonhos.
Mas, logo ela descobre o que os outros membros já sabiam: Cobb tem sérios problemas pessoais com a esposa Mal (Marion Cotillard), que interfere negativamente em todos os seus sonhos, e acaba pondo em risco a missão.

A esposa Mal (Marion Cotillard) é um problema adicional para Cobb.

Primeiro ele tem que resolver seus traumas pessoais, para depois levar a termo os propósitos do acordo com Saito, que resolve também participar pessoalmente do grupo.
Também integram o elenco Tom Berenguer e Michael Caine.
A trama é envolvente, e coisa rara, me faz esperar por uma sequência!

A Origem recebeu o Oscar nas categorias:

Melhor Fotografia
Melhor Edição de Som
Mixagem de Som
Efeitos Especiais

E ainda foi indicado para: Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Trilha Sonora Original e Melhor Direção de Arte,

O andamento do filme nunca deixa o espectador entediado, mas é aconselhavel que escolha uma boa hora para assisti-lo, pois qualquer interrupção ou desatenção poderá faze-lo perder detalhes relevantes para a trama. Apesar da duração de 2:28 h, nada no filme é “enchimento de linguiça”, e sempre algo de importante está acontecendo.
O DVD está nas locadoras, mas também pode ser adquirido nas principais fornecedoras por custos entre R$16,90 a R$ 20,00.
Não vou falar dos P2P...


Nota(1):Esta postagem era para ser publicada amanhã, dia 08, mas acidentalmente, quando fui "visualizar", o vinho fez efeito e acabei clicando em "publicar postagem"...E não sei como desfazer sem receio de perder tudo...

Nota(2): Este filme serviu de inspiração para o episódio 16 da 23ª temporada de OS SIMPSONS, onde um cientista meio maluco conecta toda família a uma máquina para compartilhar os sonhos de Homer e descobrir por que ele está molhando a cama durante o sono...

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

NATAL, BOA HORA PARA SONHAR

(Foto: FREECHRISTMASWALLPAPERS.NET)
Mais uma vez, é Natal.
Para os cristãos, a lembrança do nascimento de Jesus Cristo, o mestre da paz e do amor.
Para os não-cristãos, uma festividade tradicional que acaba afetando a todos de alguma forma, seja pelos engarrafamentos e pelo burburinho do comércio, ou pelas felicitações dos que participam.
Para os participantes, hora de trocar presentes e manifestações de carinho.
Para os comerciantes, a hora de vender bastante.
Para as crianças, hora de ganhar brinquedos.
Para todos, uma boa hora para sonhar...
Sou suspeito, pois para mim, quase sempre é uma boa hora para sonhar!
Mas, sonhar está liberado e temos a liberdade, embora nem todos saibam, de sonhar com aquilo que quisermos...
Os que preferirem, podem sonhar com bens materiais, com conquistas amorosas, com ascensão social, ou podem optar por coisas utópicas, mas sempre desejadas, como a paz mundial, o fim da miséria, a vitória da compreensão sobre a intolerância, a felicidade eterna, etc...
Depois, despertaremos para o mesmo mundo, com suas mazelas e problemas. De qualquer forma, ganhamos uma sobrevida e um novo alento apenas pelos momentos que passamos sonhando.
Por isto, sonhar é importante!
Para algumas pessoas é fácil, outras precisam fazer um esforço maior para se desligar da realidade e entrar no clima.
Assim, independente de qualquer coisa, podemos aproveitar essa data para relaxar uns momentos e sonhar com nossos ideais, sejam eles quais forem. Talvez possamos ajudar alguém a sonhar! Uma ajudinha às vezes é relaxante e nem precisa custar muito. Solidariedade também faz bem! Podemos ajudar a semear sonhos!
Assim, resta desejar a vocês, escritores e navegadores da blogsfera, que durante este ano enriqueceram a minha cultura, me alegraram, me fizeram refletir ou me emocionar com suas ideias, confissões e comentários, um FELIZ NATAL!
E que o ano de 2011 seja bem melhor que 2010!
Espero em breve estar de volta, talvez com alguns quilinhos a mais, talvez ainda trocando as pernas, ansioso por revê-los!
O meu abraço a todos!

