Quando as coisas ficam pretas aqui na Terra, com manifestações, bate-bocas e vandalismo, políticos tentando enrolar o povo, eu tiro minha nave do hangar e me mando para o espaço.
Este texto, que sintetiza informações da NASA e de de outras fontes, tem alguns pontos que
são pouco conhecidos sobre os asteroides e sobre os riscos que eles
podem representar para o nosso planeta.
Asteroides
Asteroides são corpos
celestes rochosos que fazem parte do nosso sistema solar.
A maioria dos
asteroides conhecidos estão em órbitas situadas no Cinturão de
Asteroides, entre Marte e Júpiter.
A maioria dos asteroides situa-se no Cinturão entre Marte e Júpiter. Os asteroides troianos orbitam nos chamados pontos de Lagrange, à frente e atrás de Júpiter.
As teorias mais aceitas
sobre a origem dos asteroides são a de que seriam restos de um
antigo planeta, que teria sido desagregado pelas forças
gravitacionais de Júpiter, ou que seriam resultado das condensações
da nebulosa solar original, que não conseguiram formar um planeta
devido às fortes influências gravitacionais de Júpiter.
Os maiores asteroides
são Ceres (975 km), Palas e Vesta, ambos com diâmetros de aprox.
500 km. Por terem formato esférico, são considerados planeta-anões.
Ceres: seu formato esférico e tamanho justificam sua classificação como planeta-anão.
Atualmente, estima-se
que existam no Cinturão entre 1.100.000 e 1.900.000 de asteroides
com mais de 1 km de diâmetro.
O número de asteroides
aumenta na medida que decresce sua escala de tamanho. Desta forma,
existem milhões de asteroides menores que 1 km.
Asteroides troianos
São aqueles que
compartilham órbita com um planeta ou satélite, sem risco de
colisão, por se situarem em um dos chamados pontos de Lagrange,
locais onde há equilíbrio das forças gravitacionais, 60º à
frente ou atrás do planeta/satélite. Júpiter compartilha sua órbita com diversos troianos. A Terra também tem os seus, em menor número.
Objetos próximos da
Terra
Chamados pela NASA de
NEO (Near-Earth Objects)
São asteroides e
cometas cujas órbitas são próximas à da Terra. Seu tamanho varia
de 1 metro a alguns quilômetros de diâmetro. É estimado que o
asteroide ou cometa que escavou uma cratera de 177 km de diâmetro na
península de Yucatan, há 65 milhões de anos, extinguindo os
dinossauros, teria 9,6 km.
Caçando NEOs
Devido aos danos que
podem causar, os NEOs despertaram a atenção dos astrônomos, que
começaram a estudar seu comportamento
A princípio, os
astrônomos buscavam objetos maiores que 2,4 km, e encontraram 862.
Acreditava-se que aprox. 95% de todos os NEO estavam nesta faixa.
Mas, a partir de 1995, passaram a contar também objetos menores, e
chegaram a um total de 9.730.
Destes, 1.379
considerados potencialmente perigosos, de acordo com os especialistas
do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA, em Pasadena, na
Califórnia. Estes têm no mínimo 50 metros e suas órbitas passam a
menos de 12 milhões de km da Terra.
Aprox. 155 destes
objetos potencialmente perigosos registrados têm no mínimo 800
metros de diâmetro.
Em 2005, o congresso
americano atribuiu à NASA o encargo de localizar e rastrear objetos
de 150 metros ou mais até 2020. O trabalho tem sido moroso. O
orçamento da NASA para esta finalidade permaneceu em 4 milhões de
dólares entre 2002 e 2010, mas, foi aumentado para 20,5 milhões de
dólares em 2012.
Quanto menores os
objetos, mais numerosos eles são. Os astrônomos acreditam ter
identificado menos de 1% dos NEOs com 30 metros ou mais (que ainda
podem causar um bom estrago).
Novos recursos
A maioria das detecções
sido feitas pelos EUA. Três projetos de telescópios estão baseados
em território americano: o LINEAR (Lincoln Near Earth Asteroid
Research), o Catalina Sky Survey, e o Pan-STARRS (Panoramic Survey
Telescope & Rapid Response System).
O Pan-STARRS é o mais
novo, e fica na Universidade do Havaí. Lá também está sendo
elaborada uma rede de telescópios menores, apelidada ATLAS
(Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System), para escaneamento
rápido dos céus a cada noite. Uma possibilidade futura serão
telescópios espaciais infravermelhos dedicados à busca por NEOs.
Telescópios infravermelhos tem a capacidade de captar NEOs muito
pequenos para serem identificados por telescópios óticos. Se houver
verbas, estes artefatos poderão ser lançados pelo final da década
atual.
A questão do tempo
Mas, quanto tempo
teríamos para nos preparar para um impacto?
Poderemos ter décadas
ou mais se o asteroide for grande e suas aproximações ainda forem
distantes. Ou não ter tempo algum, como vimos no caso do asteroide
Chelyabinsk. Pesquisadores afirmam que se um asteroide for detectado
apenas um ano ou dois antes da colisão, talvez a única alternativa
para reduzir o número de vítimas sejam medidas de defesa civil,
como evacuação da área mais afetada pelo impacto.
Alternativas
Uma das alternativas
que têm sido sugeridas para evitar uma colisão seria um rebocador
espacial, que poderia utilizar a interação gravitacional entre ele
e o asteroide para alterar ligeiramente a velocidade do NEO, de forma
que ele chegasse atrasado ou adiantado no ponto de colisão previsto.
A nave espacial Enterprise, da série STARTREK, usa seus fasers para desintegrar asteroides. Seria ótimo se tivéssemos algo semelhante.
Mas, segundo os
cientistas, seu desenvolvimento levaria décadas e seria efetivo
apenas para asteroides com menos de 100 metros de diâmetro.
Outra alternativa seria
o emprego de um projétil lançado de uma nave espacial nas
proximidades do objeto para reduzir ou aumentar sua velocidade. A
NASA e a Agencia Espacial Européia estudam a possibilidade de uma
missão demonstrativa, chamada AIDA (Asteroid Impact & Deflection
Assessment).
Isto envolveria o envio
de uma nave espacial com um míssil até ao asteroide binário
Dídimo. O míssil acertaria o menor dos dois asteroides do par, e
então faria medições da velocidade de cada um, para avaliar o
efeito do impacto.
Como última
alternativa, os pesquisadores pensam na detonação de um artefato
nuclear para desviar objetos de até uns 3 km de diâmetro. Para
objetos maiores do que isto, não existe defesa viável até ao
momento, a não ser nossas orações e muito pensamento positivo.