FRASE:

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"Se deres um peixe a um homem, vais alimenta-lo por um dia; se o ensinares a pescar, vais alimenta-lo a vida toda."

(Lao-Tsé, filósofo chinês do séc. IV a.c.)

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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

FILME: O VOO DA FÊNIX - 2004

Refilmagem do filme de 1965, baseado na mesma história do livro de Elleston Trevor.

O VOO DA FÊNIX (Flight of the Phoenix – EUA – 2004 – 113 min. - Cor)
A direção coube ao irlandês John Moore (Atrás das Linhas Inimigas – 2001).
A história foi mantida praticamente a mesma, com algumas adaptações que não alteram o enredo.
Um velho avião militar operado por particulares tem a missão de resgatar operários e equipamentos de um poço de petróleo deficitário pertencente a uma multinacional, no deserto de Gobi, e traze-los até Pequim. Porém, são apanhados por uma tempestade de areia e acabam fazendo um pouso forçado, ficando isolados fisicamente e sem comunicações, no meio do deserto.
Com poucas chances de serem resgatados ou de alcançarem algum local civilizado por terra, discutem o que fazer.
O engenheiro aeronáutico Elliot (Giovani Ribisi) luta contra a oposição do comandante para liderar os sobreviventes numa insólita empreitada.
O comandante da aeronave Frank Towns (Dennis Quaid) e seu mecânico A.J. (Tyrese Gibson) acham que devem aguardar junto ao avião para serem localizados por aeronaves de busca, mas são contestados pelos sobreviventes, entre eles a operária Kelly Johanson (Miranda Otto) e o engenheiro aeronáutico Elliot (Giovani Ribisi).
Elliot sugere que podem aproveitar partes do avião para construir uma aeronave menor e decolar com todos os sobreviventes, enfrentando grande oposição do comandante.
Alguns querem se aventurar pelo deserto, e a presença de uma caravana de bandoleiros ameaça mais ainda sua situação.
Afinal, a ideia de Elliot prevalece, e eles começam a montar o “novo” avião, batizado Phoenix, nome de uma mitológica ave egípcia que se ergue das próprias cinzas para voar novamente.
Para complicar mais as coisas, os tripulantes acabam por descobrir que Elliot é na verdade designer de...aeromodelos!
Pouca coisa muda em relação à história original: a locação que era no deserto do Sahara, passa para o deserto de Gobi, e nesta versão, existe uma presença feminina, já que a original era um “clube do bolinha”, onde a única mulher aparecia nos devaneios de bêbado de um dos sobreviventes.
Tempestades de areia dificultam ainda mais o trabalho dos operários improvisados.
Para os aficcionados da aviação, a diferença é o avião, que, em lugar do Fairchild C-82 do filme original, agora é um Fairchild C-119, com bastante semelhanças no leiaute. Técnicamente, porém, seria bem mais difícil fazer a adaptação com este tipo, devido à configuração de suas asas.
Acredito que os cultores do filme original não se decepcionaram com esta refilmagem, que mantém os bons ingredientes e a suspense da trama original. Disponível em DVD nas locadoras.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FILME: O VOO DA FÊNIX (1965)

Antigamente, ainda não dispunhamos das fantásticas técnicas atuais da computação gráfica e nem dos sofisticados efeitos especiais dos anos 80. 
Assim, às vezes o que assistíamos em filmes era algo que fora executado na verdade, com alguns pequenos retoques.
O VOO DA FÊNIX (The Flight Of The Phoenix – EUA - 1965 – 142 min.- cor) me emocionou mais quando eu soube o que aconteceu na sua produção.
A história começa de forma banal: pouco tempo após a II Guerra Mundial, um velho avião cargueiro excedente das forças armadas, operado por ex-pilotos militares, voa a serviço de uma empresa de exploração de petróleo, e sua função é trazer para Benghazi uma equipe de funcionários de um dos poços desativado pela companhia, no deserto da Líbia, além de dois militares britânicos.

Towns (James Stewart) e Moran (Richard Attenborough) encaram uma tempestade de areia sobre o deserto da Líbia.

