Infelizmente, uma coisa começar bem não é uma garantia de que vai terminar bem.
No caso do filme CONTRA O TEMPO (Source Code – 2011 - EUA/FRA – 93 min. - Cor), o estreante roteirista Ben Ripley foi apenas mais um a cair na armadilha de tentar "consertar" as coisas com aquela mesmice tão peculiar aos seus colegas de profissão, e acabou perdendo o fio da meada.
E assim, transformou o que poderia ser um novo cult em apenas mais um filme de ficção-científica, que vai muito bem por três quartos do tempo, se confundindo no final.
Acaba valendo pela proposta e pela boa direção de Duncan Jones, de Lunar (Moon - ING -2009). Trata-se do filho do roqueiro inglês David Bowie, e parece estar criando boa reputação no gênero. Eu ainda acho que vale a pena assistir, pelo seu conteúdo e proposta, apesar da perda de rumo final.
No caso do filme CONTRA O TEMPO (Source Code – 2011 - EUA/FRA – 93 min. - Cor), o estreante roteirista Ben Ripley foi apenas mais um a cair na armadilha de tentar "consertar" as coisas com aquela mesmice tão peculiar aos seus colegas de profissão, e acabou perdendo o fio da meada.
E assim, transformou o que poderia ser um novo cult em apenas mais um filme de ficção-científica, que vai muito bem por três quartos do tempo, se confundindo no final.
Acaba valendo pela proposta e pela boa direção de Duncan Jones, de Lunar (Moon - ING -2009). Trata-se do filho do roqueiro inglês David Bowie, e parece estar criando boa reputação no gênero. Eu ainda acho que vale a pena assistir, pelo seu conteúdo e proposta, apesar da perda de rumo final.
Colter Stevens (Jake Gyllenhaal), piloto militar americano, servindo no Afeganistão, de repente se vê como
que despertando em um trem, nos EUA, viajando em companhia da jovem Christina Warren (Michelle Monaghan) que ele não conhece, mas que
parece conhece-lo muito bem.
Só que ela o chama por outro nome e ele
acaba descobrindo que, aparentemente, está no corpo de outra pessoa!
Colter (Jake Gyllenhaal) e Christina (Michelle Monaghan): como eu vim parar aqui?
Este início chocante e enigmático é apenas o
aperitivo do que está por vir: dali a pouco, o trem inteiro explode e
ele “desperta” novamente, agora para descobrir que é parte de um
inusitado experimento militar americano.
Através dos contatos com a capitão Goodwin (Vera
Farmiga), sua supervisora, ele é informado que estão sob a direção
do Dr. Rutledge (Jeffrey Wright), tentando evitar uma sequência de
atentados terroristas.
Um trem foi explodido em Chicago, e o mesmo autor
do atentado parece disposto a continuar atacando, com intensidade
cada vez maior.
Goodwin (Vera Farmiga) e o Dr. Rutledge (Jeffrey Wright) coordenam uma missão inusitada.
Mas, uma tecnologia inédita possibilita que sejam
recuperados os últimos 8 minutos de memória do cérebro de uma das vítimas
mortas na explosão. E além disto, permite que
outra pessoa possa reviver aqueles oito minutos no lugar do morto, e
o mais interessante, interagir com o código-fonte dos eventos, e
criar alternativas para tentar descobrir o autor do atentado, a tempo
de impedi-lo de continuar sua escalada terrorista.
Colter descobre cada vez mais motivos para se preocupar...
Desta, forma, Stevens pode reviver os últimos minutos de uma das vítimas, o professor Sean Fentress (Fréderik De Grandpré), usar e abusar dos
acontecimentos e dispor do cenário e das pessoas em torno,
explorando todas as possibilidades e alternativas. Porém, as variantes ocorrem apenas naquele ambiente, pois os eventos já ocorridos não podem ser revertidos. E nisto está a coerência necessária para tornar sustentável a estrutura do filme.
No decorrer das tentativas, Colter começa também a ficar intrigado com sua própria sorte e destino. Suas últimas lembranças datam de dois meses antes e ele se divide entre descobrir o autor do atentado e o que aconteceu consigo mesmo neste lapso de tempo.
No decorrer das tentativas, Colter começa também a ficar intrigado com sua própria sorte e destino. Suas últimas lembranças datam de dois meses antes e ele se divide entre descobrir o autor do atentado e o que aconteceu consigo mesmo neste lapso de tempo.
Logo, as coisas começam a se esclarecer e ele
acaba tendo outros motivos para se preocupar...
Como eu falei no início, este poderia ser um dos raros casos de roteiro que não perde o fio da meada, porém, na sequência final, a tentação de fazer "final feliz" prejudicou a coerência, e a premissa principal foi perdida...
A mesmice obsessiva de querer modificar coisas que já ocorreram contaminou o que seria uma excelente história.
De qualquer forma, eu acho que a abordagem deve agradar aos fãs de SCI-FI, mas sem dúvida as incoerências serão notadas. Minha opinião é de que vale apena assistir, mas não espere o grande filme sugerido pelo início.
Quem sabe, daqui a pouco surja uma "versão do diretor", como aquela que foi feita para BLADE RUNNER...
Pelo menos assim poderiam realmente consertar os erros cometidos no passado! (Mas sem muda-lo!)
-------------------------------------------------------------------------------
O filme foi exibido nos cinemas em setembro de 2011, está disponível em DVD nas revendedoras e locadoras, e esteve recentemente sendo exibido pelo canal a cabo Telecine Premium.
Obs: Não confundir com:
Contra o Tempo (Slipstream - EUA - 2006)
Contra o Tempo (Cradle 2: The Grave - EUA -2003)
Pelo visto, não há nenhum critério (ou se há, não é obedecido) na escolha de títulos para obras estrangeiras no Brasil.
Como eu falei no início, este poderia ser um dos raros casos de roteiro que não perde o fio da meada, porém, na sequência final, a tentação de fazer "final feliz" prejudicou a coerência, e a premissa principal foi perdida...
A mesmice obsessiva de querer modificar coisas que já ocorreram contaminou o que seria uma excelente história.
De qualquer forma, eu acho que a abordagem deve agradar aos fãs de SCI-FI, mas sem dúvida as incoerências serão notadas. Minha opinião é de que vale apena assistir, mas não espere o grande filme sugerido pelo início.
Quem sabe, daqui a pouco surja uma "versão do diretor", como aquela que foi feita para BLADE RUNNER...
Pelo menos assim poderiam realmente consertar os erros cometidos no passado! (Mas sem muda-lo!)
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O filme foi exibido nos cinemas em setembro de 2011, está disponível em DVD nas revendedoras e locadoras, e esteve recentemente sendo exibido pelo canal a cabo Telecine Premium.
Obs: Não confundir com:
Contra o Tempo (Slipstream - EUA - 2006)
Contra o Tempo (Cradle 2: The Grave - EUA -2003)
Pelo visto, não há nenhum critério (ou se há, não é obedecido) na escolha de títulos para obras estrangeiras no Brasil.