FRASE:

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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

UM VISITANTE DO BARULHO

Para não ter que falar de coisas detestáveis que estão acontecendo, destaco um visitante que chegou bem cedo nesta manhã e me acordou com muito barulho...

 Seja sempre bem vindo (não dentro de casa, é claro!)...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

REVIRAVOLTAS...

Parece que estamos atravessando a fase das reviravoltas.
O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo indeferiu a homologação do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o MP e a Associação Paulista de Supermercados (Apas), que permitia aos supermercados retirar as sacolas plásticas de circulação e cobrar por sacolas plásticas ou reutilizáveis. 
A decisão, publicada no dia 20 do corrente mês, não determina o retorno das sacolinhas, mas deixa a cargo de cada estabelecimento comercial a reintrodução e a cobrança ou não pelas mesmas. Outra mudança importante: se o consumidor se sentir lesado, poderá recorrer ao Procon ou a outros órgãos de defesa do consumidor – o que não era possível enquanto o TAC se mantinha em vigor.
Assim, tirou aquela dúvida que me deixou com a pulga atrás da orelha: porque só os saquinhos de compras poluiam, se tudo o mais já era vendido embalado em plástico, e o lixo é acondicionado também em sacos plásticos?
Na alimentação, antigos vilões agora retornam como heróis, ou pelo menos como não tão danosos assim.
Já tinham sido reabilitados o ovo, antigo proscrito por conta do colesterol das gemas, a carne de porco, constatado ser menos gordurosa que a carne de frango, o café, e até a manteiga. 
Claro, tudo isto respeitando as prescrições médicas específicas para cada indivíduo e o mais importante: sem excesso!
Uma boa dica é observar as proporções das chamadas pirâmides alimentares para cada tipo de alimento.

 Pirâmide alimentar: sem excessos, tudo pode.

Segundo reportagem publicada na revista VEJA desta semana, foram agora "anistiadas" pela FDA (Food and Drug Administration, agencia do governo dos EUA que fiscaliza a qualidade de remédios e alimentos e serve como referência mundial sobre esses assuntos), as gorduras saturadas, o que incui: o chocolate, os laticínios, como os queijos, e as carnes em geral, incluindo as vermelhas.
No meio ambiente, vimos o aclamado James Lovelock, o papa da teoria Gaia e profeta do efeito estufa se desmentir e admitir que as mudanças climáticas observadas recentemente podem ser fruto de causas mais poderosas do que a simples e exclusiva ação humana, e que seu ritmo é inferior ao inicialmente previsto.

 Lovelock: "Fui alarmista".
(Foto: Wikipédia)
Isto não invalida de modo algum sua fascinante hipótese Gaia, que estabelece que a biosfera terrestre se comporta como um único organismo vivo, com uma capacidade de autoregulação de suas condições ambientais, através de processos químicos e físicos.
O ex-consultor da NASA, dedicado aos estudos do meio ambiente, aos 92 anos, admitiu recentemente que o aquecimento global está mais lento do que suas previsões e se retrata por ter sido alarmista, segundo suas próprias palavras, em entrevista ao site MSNBC.
Na mesma ocasião, ele citou também outros militantes ambientalistas, como Al Gore e Tim Flannery, por divulgarem informações baseadas em pesquisas distorcidas sobre a emissão de CO2, para reforçar hipóteses alarmistas. 
Mas, é claro que isto não é o "liberou geral" para os poluidores! Os efeitos causados pelo homem afetam sim ao meio ambiente, embora de forma localizada, e atingem justamente as partes habitadas do planeta! 
Os esforços para diminuir a emissão de poluentes devem prosseguir, pois do jeito que está não pode ficar.
Mas, enfim, parece que o fim do mundo foi adiado, já que estudiosos também desmentiram que o famoso calendário maia estabelecesse o fim dos tempos para 2012.
Então, vamos poluir menos, nos alimentar melhor e aguardar o asteroide que tem o nosso endereço passar ao largo, mais uma vez...

quarta-feira, 11 de abril de 2012

O JUSTO RECONHECIMENTO


Pelo resgate e devolução à natureza de nada menos de três jibóias, encontradas em ocasiões diferentes no meu quintal (conforme relatado em: QUANDO A NATUREZA PEDE SOCORRO), fui agraciado pelos chefes escoteiros-mirins Huguinho, Zezinho e Luizinho com o título de E.N.E.R.G.U.M.E.N.O. (Eminente Naturalista, Emérito Reestruturador Geral do Urbanismo e Mentor Ecológico Nacional dos Ofídios).