domingo, 10 de outubro de 2010

DIVAGANDO SOBRE OS MEUS SONHOS

 O Falso Espelho - René Magrite, 1928

Anteontem, muito cedo ainda, eu acordei de um sonho com o barulho das persianas batendo, sacudidas pela ventania, habitual cartão de visitas de uma frente fria, ocupando o lugar da massa de ar quente. Fechei a janela, tentei dormir novamente e voltar para o meu sonho, mas percebi que as lembranças dele estavam rapidamente se desvanecendo, e  logo eu não tinha mais a mínima lembrança do que sonhara. E nem consegui mais voltar a dormir. Então, fui até ao computador e comecei a escrever isto.
Muitos estudos eu já li sobre o sono e os sonhos. Ao que parece, temos boas informações sobre as fases do sono e suas implicações, e algumas coisas sobre o papel dos sonhos no nosso sono. Mas, as razões pelas quais sonhamos com determinadas coisas ainda permanecem meio incertas, devido à complexidade que envolve as coisas relacionadas com a mente humana. Estou abordando aqui este assunto não de forma científica, mas apenas divagando sobre minhas experiências pessoais.
Quando garoto, eu me lembro bem que costumava sonhar com coisas que me deixavam preocupado: que havia um bando de extraterrestres ou vampiros querendo me capturar quando eu estava sozinho em casa, ou que eu estava atrasado para uma prova no colégio. Nessas ocasiões, despertar era um alívio! Já na adolescência, os sonhos eróticos costumavam ter consequências meio desastrosas...
Há alguns anos, quando fui dispensado até das peladas por baixo desempenho, decorrência da idade, dei para sonhar que estava jogando futebol. Numa ocasião, minha mulher reclamou que, durante o sono, eu a havia chutado! E era verdade! 
Com o tempo, nem eu sei como, minha mente parece ter assimilado os sonhos de tal forma que, em determinadas ocasiões, posso perceber que estou sonhando e não tendo uma experiência real. E isto geralmente ocorre quando acontecem situações muito sem lógica, como encontros com pessoas já falecidas. Que eu me lembre, por duas vezes eu questionei o que estava acontecendo, após pessoas falecidas falarem comigo, pensando: "Isto não é possível, você já morreu! Eu queria que você estivesse mesmo aqui, mas isto só pode ser sonho!" Em uma delas, eu despertei logo em seguida, meio frustrado por ter interrompido o "contato".
Certa vez li numa revista que a principal finalidade dos sonhos seria proteger nosso sono. Em alguns momentos, eu vi indícios de que esta teoria poderia ser verdadeira. Exemplos: ruídos que poderiam nos acordar são interpretados como parte da ação desenrolada no sonho. O "estúdio" criador de sonhos providencia rapidamente um cenário onde se encaixa o ruído e assim, não precisamos acordar para conferir o que é.
Existe uma situação pela qual já passei diversas vezes em sonhos: estou apertado para urinar, e fico procurando um banheiro. Quando o encontro, sempre tem algo que me impede de concretizar o ato: ou descubro que o vaso sanitário está sem fundo, ou que a parede do banheiro está aberta para a rua, ou que simplesmente o vaso foi retirado do local, e o local afinal nem é mesmo um banheiro. Logo depois, acabo despertando e estou realmente precisando ir ao banheiro. Conclusão: o sonho "inventa" um banheiro, para que eu me alivie durante o sono e continue dormindo, mas um dispositivo de segurança no cérebro me impede de urinar durante o sono, pois molharia a cama e eu mesmo. Assim, interfere no sonho, criando também condições que me impedem de usar o banheiro imaginário para cumprir um ato real.  Menos mal!
Desta forma, parece que partes diferentes da mente trabalham com objetivos às vezes conflitantes: uma prioriza o meu sono e procura preserva-lo a qualquer custo, criando e encaixando no sonho as situações e estímulos que me levariam a acordar. Outra, procura impedir que eu faça coisas que não deveria fazer dormindo, ou acreditar em coisas que apesar de boas, são falsas, como o encontro com entes queridos já falecidos, e que talvez me provocassem frustração ao despertar.
Sabe-se que só lembramos uma pequena  fração dos nossos sonhos, e assim mesmo, até alguns minutos após despertar. Se não reconstituímos as partes do sonho até determinado tempo, depois parece que tudo é apagado e as poucas partes que conseguimos lembrar ficam como que "esburacadas", com muitas lacunas.
Hoje em dia, sei lá porque, meus sonhos não são mais tão assustadores como na minha infância.  Será que agora eu não tenho mais medo de nada? Ou aprendi a sonhar só com as coisas certas? Segredos ocultos nesta caixa misteriosa que é a mente humana...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

PEQUENA AMOSTRA DE "UM BAITA CARA"

A melhor coisa que temos é a nossa própria essência, aquela mistura dos nossos sonhos com nossas experiências, temperadas pelo nosso modo de ser, de agir e de encarar as coisas.
Quando alguém nos dá um livro escrito de próprio punho, com partes de suas lembranças, seus sonhos, suas divagações e propostas, está nos dando uma pequena amostra do que há de melhor em si mesmo.
Pois eu, emocionado, acabo de me ver agraciado com esta honra de receber de um amigo e irmão de armas uma pequena e preciosa amostra dele mesmo, na forma de um exemplar de A FONTE E AS GALINHAS, da autoria do beletrista diletante Jair Cordeiro Lopes. A “orelha” do livro é escrita por Ruy Lopes e o prefácio é do nosso velho guru Barcellos.
Nesta obra, com a qual já comecei a me deleitar, ele aborda assuntos variados, como os animais, aviação, recordações, natureza, os seres humanos e a história, sem nunca abandonar a sua antiga fixação pelo TEMPO.
Com sua intimidade com as letras, o que ás vezes me falta, ele esgrime com as frases com a mesma desenvoltura que um espadachim com sua espada!
Como o livro não é sequencial, podemos ficar à vontade, pulando daqui para ali, “beliscando” assuntos dos mais variados.
Muchas gracias, amigo!
Recordando o linguajar gaúcho, Jair é mesmo “um baita cara”!
Lerei e quardarei com carinho mais este companheiro, que me acompanhará como os outros, enquanto durar esta jornada pelo universo.