Estive pensando sobre o
tempo...
Mas como se pode pensar
numa coisa que não se vê, não se ouve, nem se pode tocar ou
sentir?
O tempo não se
percebe, ele só passa...
Mas, ele passa mesmo,
ou somos nós que passamos por ele?
Afinal o que é o
tempo?
Serão os intervalos
entre os marcos que deixamos pelo caminho?
Ou será o tempo um
enorme e infinito caminho que percorremos geração após geração...
Um caminho que já
estava aí antes da primeira geração e que vai permanecer aqui
depois da última?
Os seres humanos,
tentando aprisionar ou rastrear o tempo, criaram os relógios...
E acabaram prisioneiros
e reféns dos relógios, meros marcadores de intervalos...
O passar do tempo é
relativo, um mesmo período medido por um relógio pode nos parecer
muito longo ou muito curto, dependendo da nossa situação...
Para quem está numa
fila de transplante de órgãos, cada dia pode parecer uma
eternidade...
Para quem tem muitas
coisas para fazer, as horas parecem passar com velocidade alucinante!
Nunca ouvi a narrativa
de um condenado à morte sobre como foi seu último dia neste mundo.
Será que o dia passou
como num instante?
Ou levou uma eternidade
até a hora de receber a agulhada fatal, ou sentir o chão fugir sob
seus pés, num cadafalso?
E, para um militar que foi fuzilado, quanto tempo se passou
entre ouvir a ordem de “fogo!” e receber a mortal descarga de
chumbo no peito?
Quem sabe a resposta
não está mais nesta dimensão...
Não importa o que
esteja acontecendo, cada evento ocupa seu quadro sequencial na linha
do tempo...
Uma infinidade de
eventos ocorrem simultaneamente, embora separados por outra dimensão,
a do espaço...
Consta que quem está
numa determinada dimensão pode ver inteiramente as dimensões
inferiores...
Nós vivemos num
universo de quatro dimensões: o espaço tridimensional, mais a quarta
dimensão que é o tempo...
Podemos ver o universo
unidimensional e simplificado de uma linha...
E descortinar o que é
projetado nas duas dimensões que determinam um plano...
Sem dificuldade podemos
projetar as formas de um objeto no espaço tridimensional...
Podemos até mesmo
situar onde estará a cada variação de unidade arbitrária de
tempo...
E isto me leva a
pensar: já ouvi especulações científicas sérias sobre o número
de dimensões que existem além da quarta...
Não posso imaginar
como, alguém construiu fórmulas matemáticas que o levaram a
concluir que haveriam onze dimensões, no total...
Outros já projetaram
este número ao infinito...
Mas, como vale
especular qualquer coisa, gosto de pensar que, se eu estivesse numa
quinta dimensão, poderia ver toda a linha do tempo, estendida quadro
a quadro como, como uma tirinha de histórias num jornal de
domingo...
Ali estariam congelados
na continuidade espaço-tempo, todos os eventos já ocorridos no
universo, e também os que, em relação ao nosso “hoje” estão
ainda por ocorrer...
E eu, magicamente,
poderia inserir-me como espectador em cada hora e lugar escolhido,
apertar a tecla “play”, e ver as coisas rodarem a partir dali...
Voar sobre o
supercontinente Pangéia, antes da grande separação continental...
Ver uma terra
diferente, com animais extintos perambulando por um mundo onde os
humanos ainda nem sonhavam existir!
Poder ouvir o sermão
da montanha, embora sem entender aramaico...
Presenciar a emoção
de Magalhães, ao avistar o Oceano Pacífico do outro lado daquele
tortuoso estreito no extremo das Américas...
Ver a frustração de
Scott, ao encontrar a bandeira fincada por Amundsen no Polo Sul.
Assistir à reação de
meus pais, ao saberem de minha iminente chegada...
Mas, perceberam a
cilada?
Não estou falando
sobre o tempo, mas sobre eventos!
Afinal, como falar
sobre algo que não se pode ver, ouvir, sentir nem perceber?