Nos escoteiros-mirins da Disney, onde militavam os sobrinhos do Pato Donald, todos recebiam títulos com siglas, às vezes longas demais.
(Clique para ampliar)

A cerimônia de recebimento do título seria realizada no Parque Nacional da Tijuca, na manhã desta segunda-feira. Porém, no caminho, fiquei preso num engarrafamento, em um trecho onde ocorrem as obras da Transcarioca, o radiador do meu Passat 1980 ferveu, o reboque da prefeitura o levou diretamente para o depósito (estava com o IPVA vencido desde 1994), e não consegui chegar a tempo.
Assim, me informaram que estão enviando o diploma pelo correio. (Espero que não estejam em greve.)
Logo, poderei pendura-lo ao lado dos meus outros títulos recebidos anteriormente: B.A.B.A.C.A. (Benemérito, Atuante e Benévolo Analisador de Casos Arquivados) e O.T.A.R.I.O. (Olímpico Tradutor de Antigos Rascunhos, Inscrições e Opúsculos).
Justo e gratificante reconhecimento pelo meu trabalho!

quarta-feira, 28 de março de 2012

QUANDO A NATUREZA PEDE SOCORRO

Esta manhã, contratei um rapaz que faz serviços de jardinagem no meu bairro para fazer algumas podas nas árvores do fundo do quintal.
As árvores costumam acabar encobrindo umas às outras, buscando receber o máximo de luz solar que é possível. E a única solução onde não há mais espaço é a poda, diminuindo a área de cobertura de cada uma.
Pois bem! Dali há pouco, o podador me chamou para ver uma coisa...
E, enroscada num galho da jaqueira, encontrei a 3ª jibóia no meu quintal, no período de um ano!  

 Foto feita pelo autor (clique para ampliar).

Esta não era tão grande como aquela do último Natal, nem tão pequena como a de abril do ano passado. Eu diria que era de um tamanho intermediário entre ambas.
Pelas protuberâncias que tinha no corpo, devia estar digerindo duas presas pequenas,  possivelmente filhotes de passarinho que foram apanhados em algum ninho nas árvores.

 
 Foto feita pelo autor (clique para ampliar).

Depois de devidamente enroscada em um galho, ela terve o mesmo destino das anteriores: o morro no final da rua, que no ano passado foi intensamente reflorestado pelos órgãos municipais com mudinhas de árvores, numa tentativa de recuperar os muitos anos de queimadas, provavelmente promovidas por pessoas que queriam transformar a área em pasto para vacas.
As vacas foram aprendidas pela prefeitura por estarem vagando pelas ruas do bairro, atrapalhando o trânsito, e as queimadas pararam de acontecer como por mágica.
Jeff Corwin, meu imitador do Animal Planet, com uma inofensiva e dócil sucuri venezuelana.
Esperamos que o poder público consiga refrear a maré imobiliária que ameaça acabar com as áreas verdes, habitat destes animais...
Para mim, essas aparições são claros pedidos de socorro da fauna que estamos extinguindo.
As visitas anteriores que recebi de ofídios estão relatadas em  SINAIS DOS TEMPOS e VISITANTE NATALINO . 
Estou ficando craque em apanhar estes animais. Acho que já entendo mais de jibóias que meu dublê gringo Jeff Corwin, do canal de TV por assinatura ANIMAL PLANET.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