Mas, naqueles tempos, antes dos satélites meteorológicos e dos GPS, eles acabam se deparando com uma tempestade de areia e se acidentam, fazendo um pouso forçado no meio do deserto, com o rádio inoperante e sem saberem sequer sua localização exata.
Não parece haver perspectivas de um resgate antes que suas provisões e reservas de água se acabem, e a situação se mostra desesperadora.
E, como não poderia deixar de ser, começam os choques pessoais entre os sobreviventes, cada qual querendo achar sua própria solução.
O dominador comandante do avião, Frank Towns(James Stewart) desprovido do seu aparelho, vê balançar também a sua liderança, apoiado apenas pelo seu navegador Lew Moran (Richard Attenborough).
O oficial britânico Cap. Harris (Peter Finch) pensa utilizar suas habilidades de infantaria para se aventurar a pé, tentando buscar socorro, apesar do pouco entusiasmo do seu subordinado, o descrente sargento Watson (Robert Frasier).
Mas, uma proposta inusitada acaba partindo do jovem engenheiro aeronáutico alemão Heinrich Dorfmann (Hardy Krüger): utilizando partes da avião acidentado, montar uma aeronave menor, com um dos motores apenas, mas capaz de decolar do deserto levando todos os sobreviventes.

O jovem engenheiro alemão Dorfmann (Hardy Krüger) apresenta uma proposta no mínimo arriscada: haveria chance?

À princípio, os pilotos acham absurda sua ideia, mas alguns dos outros vêm isto como uma nova esperança, talvez sua única chance de salvação.
Rapidamente, estabelecem um cronograma de trabalho e começam a tarefa de criar um novo avião, e o batizam PHOENIX (Fênix), em homenagem ao mitológico pássaro egípcio, que renascia das cinzas do seu próprio ninho.
Mas, levar a cabo uma tarefa assim inédita nas condições climáticas de um deserto e com o escasso equipamento de apoio trazido do poço não seria nada fácil.
E logo, eles também descobrem que ficar sozinhos no deserto não é o pior, se a alternativa for encarar as tribos nômades de bandoleiros que vagam pela região em caravanas...
Mas, a produção do filme teve uma história a parte: o PHOENIX foi realmente montado e...voou de verdade!
Nada menos de três aeronaves Fairchild C-82 Packet foram utilizadas nas cenas em voo e em terra, em diversas tomadas.
O C-82 era um grande avião bimotor, onde longas naceles (extensões posteriores das coberturas dos motores) se prolongavam dos motores até a superfície do estabilizador horizontal, na cauda, dotada de leme duplo.

O aspecto de um C-82 semelhante ao do filme.

O truque foi construir uma fuselagem semelhante a uma destas naceles do C-82, montar nelas as asas de um pequeno bimotor Beechcraft C-45 e um motor Pratt-Whitney R-1340, retirado de um monomotor North American T-6 Texan, com uma cabine aberta sobre a nacele, e uma cauda semelhante à parte do avião original.
E funcionou! O aparelho foi batizado Phoenix P-1 e homologado para o voo experimental.
O piloto (e construtor) foi o lendário Paul Mantz, famoso dublador de cenas aéreas e consultor de voos da aviadora americana pioneira Amelia Earhart (veja link aqui).
Bobby Rose, dublê de Hollywood, o acompanhou na mesma cabine aberta.
Infelizmente, no seu primeiro e último voo, após uma série de pousos com toques-e-arremetidas para assimilação das características do aparelho, o Phoenix sofreu uma falha estrutural, com consequente ruptura, e Mantz veio a falecer em consequência do acidente, ficando Rose seriamente ferido.


O Phoenix P-1 em seu único voo. Como seria inviável decolar apenas com os esquis, como no filme, foram colocadas rodas sob eles.

As cenas subsequentes de voo utilizaram uma outra aeronave, um North American O-47, modificado para representar o Phoenix.
Mas, no finalzinho do filme, foi aproveitada uma cena onde aparece o Phoenix original, em seu único voo.
No final dos créditos, aparece uma frase de homenagem a Paul Mantz: “Lembramos que Paul Mantz, bom homem e brilhante piloto, deu sua vida na feitura deste filme”.
A direção e produção foi de Robert Aldrich, e a história foi baseada no livro homônimo de Elleston Trevor.
Recebeu indicações para o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Edição.
A linda canção italiana Senza Fine, sucesso na época na Itália e no Brasil, aparece em uma dramática cena, cantanda por Connie Francis, no radinho transistor de um sobrevivente, vivido pelo ator italiano Gabrielle Tinti.
Curiosamente, o protagonista James Stewart foi realmente instrutor de voo durante a II Guerra Mundial.

Disponível nas boas locadoras, em novas cópias.
Para saudosistas e entusiastas da aviação e de filmes de superação.

Atenção, amigos: esta postagem corresponde a outra da minha querida amiga Suzane Weck, que interpreta a canção do filme, como costuma fazer no seu interessante e nostálgico blog. E, além de me homenagear com esta linda música, ela abre também uma corrente de pensamento positivo para me fortalecer nos momentos difíceis que tenho passado...
Convido-os a visitarem o blog desta amiga, no link abaixo:

http://suzeweck.blogspot.com.br/2012/08/senza-fine.html

Obrigado!