Time goes by...
Divagações sensacionais, muito bem fundadas com hipóteses que guardam verdades que o homem ainda, na sua ignorância cartesiana, ainda não aprendeu, nem de longe, entender.... muita ilusão nesse mundo e pensamentos pequenos, sentimentos menores ainda, ofuscam verdades imprescindíveis para a evolução humana... mas quem muito procura, você sabe....
ResponderExcluirAdorei a sua viagem no tempo Leonel!
Parabéns e pé na estrada!!!!
Obrigado pelo incentivo, Carla.
ExcluirComo diz aquele repórter: vem comigo!
Abraços!
O homem sabe muito pouco sobre a dimensão tempo....
ResponderExcluirPara não dizer que não sabe nada...
ExcluirTem muita coisa além do alcance da ciência humana...
Abraços!
Leonel,
ResponderExcluirVejo que você "pegou o jeito", deu um passeio filosófico pela única e inquestionável “entidade”, ao qual não se pode atribuir adjetivos e é inconjugável; sua existência independe de nós, de nossa mente, de nossa fé e até do universo; o tempo é a alma imortal de todas as coisas; o tempo é o fio condutor universal que mantém a coesão do átomo até o aglomerado galáctico. Abraços e parabéns, JAIR
Vindo de alguém que já publicou diversos ensaios sobre os enigmas do TEMPO, este comentário me massageia o ego...
ExcluirSobre este tema, só podemos mesmo falar hipóteses ou fantasias como as minhas...
Abraços, Jair!
Bom dia amigo virtual Leonel,
ResponderExcluirpertinentes considerações, num texto leve e cativante.
Abraços, saúde, boas horas e muita paz interior
Obrigado, mestre das formas arquitetônicas!
ExcluirMuita paz!
Leonel! Fiquei um bom "tempo" divagando sobre o "evento" do seu belo texto filosófico! Elucidativo e incentivador! Valeu mesmo!
ResponderExcluirAbraço da Célia.
Muito obrigado pela força, Célia!
ExcluirAbraços!
Ah que gostei dessas considerações filosóficas sobre o tempo. A passagem do tempo é um assunto meio deprimente, mas também fascinante. Perante o tempo, somos todos impotentes, né mesmo? Sua passagem é democrática e, ironicamente, rígida e inflexível. Todos sabemos que o tempo anda sempre avante...indiferente aos questionamentos humanos, mas insistimos na compreensão e se possível apreensão desse todo poderoso! A irreversibilidade do tempo está relacionada à complexidade do mundo... Como é difícil apalpar aquilo que não se toca, que não se segura!!!
ResponderExcluirBeijuuss, amado, n.a.
O fascínio exercido pelo tema TEMPO vem justamente da dificuldade que temos para lidar com a sua imponderabilidade...
ExcluirComo você disse, "Como é difícil apalpar aquilo que não se toca, que não se segura!!!"
Bjs, Rê, prazer em te ver!
Amigo LeÔnidas.....
ResponderExcluirPor estas e outras que sempre dito este versêto... rss
"O tempo perguntou ao tempo, quanto tempo o tempo tinha... O tempo não teve tempo de responder ao tempo, quanto tempo o tempo tem."
Viajei no tempo meu bródis... rss
Abraço
Tatto
Até para estes jogos de palavras o tempo se presta...
ExcluirMelhor viajar no tempo do que na maionese!
Abração, bródi!
OI LEONEL!
ResponderExcluirPOR TUAS DIVAGAÇÕES NOS MOSTRAS SER UMA PESSOA COM BASTANTE CONHECIMENTOS.
SÓ POSSO ARGUMENTAR, DIZENDO QUE SOMOS INOCENTES ESPECTADORES DESTE TEMPO. ELE É NOSSO SENHOR E DO QUAL NÃO TEMOS MUITAS EXPLICAÇÕES, ELE PASSA E PRONTO, SÓ PODEMOS CORRER PARA NÃO FICARMOS PARA TRÁS.