VISITANTE NATALINO

25 de dezembro de 2011.
Ontem, no dia do Natal, meu compadre apareceu aqui em casa para ajudar a eliminar os restos da ceia natalina: pernil, bacalhau, rabanadas, etc.
E de passagem, conseguiu a mágica de “ressuscitar” o meu computador desktop, que estava em coma há uns seis meses. Em determinado momento, em meados deste ano, após ser desligado normalmente no dia anterior, ele simplesmente ignorara o meu toque no botão.
Eu comentei com ele este caso, e ele se prontificou a levar a fonte de força para testar no seu trabalho, e se constatase a pane, eu compraria uma nova e estaria tudo resolvido, pois eu teria acesso aos meus arquivos inertes.
Porém, antes de retirar a fonte, ele sugeriu que tentássemos liga-lo na tomada uma última vez. Fui buscar o cabo de força, e com o micro aberto, liguei na tomada e apertei o botão: aleluia!
A magia do Natal apareceu e o micro voltou à vida!
Não sei no que ele mexeu enquanto eu fui buscar o cabo, nem quero saber...
Completamos colocando o monitor e os periféricos usuais e pude constatar que tudo estava normal.
Mas dali a pouco, ouvi minha cadelinha Dolly, no quintal, começar a latir com fúria inusitada, o que não era comum! Estava numa passagem estreita do lado sul da casa e eu abri a janela para ver o que seria...
Qual não foi minha surpresa ao ver que o motivo de sua bronca era uma jibóia (Boa constrictor amarali, natural da região) de mais de dois metros, tentando forçar passagem, rumo a porta da área de serviço, que aliás estava fechada!

Apesar de ainda não ser das maiores, esta jibóia pode assustar os menos avisados, e já poderia muito bem dominar e devorar pequenos animais domésticos! Como referência, as peças do piso medem 23 cm de lado. (Clique para ampliar)

Corri e abri a porta, para resgatar Dolly, que se recusava a abandonar o posto. Na verdade, tive que carrega-la para poder tranca-la na área de serviço. Mesmo sendo a jibóia uma cobra não venenosa, uma eventual mordida com dentes infectados não seria nada salutar pra o pobre animalzinho.
Este exemplar já não era apenas um filhote, como o que apareceu em abril deste ano, e que foi objeto do meu post SINAIS DOS TEMPOS, de 20 de junho de 2011, e já parecia bem capaz de encarar animais pequenos como a minha cadelinha... Provavelmente, viveu algum tempo nos fundos do meu quintal.
Apanhei um balde tamanho grande e, com um ancinho e um cabo de vassoura, conseguimos erguer a cobra e coloca-la no balde.
Passamos o cabo de vassoura na alça do balde e juntos conseguimos erguer para transportar. A bichinha era bem pesada...
Ela foi levada ao viradouro do final da rua, onde começa uma área de reserva ambiental, e logo que virei o balde de lado, farejou o cheiro da mata, se desenroscou e se embrenhou no meio do capim alto com velocidade surpreendente! 

Pela segunda vez, minha pequena e valente Dolly encarou uma jibóia, e esta já de um tamanho bem apreciável...(Clique para ampliar)

Pelo seu ato de bravura e dedicação no cumprimento do dever, concedi à Dolly a Medalha de Honra da Coragem Canina...e uma dose extra de ração!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

SINAIS DOS TEMPOS

A respeito da minha última postagem, PAGANDO MICO, o meu amigo Jair, sempre atento e crítico dos sintomas que surgem, me chamou a atenção para algo que realmente está acontecendo: cada vez mais vemos animais silvestres se aproximando do habitat dos homens! Ou será o contrário?