ABRÇS
zilanicelia.blogspot.com.br/
Click AQUI
De uma certa forma, somos espectadores, ou figurantes em meio a este fluir infinito de eventos ao longo da linha do tempo.
ExcluirAbraços, Zilani!
Ola meu querido Leonel,passando sem tempo,apenas para matar as saudades e conferir rapidamente o que tens feito poe estes dias.Amanhã voltarei com muito mais tempo para conversar.Meu grande abraço.
ResponderExcluirPrazer te rever, Suze!
ExcluirVê se arranja um TEMPO para a gente conversar!
Abraços!
Em primeiro lugar, obrigado por comentar lá no Espelhando e Espalhando Amigos na minha publicação desta semana.
ResponderExcluirRealmente suas devagações é para uma profundo reflexão sobre o que propôs, o tempo, isso demonstra conhecimento de causa.
Deixarei um pensamente sobre o tempo:
"O tempo não dá tempo de ver o tempo fluir, e com essa falta de tempo não vejo o tempo sumir".
Abraço
É o tempo servindo de inspiração também para os poetas!
ExcluirAbraços, Lucidreira!
Volte sempre!
Olá Leonel,
ResponderExcluirGostei dessas exposições que filosofou do tempo.
Tem um pensar que diz que uma das grandes desvantagens de termos pressa, é o tempo que nos faz perder.
Que bom seria se pudessemos tatear o tempo., mas isso é impossível, então só mesmo resta imaginar.
Adorei essa viagem!
Desejo um ótimo fim de semana cheia de coisas especiais.
Grande abraço!
Beijos!
P.S:Tem postagem novas no meu blog, bora la conferir.
Alô, Smareis!
ExcluirSó agora achei TEMPO para responder aos comentários dos meus amigos!
Este tema fica no ar, sem nenhuma conclusão definitiva, pois conclusões ficam fora do nosso alcance.
Restam as especulações, que são muitas!
Bjs!
Depois, vou passar lá!
Andei falando com os meus botões sobre o tempo esses dias e atentei para a óbvia conclusão de que ele é um trem em constante movimento e eu que trate de não perder o fôlego e o acompanhe. Parar é vacilo. Estacionar é deixar-se ir sem o tempo, sem o nada.
ResponderExcluirE nessas suas imersões nos eventos idos e futuros, eu também quero ir.
Lindo texto, Leonel!
Beijo.
Vem comigo, querida!
ExcluirSeja minha companheira de viagem, e tudo fica mais interessante!
Não podemos parar nunca, a não ser quando acaba o nosso tempo!
Bjs, Milene!
Não é curioso que de tempos em tempos todos nós arranjamos um tempo pra falar sobre o tempo?
ResponderExcluirEm tempo: bem-vindo ao clube.
Abraços.
Mais cedo ou mais tarde, eu acabaria entrando no clube dos que se maravilham com a enigmática natureza desta entidade inapalpável chamada TEMPO!
ExcluirSeguindo as pegadas dos mestres...
Abraços, Barcellos!
Que ótimo texto. Somos reféns do tempo; uma coisa que não se vê, nem se toca e nem se sabe o que é. Só o que sabemos é que fazemos sempre tudo com pressa por causa desse maldito tempo! rs Abração!
ResponderExcluirSeja bem vindo, Sérgio!
ExcluirComo eu falei, o homem inventou o relógio e acabou refém desta máquina, que passou a ser a representação física do tempo.
Abraços!
Obrigada pelo carinho Leonel e pela luz!
ResponderExcluirA comunhão de idéias é a aliança mais forte que existe e nos acompanha além da morte!
Vaomos indo!
Beijos e boa semana!!
A luz é um dom que você tem!
ResponderExcluirBoa semana, Carla!
Amigo que beleza de texto sobre um tema que curto muito parabens sempre!
ResponderExcluirObrigado, Veloso!
ResponderExcluirNos arquivos há mais "divagações"...
Abraços!