Na noite de 30-abr-2011, minha cachorrinha Dolly cercou este filhote de jibóia, passeando no meu quintal. Pouco depois, eu a libertei junto ao morro que começa no final da minha rua. (Clique para ampliar)

É aí que entra a clareza de visão do meu amigo: o que na realidade ocorre é uma consequência da ocupação pelo homem de áreas que serviam de habitat e refúgio para espécies silvestres!
Nós é que estamos invadindo o território destes animais e frequentemente, lhes tirando suas fontes de alimentação e abrigo.
Aqui onde moro, apesar de estarmos no centro de áreas bastante povoadas, as sempre presentes cristas de morros, características da geografia local do Rio, por sua configuração acidentada, ainda mantém restos de vegetação, árvores, alguns capões de mato e até nascentes, timidamente escondidas, às vezes só percebidas nas estações mais amenas. 

 Este fio d'água normalmente vem de uma nascente, porém nesta foto aparece engrossado pela água da chuva. Fica a menos de cem metros do meu portão. (clique para ampliar)

E é nessas áeas que esses animaizinhos fazem uma verdadeira ginástica para se manterem e reproduzirem, meio escondidos da presença nem sempre amigável do temível bicho-homem.
Aos poucos, começam a se aventurar, já quase acostumados com os barulhentos e poluidores bípedes que se dizem donos do planeta (citação do Jair).
Além dos urubus, que se encarregam de fazer a limpeza nos restos de macumbas e carcaças de animais, e das maritacas, velhas conhecidas, que vem em grandes bandos de até 30 aves, fazendo sua algazarra característica, tenho notado a presença de gaviões, em uma ocasião recebi a visita de um grande carcará, um filhote de jibóia, descoberto pela minha fiel e barulhenta Dolly, casais de papagaios e os tais miquinhos, cuja aparição não foi a primeira. Já presenciei atravessarem a rua deslizando agarrados nos cabos de energia elétrica, e uma vez um "garotinho" ficou meio encurralado no telhado da minha garagem, meio sem opção de fuga. Coisas de adolescente...
Os gambás também apareciam sempre, até que achei alguns deles mortos, sem dúvida vítimas do veneno proibido mas sempre presente, o  tal "chumbinho" que alguns insistem em usar para matar os ratos que surgem, atraídos pelos detritos e lixo que  os seres humanos deixam acumular nos fundos dos seus quintais. Este maldito veneno, as vezes colocado em restos de comida por pessoas sem critério, matam gatos, gambás e até cães.
Os bichinhos estão perdendo a guerra...Nem o Curupira dá jeito...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

PAGANDO MICOS...

Resolvi isolar uma parte do fundo do meu quintal para tentar começar uma pequena horta, e contratei uma pessoa para me fazer uma cerca de telas com um portão. Ontem, estávamos acertando o encaixe do portão quando ouvimos alguns guinchos agudos seguidos de agitação nos galhos das árvores acima de nós. E sem aviso, desceram por um tronco, aparentemente "discutindo", dois micos, enquanto um terceiro assistia tudo do alto.

 Um dos irriquietos primos do Xipan Zéca, pendurado na árvore sem nenhuma cerimônia!

 Aqui, o malandrinho observa o parceiro, que está em outro galho.

O outro dando uma coçadinha nas costas do maior!

 O Big Boss me observa, enquanto o ritual da coçadinha prossegue...
(Clique nas fotos para ampliar)

Estavam tão empenhados em uma espécie de disputa que nem nos deram a mínima atenção. Um deles chegou a descer totalmente do tronco e ficar no chão, a menos de dois metros da gente. Muito mal acostumados! Isto pode lhes custar caro!
Corri em casa para apanhar a camera, mas, quando voltei, eles já estavam subindo de volta.
Depois, um deles começou a coçar as costas do maior, aparentemente o "Big Boss", que permaneceu o tempo todo em cima, observando tudo.
Dali a pouco, recomeçaram uma correria maluca, passando de árvore para árvore, do cajueiro para o coqueiro, daí para a mangueira e pelo telhado da casinha de ferramentas. Finalmente, pularam para as árvores do terreno vizinho, e sumiram.
Vão com Deus, meus agitados amiguinhos!
Que o Curupira os proteja das pessoas más!
Só espero que se mantenham nas árvores e não inventem de entrar em casa, pois já ouvi histórias!